A verdade sobre nós

Titulo: A verdade sobre nós

Autora: Amanda Grace

Editora: Intrínseca

Páginas: 208

Edição: 1

Lançamento: 2014

Sinopse: Madelyn Hawkins está cansada. Cansada de ser sempre perfeita. Cansada de tirar A em tudo. Cansada de seguir à risca os planos que os pais fizeram para ela. Madelyn Hawkins está cansada de ser algo que não é, algo que não quer ser. E então ela conhece Bennet Cartwright. Inteligente, sensível, engraçado. A seu lado, ela se sente livre e independente. Uma história que poderia muito bem ter um final feliz, não fosse por um detalhe: Maddie tem apenas 16 anos, e Bennet, além de ter 25 anos, é seu professor. Pressionada pelos pais a participar de um programa para jovens talentos, Maddie pula dois anos do Ensino Médio e vai direto para a faculdade, onde conhece e se apaixona pelo professor de biologia. O sentimento é recíproco, e para dar uma chance àquele novo relacionamento que lhe faz tão bem, ela decide não contar para Bennet sua idade. Não demora muito para que as coisas comecem a dar errado, e as consequências da farsa de Maddie ganham contornos devastadores quando a verdade vem à tona. 

Resenha

Garotas inteligentes não deveriam fazer coisas estúpidas. – página 10

Madelyn está no seu primeiro ano da faculdade, mas legalmente, ela ainda é matriculada no ensino médio, graças á um programa de jovens talentos chamado Running Start. Assim como seu irmão mais velho, ela sempre tirava as maiores notas da turma, mas seus pais nunca ficavam satisfeitos, eles queriam mais e mais, sendo assim, ambos viviam para orgulhá-los.

No primeiro dia de aula, Madelyn se sente uma criança em meio a tantas pessoas mais velhas, mas quando ela conhece seu professor de biologia, Bennett, um homem muito bonito e carismático, sente como se aquele fosse seu lugar. Ele não sabe que ela tem dezesseis anos, e mesmo sabendo que ilegalmente os dois não podem ficar juntos por conta de sua idade, Madelyn não faz absolutamente nada para impedir que um romance surja ali, pondo em risco a carreira de Bennett.

Foi naquele momento que decidi, Bennett, que queria ficar com você e que, apesar de haver um bom motivo para não termos alguma coisa, eu conseguia pensar em um milhão de motivos para termos. – página 51

Eles contam os dias para o ano acabar, assim Bennett não será mais o seu professor e eles poderão ficar juntos, então passam a se encontrar praticamente todos os dias, em segredo é claro. Eles caminhavam juntos, assistiam filmes, cozinhavam, tudo o que um casal faz, e Madelyn estava vivendo o sonho que sempre quis que fosse realidade, ela estava amando alguém e era amada da mesma forma.

Mas é claro que aquilo não iria durar para sempre, e em algum momento Bennett descobriria a verdadeira idade de Madelyn, ou as pessoas descobririam que os dois estavam juntos, e ele poderia ser preso. Esse é um conto de fadas sem um felizes para sempre.

A história é narrada em primeira pessoa por Madelyn, ela escreve cartas para Bennett, pedindo desculpas e justificando seus atos, lembrando os momentos mais felizes dos dois e todas as vezes em que ela quase contou seu segredo. Elas escreve umas três ou quatro cartas, ao todo.

Madelyn é uma daquelas personagens impossíveis de se gostar, ela é egoísta e só pensa em seus problemas e seus sentimentos, não leva em conta que quem se arriscava mais era Bennett. Desde pequena ela era a filha perfeita, com as notas perfeitas, mas agora que está finalmente vivendo a vida real, ela percebe que não quer mais ser a perfeição em pessoa, que quer fazer suas próprias escolhas ao invés de seguir as vontades dos pais. Eles não a enxergam e sempre querem mais coisas do que se orgulhar, mal percebendo que ela não pode mais dar isso á eles.

E naquele dia meu pai não me questionou porque viu apenas a pessoa que eu fui durante anos. A filha perfeita e estudiosa que eu não queria mais ser. – página 19

O livro é pequeno e a leitura flui rápido, é um daqueles que dá para se ler numa tarde. A história é um clichê, mas bem construída e com personagens marcantes. Por mais que não tenha gostado da protagonista e de suas decisões, admiro a coragem que ela teve para seguir em frente quando tudo o que ela queria e gostava estava contra ela. É uma história inteligente, mas o final poderia ter sido um pouco mais emocionante.

Eu queria ver aquele sorriso agora. Eu me pergunto se você ainda sorri. – página 27