Incendeia-me

Oiee          pessoas

A primeira resenha do ano será do primeiro livro lido no ano. Na verdade, li metade deste livro no dia 31/12 e a outra metade ontem, mas está valendo. Incendeia-me é o tão esperado desfecho da trilogia Estilhaça-me, por Tahereh Mafi, então se você ainda não leu os outros livros, melhor passar longe da resenha ;)

Titulo: Incendeia-me

Autora: Tahereh Mafi

Editora: Novo Conceito

Páginas: 384

Edição: 1

Lançamento: 2014

Sinopse: O destino do Ponto Ômega é desconhecido. Todas as pessoas com quem Juliette se importa podem estar mortas. Talvez a guerra tenha chegado ao fim antes mesmo de ter começado.
Juliette foi a única que restou no caminho d O Restabelecimento. E sabe que, se ela sobreviver, O Restabelecimento não sobreviverá. Entretanto, para destruir O Restabelecimento e o homem que quase a matou, Juliette vai precisar da ajuda de alguém em quem nunca pensou que pudesse confiar: Warner. Enquanto eles lutam juntos para combater o inimigo, Juliette descobre que tudo que ela pensava saber sobre seu poder, sobre Warner e até mesmo Adam era uma mentira.

Resenha

Eu tinha sido algemada, uma prisioneira em minha própria mente. Mas, enfim, enfim eu havia aprendido a me libertar. – página 99

Finalmente o desfecho de uma trilogia tão incrível. Confesso que estava com medo de ler este livro e me decepcionar com ele, já que a maioria das séries me decepciona no desfecho, principalmente as distopias. Já fazia um bom tempo desde que tinha lido Liberta-me, então quase nem lembrava dos personagens e acontecimentos...haha’

Juliette quase morreu no último livro e não sabe se seus amigos conseguiram sobreviver. O Restabelecimento destruiu o Ponto Ômega, lugar onde pessoas como ela estavam abrigadas, e ela também teria morrido, não fosse por Warner. O vilão que de repente mostra todas suas cartas, deixando-a desarmada ao perceber que ele não é tão ruim e cruel quanto todos diziam. Agora, ela precisará unir forças com o homem que tanto odiou para vencer uma guerra que começará ao mero toque de seus dedos.

- Eu sigo em frente ou morro. – página 22

Juliette está mais determinada, mais forte e não é mais aquela garota que morria de medo da própria sombra. Ela não tem nada a perder, então porque fugiria quando poderia mudar o mundo para melhor?

Ainda consigo ficar surpresa com a narrativa da autora. Tão simples e tão encantadora, me prendeu ao livro e eu não consegui parar de ler até o ponto final da última página. Confesso que o desfecho me decepcionou um pouco (por que não?), algumas perguntas ficaram ao vento e achei que as coisas aconteceram rápido demais. A guerra não durou nem trinta páginas, e eu esperava que ela durasse pelo menos o livro INTEIRO, já que esperamos tanto pelo momento em que Juliette acordaria para a vida e pediria por vingança. Fiquei super curiosa para saber o que aconteceria depois com o mundo e com os personagens, já que o livro acaba como se tivesse uma continuação. E eu realmente espero QUE TENHA uma continuação, pois aquele não é jeito de acabar uma trilogia, dona Tahereh, deixando todo mundo com o coração na boca, viu?

Entrei em guerra com os personagens nesse último livro, e mal via a hora de saber quem seria o escolhido por Juliette. Adam sempre esteve ao lado dela, foi a primeira pessoa que a olhou diferente e cuidou dela, mas será que ele é o cara certo? Adam vem agindo tão estranho ultimamente, ele quer fugir quando poderia estar lutando! Warner era um monstro, prendeu Juliette e queria usá-la como arma, sem contar que era filho de Anderson, o poderoso chefão. Mas será que ele era assim tão ruim? Afinal, ele salvou Juliette e estava loucamente apaixonado por ela (awwn), sem contar que se importava com a menina mesmo quando ela tentava matá-lo, e estava disposto a ajudá-la na guerra, se virando contra seu pai, que era o verdadeiro vilão da história.

Estou com medo. Porque, quanto mais descubro a respeito dele, menos desculpas tenho para afastá-lo. Ele está se desvendando diante de mim, tornando-se algo diferente por completo; aterrorizando-me de um modo que eu nunca poderia ter esperado. – página 47

E é isso – a sinceridade dele – que por fim me parte no meio. Porque a verdade é tão insuportável que eu queria que ele me entregasse uma mentira. – página 14

Incendeia-me é uma explosão de sentimentos e emoções. Tudo o que não aconteceu nos outros livros está aqui, mas não vá achando que o final é tudo pôneis cor-de-rosa e arco-íris cintilantes, não. Juliette ainda tem muito o que aprender, e talvez, mais algumas guerras para travar, e foi por isso que não acreditei que Incendeia-me era realmente o final, pois muita coisa AINDA PRECISA acontecer.

Prometi a mim mesma que destacaria meu personagem favorito nesta resenha, então lá vai: Kenji! Nem lembrava quem ele era quando comecei o livro, o melhor amigo de Juliette que levou ela e Adam para o Ponto Ômega, o cara que sempre faz piadas (muito engraçadas, por sinal) e que tem um coração gigante e maravilhoso. Torci para que ela o considerasse mais um partido, mas sabe como é, né, Juliette já estava um pouco ocupada com os irmãos que a colocaram num triângulo amoroso mortal.

Irmãos que se odeiam. Irmãos que querem se matar. E estou presa no meio deles. Meu Deus, o que aconteceu com minha vida? – página 91

Por mais que tenha gostado muito desse livro, me encantado e odiado ainda mais os personagens, torcido para que coisas acontecessem e para que ninguém morresse, Incendeia-me não foi tão bom quanto eu gostaria. Faltou emoção no final, lágrimas. Adoro quando um desfecho me faz chorar e querer mais, e com Incendeia-me só faltou a parte de chorar, mas ainda está valendo.

Não tenho mais medo do medo, e não vou deixá-lo mandar em mim. O medo vai aprender a me temer. – página 100