De olho no autor #37: Gabriela Takahashi

COMA - outbreak foi um livro que me impressionou bastante, a história é incrível e os personagens são encantadores, daqueles que a gente não consegue odiar nem quando fazem besteira. Sabe como é, né?!

E enquanto o segundo livro ainda não sai, e os leitores aguardam ansiosamente pela continuação, que tal conhecer a mente brilhante que fez a história de Hector e seus amigos virar realidade? Com vocês: Gabriela Takahashi!

Resenha COMA

1. Como foi seu primeiro contato com a leitura?

G.T.: O primeiro contato com a leitura foi com livros infantis, antes mesmo de entrar na primeira-série (por incentivo dos meus pais, que sempre me compraram livros e também me alfabetizaram antes de iniciar a escola). O primeiro contato com um romance com mais páginas e sem ilustrações, no entanto, foi quando eu estava na terceira-série, lendo histórias como Harry Potter e vários romances policiais (Agatha Christie, Conan Doyle, etc.).

2. Quando você começou a escrever?

G.T.: Comecei a escrever histórias para postar na internet quando tinha dez anos (a internet discada sofria bastante para fazer o upload dos arquivos de texto...). Quem me inspirou a escrever foi um primo que, na época, escrevia ficções do gênero suspense para passar o tempo.

3. Quem inspirou os personagens? Algum ator, atriz, conhecido...

G.T.: Os personagens foram inspirados em diversas fontes, como livros, filmes, animes/mangás, games, artistas famosos, etc. Entretanto, cada personagem é uma grande salada de frutas das muitas referências (algumas vezes, de todas as fontes citadas anteriormente) – portanto, nem eu mesma consigo dizer de onde eles vieram...

O protagonista, Hector, é uma exceção: ele representa o “indivíduo normal” – cabelos médios, beleza média, nem magro, nem gordo e pertencente a uma família de renda média -, sendo sua personalidade um tanto estabanada e de pensamentos positivos seu grande diferencial.

4. Você se divertiu enquanto escrevia o livro?

G.T: Me diverti muito. Escrever ficções sempre me divertem.

5. Quanto tempo levou para escrever COMA e como foi criar um mundo totalmente novo e cheio de magia?

G.T.: A história foi escrita em cerca de um ano, usando as “brechas” no tempo existentes entre o trabalho e a faculdade (vários trechos foram escritos dentro do ônibus). Quando fui criar o cenário, pensei em mostrar vilarejos mais simples no início – o típico início de RPGs, eletrônicos ou não – e, posteriormente, mostrar locais maiores e com elementos mais inusitados.

6. Quais são as dificuldades para que um autor consiga ter seu livro publicado e conhecido no mercado literário brasileiro?

G.T: Acabei de publicar meu primeiro livro, portanto ainda estou vivenciando as dificuldades iniciais. A maior dificuldade atual, no meu caso, está sendo a parte de divulgação: afinal, são muitos livros disponíveis pelo mundo e é crucial que a obra seja vista (capa, sinopses e resenhas) para que o leitor venha a adquiri-la.

Entretanto, empecilhos não são exclusivos da área literária – e, como em qualquer outra área, passo após passo, acabamos dando um jeitinho.

7. Para você, qual a melhor coisa em escrever?

G.T: É o fato de poder criar livremente, com riqueza em detalhes, numa velocidade relativamente acelerada, caso comparado a filmes, peças teatrais e quadrinhos, cujo tempo dedicado a uma única cena é imensamente maior.

8. Sei que essa pode ser uma pergunta difícil, mas qual seu livro preferido? Pode ser um dos seus, ou de algum colega escritor...

G.T: É realmente uma pergunta muito difícil, pois algumas dezenas de obras vêm à mente ao mesmo tempo, porém lembro-me sempre dos livros do Dan Brown (Código DaVinci, Inferno, Anjos e Demônios, etc.). Sua narrativa é direta e sem muitos floreios, além de ter muitas informações visuais e uso de cenas que dão a impressão de estar vendo um filme.

9. Se fosse um personagem de COMA qual seria? Por quê?

G.T.: O protagonista, Hector¹, pois até presente momento, é ele quem tem mais chances de sobreviver pela saga inteira... (kkk)

E, também, porque gosto da forma como ele tenta pensar positivo e prefere agir ao ficar parado refletindo.

10. Além de escrever, você também lê bastante?

G.T.: Sim! Além dos livros “comuns” (físicos e digitais), leio também Light Novels (livros do Japão que têm como característica a narrativa direta e com bastante diálogos) e Sound Novels (normalmente roda em consoles portáteis de videogame. É como um livro digital, porém com música/efeitos sonoros ao fundo).

11. Qual livro nacional você recomenda? Por quê?

G.T.: Os livros de contos do Luís Fernando Veríssimo (“Diálogos Impossíveis”, “Os Últimos Quartetos de Beethoven”, e muitos outros). Porque são simplesmente incríveis. Quando se fala em livro nacional, o nome deste autor aparece na minha mente com pisca-pisca reluzente em torno.

12. Tem algum trabalho futuro chegando? Poderia nos falar um pouco dele ou é segredo? (por favor, que seja um segundo livro de COMA ♥)

G.T.: Atualmente estou trabalhando na segunda parte do COMA – outbreak, na qual envolve os mesmos personagens principais da primeira parte. Os problemas que eles enfrentam, no entanto, são outros. Hector achou que estava livre das enrascadas do mundo místico, mas levará um susto bem grande ao ver que as tais “enrascadas” vieram parar no mundo onde ele é um simples estudante do colegial.

PS¹: Agora estou com medo pelos outros personagens *-*

PS²: LOUCA pela continuação ♥

PS³: O livro pode ser adquirido nas livrarias: Saraiva - Cultura - Travessa