O ciclo da morte

Titulo: O ciclo da morte

Autora: Thais Lopes

Editora: Senhor da lenda

Páginas: 372

Edição: 1

Lançamento: 2014

Sinopse: Um anúncio de aluguel faz com que Lucio, um vampiro caçado pelo primogênito de sua raça, conheça Kelene. Mas ela não é apenas uma jovem humana, da mesma forma que Lucio não é um vampiro qualquer. O que Kelene não imaginava era que Lucio estivesse ligado a uma figura de seu passado, e que uma armadilha antiga estivesse de volta. O que Lucio não esperava era que Kelene fosse a arma que precisavam para destruí-lo, ele que estava além da própria Morte.
Quando a verdade começa a vir à tona, não há como fugir. As respostas estão no passado, entre as memórias proibidas de Lucio e os segredos que transformaram Kelene no que ela é. Mas o que alguém pode fazer quando a própria Morte está ameaçada?

Resenha

Nada daquilo era real para mim, e nunca o seria. Eu já deveria saber, e já deveria ter me acostumado. – página 35

Kelene não é uma garota comum, e quando digo isso, não quero dizer que ela tem problemas na família ou não tem amigos. Ela faz parte do Outro Mundo, local de vampiros, lobisomens, fadas e todos os tipos de seres que vocês possam imaginar. Mas ela tem um apartamento, estuda e até procura um colega de quarto. Tenta levar uma vida normal enquanto cumpre seu papel de Mão, um tipo de servo da Morte, que leva as almas até ela.

No passado, Kelene se apaixonou por um vampiro e se entregou totalmente á ele, não imaginando que ele a trairia em busca de um poder maior. Agora ela se fechou para relacionamentos, e não consegue se imaginar namorando outro vampiro... Até conhecer Lucio, um rapaz que procura um lugar para morar, e por coincidência, acaba indo viver com ela.

Lucio é um dos dois primogênitos de sua raça, mas diferente de Seth, que um dia fora seu melhor amigo, ele cumpriu suas obrigações e não traiu ninguém. Seth se deixou levar pela voz de um ser ainda mais poderoso que todos eles juntos, o Inominável.

Já fazia muito tempo que vampiros não me assustavam mais. É o que acontece quando seu primeiro amor é um deles e a historia, previsivelmente, termina mal. – página 19

Com o passar dos dias, os dois protagonistas vão se conhecendo melhor e tornam-se amigos, até um novo sentimento surgir. Lucio fica impressionado com Kelene já de inicio, pois ela não demonstrava um pingo de medo perto dele, e ficava encantado com tudo o que ela fazia e falava. Kelene não imaginou que se apaixonaria novamente por um vampiro, e novamente por um primogênito, e quando isso aconteceu, teve medo de ser traída novamente.

Não consegui gostar muito dos personagens, achei o relacionamento dos dois muito forçado, e Kelene metida demais. Ela era forte e corajosa, mas achava que conseguia fazer tudo sozinha, sem a ajuda de ninguém, e isso me fez gostar ainda menos dela. Lucio me pareceu fraco demais para um vampiro, quando li a sinopse, imaginei que encontraria um Klaus ou Damon (The Vampire Diaries), mas o que eu vi foi um vampiro que fugiu, com medo de Seth, abandonou todos os seus “servos” e foi se esconder debaixo da asa de uma mulher forte e determinada.

A única personagem da qual eu gostei pelo menos um pouco foi Morte. Mas não pense que é como a Dona Morte dos hq’s da Turma da Mônica. A única coisa que ambas têm em comum é a foice.

Seth. Aquele que habitara meus pesadelos. Mas não mais. Vendo as cicatrizes, ergui a cabeça, meu medo esquecido, reunindo todo o poder que era meu por direito. Estava desarmada, mas ainda assim pronta para enfrentá-lo da melhor forma possível. – página 112

A leitura é muito cansativa, precisei parar muitas vezes para fazer qualquer outra coisa que não fosse encarar Kelene, Lucio e Seth. No inicio, estava muito animada para conhecer a história, pois vi muita gente elogiando, mas fui desanimando cada vez mais, e quando fechei O ciclo da morte, não pude conter um suspiro de alivio. Acredito que eu tenha sido uma das poucas pessoas que não gostaram do livro e lhe deram uma nota baixa, mas realmente, eu não gostei.

A Morte deveria estar acima das fraquezas dos mortais. – página 359