O lado bom da vida

Titulo: O lado bom da vida

Autor: Matthew Quick

Editora: Intrínseca

Páginas: 160

Edição: 2

Lançamento: 2013

Sinopse: Pat Peoples, um ex-professor na casa dos 30 anos, acaba de sair de uma instituição psiquiátrica. Convencido de que passou apenas alguns meses naquele “lugar ruim”, Pat não se lembra do que o fez ir para lá. O que sabe é que Nikki, sua esposa, quis que ficassem um "tempo separados". Tentando recompor o quebra-cabeças de sua memória, agora repleta de lapsos, ele ainda precisa enfrentar uma realidade que não parece muito promissora. Com seu pai se recusando a falar com ele, a esposa negando-se a aceitar revê-lo e os amigos evitando comentar o que aconteceu antes da internação, Pat, agora viciado em exercícios físicos, está determinado a reorganizar as coisas e reconquistar sua mulher, porque acredita em finais felizes e no lado bom da vida. Uma história comovente e encantadora, de um homem que não desiste da felicidade, do amor e de ter esperança.

 Resenha

Esse é um dos livros que eu tinha colocado na Maratona Sou Doideira, e foi o primeiro que eu li, tanto por ser menor mas também por ser o que mais me deixava curiosa. Já tinha visto o filme, e gostei bastante, então imaginei que acabaria gostando mais do livro, pois como nós leitores sabemos, o livro sempre é melhor que o filme... Bom, quase sempre.

“- Acredito em finais felizes – digo para ele. – E acho que esse filme já durou o bastante.” – página 9

Pat acabou de sair de uma clinica psiquiátrica de onde ficou durante anos, mesmo que para ele, apenas meses tivessem se passado. Ele não se lembra de como foi parar lá, mas sabe que está chegando a hora de ver Nikki, sua esposa, quem ele não vê esse tempo todo.

Ele volta a morar com os pais, e após algum tempo, acaba conhecendo Tiffany, irmã de uma amiga. Tiffany é uma mulher muito bonita, mas estranha. Ela segue Pat por todos os lados, e parece estar estudando todos os seus movimentos e ações, sabe-se lá para quê. No inicio, tudo o que Pat mais queria era que ela parasse de ir atrás dele, mas depois de algum tempo correndo juntos, eles se tornam amigos.

Pat, seu irmão e seu pai são loucos por futebol, principalmente pelos Eagles. Eles passam horas em frente á TV, gritando e torcendo pelos jogadores enquanto a mãe de Pat serve cervejas e torce para que o time vença, ou o pai de Pat vai ficar bravo, parar de falar com todos eles, e talvez, quebrar algum móvel.

Pat sabe que fez algo muito terrível para ir parar naquele lugar, a clinica, que ele denomina “lugar ruim”, e precisa se redimir para nunca mais botar seus pés lá. Ele começa então a visitar um terapeuta, o Dr.Cliff, um homem muito simpático que não se torna apenas seu médico, mas um amigo querido que também torce para os Eagles.

“Cantamos em uníssono, usando braços e pernas em um esforço para representar cada letra com nossos corpos, e eu tenho de dizer, por mais estúpido que possa parecer, que cantar com Cliff me faz sentir muito melhor. E, a julgar pelo sorriso em seu pequeno rosto moreno, ele sabe o valor do que está fazendo por mim.” – página 73

 Ele está diferente agora, anda malhando e corre todos os dias, esperando o dia em que finalmente verá a mulher de sua vida correr para seus braços, e eles viverão felizes para sempre. Pat acredita em finais felizes, e não gosta que os outros duvidem que as pessoas podem encontrar a felicidade nas pequenas coisas da vida.

“Não quero ficar no lugar ruim, em que ninguém acredita no lado bom das coisas, no amor ou em finais felizes, e onde todo mundo me diz que Nikki não vai gostar de meu novo corpo, nem vai querer me ver quando acabar o tempo separados. Mas tenho medo de que as pessoas de minha antiga vida não sejam tão entusiásticas quanto estou tentando ser agora.” – página 3

 A leitura é bem lenta, e em praticamente o livro todo temos jogos dos Eagles, não que isso seja uma coisa ruim, é apenas uma observação.

Pat é obcecado por Nikki, mesmo que ela não o tenha procurado durante todos esses anos, ele não faz ideia d’o por que das fotos de sua esposa terem sumido de sua casa, nem mesmo sabe o que fez de errado, mas acredita que eles está apenas “dando um tempo”, e logo voltarão a se ver.

“Quando corro, sempre finjo que estou correndo em direção a Nikki, e isso me dá a impressão de que estou diminuindo o tempo que terei de esperar para vê-la novamente.” – página 12

 Como disse no inicio, esperava que o livro fosse ainda melhor que o filme, mas fiquei surpresa ao ver que isso não estava acontecendo. A história era cansativa, diferente do livro, e percebi algumas diferenças entre o livro e filme, que ficaram ainda melhores no segundo. A capa é linda, não dá para negar, e tem frases inspiradoras que eu até pensei em colocá-las aqui, mas são tantas...

Maratona Sou Doideira [1/7]

Como esse livro estava na minha lista da Maratona Sou Doideira, preciso encontrar uma música que se adéqüe a esse livro, e a primeira música que veio em minha cabeça, quando eu estava lá pela metade do livro, foi “Só os loucos sabem”, do Charlie B. Jr.

MilkMilks

Dryh Meira