Autora: Lucinda Riley
Editora: Novo Conceito
Páginas: 558
Edição: 1
Lançamento: 2012
Sinopse: Quando criança, a pianista Júlia Forrester passava seu tempo na estufa da propriedade de Wharton Park, onde flores exóticas cultivadas pelo seu avô nasciam e morriam com as estações. Agora, recuperando-se de uma tragédia na família, ela busca mais uma vez o conforto de Wharton Park, recém-herdada por Kit Crawford, um homem carismático que também tem uma história triste. No entanto, quando um antigo diário é encontrado durante uma reforma, os dois procuram a avó de Júlia para descobrirem a verdade sobre o romance que destruiu o futuro de Wharton Park... E, assim, Júlia é levada de volta no tempo, para o mundo de Olívia e Harry Crawford, um jovem casal separado cruelmente pela Segunda Guerra Mundial, cujo frágil casamento estava destinado a afetar a felicidade de muitas gerações, inclusive da de Júlia.Dizem que sonhos são importantes e nos contam algo que estamos escondendo de nós mesmos. Não estou escondendo nada de mim mesma; bem que queria conseguir fazer isso. Eu durmo para esquecer. Para encontrar um pouco de paz, pois fico o dia todo lembrando deles.
Eu já vinha querendo ler esse
livro há algum tempo, e com os novos lançamentos da autora aqui no Brasil,
decidi de uma vez por todas que leria A casa das orquídeas. Sabia mais ou menos
do que se tratava, mas com certeza não esperava uma história tão completa que
atravessa gerações, mas que mantém certos mistérios e segredos até o final. É
realmente um livro encantador, e me surpreendeu bastante.
Nossa protagonista é Júlia, uma
mulher que já fora uma famosa pianista, esposa e mãe, mas que perdeu o marido e
filho num terrível acidente de carro, e desde então vem se fechando para as
pessoas que a conhecem, e para ela mesma. Júlia perdeu a essência da vida, não
tem vontade de viver, e não consegue suportar a falta e saudade de Gabriel, seu
filho, e Xavier, seu esposo. Mas ela não consegue também perdoar a si mesma por
estar viva.
“Eles tinham ido embora. E nada que ela pudesse sentir, ou fazer, ou dizer os traria de volta. A casa silenciosa, em que haviam morado e se amado como uma família, era a confirmação final disso.” – página 473
Júlia tem uma irmã mais velha,
Alicia, mas a relação das duas não é a das melhores. Desde que a mãe morreu,
Alicia assumiu seu lugar, cuidando de seu pai e de Júlia; mas a irmã mais nova
via isso como uma forma de fazê-la parecer inútil, e continua pensando assim.
Alicia está sempre pegando no seu pé, querendo saber tudo o que ela faz, e
mesmo que isso pareça bem protetor, acaba ficando bem irritante, não só para
Júlia, mas também para o leitor.
Durante a história (não vou
entrar muito em detalhes), Júlia conhece Kit, um rapaz gentil que é o dono de
Wharton Park, um lugar maravilhoso que pertenceu à sua família dor séculos, e
que teve grande importância na vida de Júlia, mas que já está falido e
desgastado pelo tempo.
“Ela jogou o telefone na cama se sentindo frustrada, com raiva de Alicia e Kit por conseguirem chateá-la, mas com raiva de si mesma por reagir a eles e não saber o porquê.” – página 248
Wharton Park não foi apenas
importante para Júlia, mas também para Elsie, sua avó, que trabalhou no casarão
por grande parte de sua vida, e lá, viu amores surgirem e desaparecerem. Elsie
era a dama de companhia de Olivia, uma jovem sonhadora que acabou se
apaixonando e se casando com Harry Crawford. Harry não sentia o mesmo pela moça, mas
como herdeiro, era sua obrigação ter um filho, então acabou se casando com
Olivia.
“Olivia vasculhou seu coração, mas percebeu que era inútil encontrar razões para recusar o pedido. Ela o amava. E não havia nenhum outro motivo que importasse.” – página 175
Harry era um soldado, e como sua
história se passava durante a Segunda Guerra Mundial, ele foi enviado para
lutar pela Grã-Bretanha, e como muitos outros soldados, foi capturado, ficando
fora por anos até finalmente ser resgatado. Harry foi parar na Tailândia, onde
ficou se recuperando e descansando, onde conheceu Lidia, uma bela moça por quem
se apaixonou.
Lidia era uma moça encantadora, e
diferente de Olivia. Ela não era rica e nunca viveu com luxo, uma moça
simpática e gentil que também acabou se apaixonando por Harry, mas não sabia
que ele era casado e que precisava voltar para a Inglaterra para sua família, e
para cuidar de Wharton Park, que já estava indo à falência, levando consigo
centenas de funcionários que dependiam dela.
Harry foi um personagem do qual
eu gostei bastante, mas fiquei muito irritada com ele por deixar Lidia e voltar
para Olivia, mesmo que Wharton acabasse destruída com sua ausência. Ele plantou
esperanças no coração da moça e a deixou sozinha, esperando sua volta, que
nunca aconteceria. Ele amava Lidia, isso ficou bem claro, mas Harry deveria ter
feito algo a respeito. Quando voltou para casa, ele se viu preso á uma mulher
que não amava, e a um futuro que não desejava.
“As cartas dela para ele chegavam periodicamente, mas ele as procurava todo dia sob as orquídeas da estufa. Harry suspirou enquanto desligava o abajur da escrivaninha e ia para a porta. Ele sentia já ter cumprido prisão perpetua em Changi; agora, sentia que ia cumprir outra, em Wharton Park.”
O livro chega a ficar um pouco
cansativo nas partes de Júlia, e eu acabava parando a leitura algumas vezes. A
história dela, por mais que seja bem triste e misteriosa, não é tão encantadora
e interessante quanto á de Elsie/Harry/Lidia/Olivia, que era bem mais completa
e cheia de conflitos. Achei bem legal a forma que a autora “juntou” tudo. Kit
encontrou um diário de Harry que contava tudo, mas não pelo ponto de vista
dele, mas em terceira pessoa, o que deixou a história ainda melhor.
Espero não ter contado demais ou
deixado vocês confusos, mas foi bem difícil contar um pouco de cada coisa, levando
em consideração o tamanho do livro e também a história, que é bem comprida e
complexa. É um livro que eu recomendo, principalmente para pessoas que gostam
de um bom misteriozinho e romance.
MilkMilks
Dryh Meira
esse livro e um dos meus preferidos
ResponderExcluirbeijos
livro-azul.blogspot.com.br
dos meus também :)
ExcluirOi flor...
ResponderExcluirEu fiquei um pouco confusa durante a leitura da resenha e sei como é quando vc quer contar um pouco de tudo da história... pelo que percebi você gostou da leitura e é isso que realmente importa.... embora eu ache a capa linda... não me despertou o interessa pela leitura... Xero!!!
http://minhasescriturasdih.blogspot.com.br/
acho que precisaria ler o livro para entender melhor Diana, mas é um pouco confuso mesmo...rsrs'
ExcluirOi, tudo bom?
ResponderExcluirJá ouvi muita gente elogiando a autora, mas nunca li nenhum dos livros dela. Ainda não tenho ele na minha lista de desejados, me parece bastante envolvente e delicada. Adorei a resenha!!
Abraços
Lu Apaixonada por Romances Numa oportunidade, passa lá e me visita... Comente!
o bom da escrita da Lucinda é que ela escreve cada detalhe de uma forma envolvente, como você disse :)
ExcluirNunca li nada desta escritora, mas tenho muita vontade e espero gostar do livro.
ResponderExcluirBeijos Fê ;*
http://fernandabizerra.blogspot.com.br
espero que você goste bastante do livro, Fê ^^
ExcluirVai parecer loucura, mas quando eu vi esse livro pela primeira vez eu me apaixonei... Pelo tamanho dele!
ResponderExcluirA capa é linda, e ele é lindamente grande, haha. Pararia para ler só por causa desses dois fatores.
Adorei a sinopse, confesso que ainda não tinha me interessado em conhecê-la. Parece uma narrativa bastante singela e original.
Vi seu comentário no blog, entendo por que você não deseja ler o livro Chaves Trocadas. Não foi minha melhor leitura. Mas sabe como é, eu tenho dentro de mim que toda leitura é válida. Eu realmente consegui tirar uma lição desse livro. A sinopse realmente entrega a estória toda, não tinha notado, haha.
Abraços, Mallú Ferreira
semclichesporfavor.blogspot.com
rsrs' é grande e nem um pouco enrolado :) vou ver se leio Chaves Trocadas mais para a frente, mas não o compraria *-*
ExcluirAinda não li nenhum livro da autora, mas sei que ela é bem elogiada. Gostei muito da sua resenha. Adoro livros que falam da Segunda Guerra Mundial. Gostaria de ler.
ResponderExcluirobrigada Monica ^^ eu também sou doida por livros da 2ªGuerra :)
ExcluirQuando esse livro foi lançado eu tinha ficado muito curiosa para ler, mas depois eu acabei ficando sem vontade de ler. Perdi o interesse sabe?! Apesar da sua resenha ter ficado muito boa e vc mencionado momentos marcantes, ainda fiquei sem vontade de ler.
ResponderExcluirbjs
http://livrosemarshmallows.blogspot.com.br/
sei como é Kelly, isso acontece comigo ás vezes :)
ExcluirNão conheço a obra, mas percebi que a personagem Júlia é bastante carregada de tristeza e angústia. Quando bem trabalhado pelo escritor essas características podem ser incríveis na construção do enredo.
ResponderExcluirBeijos,
Nina & Suas Letras
ela teve um passado trágico e é uma personagem bem angustiada mesmo *-*
ExcluirNunca li nada dessa autora e, sinceramente, não sei o motivo :P Muita gente fala super bem da escrita dela, e as tramas até me interessam, mas ainda não peguei nenhum livro dela para ler... Espero corrigir isso em breve (:
ResponderExcluirBrunna Carolinne - My Favorite Book - @MFBook
myfavoritebook-mfb.blogspot.com.br
esse foi o unico livro da Lucinda que eu li até agora, mas já me considero fã dela...rsrs' espero que você consiga gostar dos livros dela :)
ExcluirMorro de vontade de ler esse livro desde o seu lançamentos (E olha que já faz tempo hein?! hehe). Pretendo adquiri-lo em breve!
ResponderExcluirSó espero que eu não o abandone e nem nada do tipo. rs
David - Leitor Compulsivo (www.leitorcompulsivo.com)
faz mesmo, o bom dos livros da NC é que eles não são tão caros...kkk' mas são tantos que a gente fica perdido *-* também espero que você goste bastante dele :)
ExcluirNão conhecia o livro, mas ele não chamou minha atenção, por não ser um gênero que eu goste "/
ResponderExcluirJá tem tempo que quero ler esse livro, a história é linda e a capa mais ainda. Espero poder encontrar esse livro logo, pois estou super curiosa.
ResponderExcluirPela resenha me pareceu uma historia linda e delicada, mesmo num tom tragico e melancolico. Romances densos com segredos de familia são um prato cheio para historias marcantes
ResponderExcluir