Liberta-me

Titulo: Liberta-me

Autora: Tahereh Mafi

Editora: Novo Conceito

Páginas: 444

Edição: 1

Lançamento: 2013

Sinopse: Liberta-me é o segundo livro da trilogia de Tahereh Mafi. Se no primeiro, Estilhaça-me, importava garantir a sobrevivência e fugir das atrocidades do Restabelecimento, em Liberta-me é possível sentir toda a sensibilidade e tristeza que emanam do coração da heroína, Juliette. Abandonada à própria sorte, impossibilitada de tocar qualquer ser humano, Juliette vai procurar entender os movimentos de seu coração, a maneira como seus sentimentos se confundem e até onde ela pode realmente ir para ter o controle de sua própria vida. Uma metáfora para a vida de jovens de todas as idades que também enfrentam uma espécie de distopia moderna, em que dúvidas e medos caminham lado a lado com a esperança, o desejo e o amor. A bela escrita de Tahereh Mafi está de volta ainda mais vigorosa e extasiante.

Resenha

Depois de ter lido Destrua-me, conto protagonizado por Warner, criei certa afeição por ele e certo ódio por Adam, e não consigo deixar de me sentir assim enquanto fecho Liberta-me. Nunca percebi o quanto Adam implora pelo amor de Juliette, o quão dependente dele ele é, e quão irritante isso se torna ao longo da história, e o pior, é que ele não entende como ela se sente.

Warner já é diferente. Ele sabe como Juliette se sente, ele já se sentiu como ela, claro, ele pode ser um pouco maluco e agressivo, mas sofreu tanto quanto ela, não que isso justifique seus atos.

Em Liberta-me, Juliette, Adam e Kenji voltam para o Ponto Ômega, onde dezenas de “aberrações” vivem, todas elas com poderes parecidos com o de Juliette. O grande problema de não poder tocar as pessoas sem machucá-las, é que todo mundo acaba tendo medo de você, e Juliette sabe como é isso, e até mesmo junto de pessoas que também são diferentes, ela se sente excluída e com medo de matar alguém acidentalmente.

Juliette continua a mesma, acredita que não pode olhar para outro homem (no caso, Warner, que despertou certo afeto e uma paixão avassaladora nela) que estará traindo Adam, á quem deve seu coração e seu amor. - - ‘ 

“Ele tem covinhas. Ele é, sem duvida, a coisa mais bonita que já vi. E eu queria nunca tê-lo visto” – página 139 

Ela passa dias e mais dias chorando e lamentando sua tristeza, como se tudo girasse em torno dela, no começo era até aceitável, mas depois de tantas repetições, fui ficando com raiva dela, pois ela não era a única que já tinha sofrido na vida. Assim como ela, muitos dos resistentes já foram torturados, tratados como animais e etecétera.

“Porque não consigo pensar em nada que eu prefira fazer agora do que encontrar um canto escuro e chorar.” – página 158

Kenji aparece bastante nesse livro (para quem não lembra dele, Kenji é o ex-soldado de Warner que fugiu junto com Adam e Juliette, mas ele sempre pertenceu ao Ponto Ômega) e fiquei muito feliz por isso. Kenji é o melhor personagem que pode existir num livro, aquele personagem que faz os outros rirem até mesmo quando a situação não é nem um pouco engraçada, tem um senso de humor incomparável e é o melhor personagem de todos.

(Uma coisa que eu cheguei a perceber, é que o Restabelecimento é obcecado por números exatos como 3.333, 555. Não chega a ser tão importante, mas achei interessante o livro ter exatamente 444 páginas.)

O livro é grande, mas a leitura é tão rápida que terminei em menos de um dia, o que me surpreendeu. A história é maravilhosa, apesar de Juliette dar nos nervos.

Warner também aparece bastante nesse livro, e ainda estou confusa com as ações dele. Uma hora são boas, na outra são ruins. Quem ele é, afinal?

Mal vejo a hora de ler o último livro, que promete ser ainda melhor, se é que isso é possível.

  

MilkMilks

Dryh Meira