A cilada

Titulo: A cilada

Autor: Daniel Polansky

Editora: Geração

Páginas: 416

Edição: 1

Lançamento: 2014

Sinopse: A Cilada, segundo livro da série, é um livro ágil, absorvente, narrado na primeira pessoa, na tradição dos detetives clássicos como Sam Spade, de Dashiel Hammett, ou Philip Marlowe, de Raymond Chandler, com pitadas do policial do futuro, Dick Deckard, de “Blade Runner — Caçador de Androides”. O Guardião terá que resolver o mistério de uma garota desaparecida na Cidade Baixa, a pedido de seu pai, o general de uma guerra em que ele também esteve como soldado. Um romance que você não conseguirá largar, disposto a solucionar um mistério que vai ficando mais denso a cada nova página.

Resenha

"As pessoas se parecem com as moscas". "Como assim?" "Ambos morrem facilmente". – página 15

O primeiro livro dessa trilogia não foi como eu esperava, e eu me decepcionei bastante com ele, mas imaginei que o segundo seria melhor. Pelo menos um pouco melhor. Novamente, estava enganada.

O Guardião continua levando a vida vagabunda de sempre, se drogando com Pó de Fada e bebendo até cair. O verão chegou, e com ele, um calor insuportável que o fazia querer morrer. Mas ele agora tem uma missão: encontrar a filha desaparecida (fugida) de um general importante. Não será muito difícil, já que a moça tem cabelos de uma cor chamativa e não leva jeito para mendiga.

Imaginei que o livro ficaria girando em torno de apenas isso, o sumiço de uma moça que queria descobrir se o irmão mais velho fora assassinado, e quem o fez, mas o autor acrescentou muita coisa, e esse assunto acabou sendo deixado de lado. Achei que o primeiro livro foi mais brutal e com mais violência que o segundo, mas não significa que A cilada não tenha algumas mortes e pancadas.

- Não fomos heróis, meu amigo – falei. – Na melhor das hipóteses, fomos vitimas. – página 274 

O autor dá grande ênfase ao passado do protagonista, narra alguns acontecimentos importantes da época em que O Guardião era soldado e lutava para sobreviver. Achei que essas foram as partes mais interessantes do livro, as únicas que me deixavam animada para continuar a ler. 

O orador da Associação podia falar sobre honra, podia falar sobre o orgulho do país e a dignidade do sacrifício. Mas, pelo que eu sei, a guerra é cagar suas entranhas enquanto rapazes morrem no escuro ao seu redor. Tudo o mais é fantasia de livros de história, e deixe que permaneça neles. – página 172

A leitura continua um pouco cansativa, mas como já conhecia a escrita do autor, foi mais fácil engatar na leitura e mandar para frente. Confesso que mal via a hora de terminá-lo para poder ler outro livro, não estava gostando muito dos rumos que a história levava.

Um personagem que eu gosto bastante (um dos poucos) é Garrincha, o garoto que o protagonista resgatou e “criou” no primeiro livro. Algo me diz que esse menino será ainda mais importante no ultimo livro. Adeline continua pegando no pé d’o Guardião querendo que ele faça milagres, e Adolphus está mais chato do que nunca, acreditando no que qualquer um diz e fazendo besteiras.

Simplesmente não gostei de muuitas coisas desse livro, assim como aconteceu com o primeiro. Esperava bem mais do autor e dos personagens, e depois de ver que A cilada é bem parecida com O guardião em muitos aspectos que eu não gostei, acho que não vou nem me dar o trabalho de tentar gostar do terceiro livro. 

Não estará terminado até que você morra. – página 328

MilkMilks

Dryh Meira