Heey pessoas, tudo bem com vocês?
Dando continuidade ao projeto/ação/campanha Eu valorizo a Literatura Nacional, eu trouxe uma entrevista com o autor Rudson Xaulin, autor de Um projeto de cão chamado Jill e mais outros três livros. Para quem não sabe, Um projeto de cão chamado Jill pode virar filme *O*
"Um Projeto de Cão Chamado Jill" conta a história real que vivi ao lado de um cãozinho encrenqueiro e cheio de energia. Ele tem 80 páginas e mais de 40 fotos. Como tudo o que for lido e visto aconteceu, o livro é carregado de momentos engraçados, de emoção e ao final é muito comovente. Mostra uma relação de amizade fiel, amor e carinho que tinha com minha pequena Jill e minha dolorosa luta para salvá-la quando adoeceu."
Bom, espero que vocês gostem da entrevista ^^ ainda vem muitas por aí...haha'
1.
Como foi seu primeiro contato com a leitura?
Rudson Xaulin |
R.X.:Na verdade,
eu nunca tive um contato muito forte e presente com a literatura. Se for falar
de livros, eu me restrito a poucos que de fato chamam minha atenção. Isso não
quer dizer que eu não gosto de ler, pois eu leio todo dia e a toda hora. Estou
sempre me informando de tudo, e eu gosto de pegar um assunto complexo e revirar
ele para estudar. Aí eu acabo baixando documentários sobre o assunto, leio mais
sobre ele e no fim, percebo que eu gosto muito de ler.
2. Na infância, qual era sua relação com os
livros?
R.X.: Com os
livros quase que escassa, se não fosse às leituras obrigatórias da escola. Pois
eu gostava mais de revistas em quadrinhos, games e música. Quando me tornei um
escritor que fui me abastecer mais de livros, e depois que as pessoas começaram
a me conhecer, me enviam livros, presentes, biografias e eu comecei a ler tudo
o que me era enviado. Foi assim que se deu minha proximidade com os livros nos
dias de hoje, pois até então, eu tinha que ler os que eu mesmo escrevia, apenas
para revisar. E na infância, eu não era muito chegado a neles não...
3. Quando você começou a escrever?
R.X.: Eu sempre escrevi. Desde quando eu era garoto, eu criava
minhas histórias malucas para jogar RPG. Depois, na adolescência, eu escrevia
textos e poemas. Sempre tinha algo no meu caderno de escola que as pessoas
achavam legal e copiavam, mas eu nunca dizia que aquilo era meu, sempre falava
que “ah, eu copiei de algum lugar” e não sei por que diabos eu dizia isso.
Depois passei a escrever “músicas”, rimas e prosas. Essas músicas se tornaram
minhas primeiras crônicas, e eu nem sabia disso. Eu tenho uma pasta em casa com
mais de 120 “músicas”, e pretendo um dia tomar coragem, pegar todo aquele
material e fazer um livro de poesias. Hoje em dia, troco “músicas” com músicos
de várias bandas, que se tornaram meus amigos. Então eu acho que sem querer, eu
sabia mesmo escrever canções...
4. Quais são suas inspirações para
escrever? Tem algum autor como referência?
R.X.: Toda minha inspiração
vem da música, do rock n’ roll na verdade. Eu gosto de colocar um disco
interiro para tocar, ficar lá nos fundos da minha casa embaixo da minha árvore
e rabiscar algumas coisas. Meus melhores textos saíram com música me
acompanhando. Se eu estiver caminhando por aí e com meus fones de ouvido, não
existe um dia sequer que uma canção não me traga a ideia perfeita para um texto
que depois as pessoas adoram. Então eu devo tudo à música, pois é do rock n’
roll e das minhas bandas preferidas que eu retiro minha inspiração. E sendo
assim, eu não tenho nenhum autor como referencia, poderia apontar bandas,
músicos, discos, mas infelizmente não é da literatura que nasce a minha
literatura.
6. Quanto tempo levou para escrever seu
livro e como foi à experiência?
R.X.: Meu primeiro
livro (Exílio de Um Velho Vocalista), quando de fato eu decidi que iria
escrever, eu demorei cerca de três meses. E esse livro tem 665 páginas, é
extenso, então eu acho que foi um processo rápido. O último livro lançado (Um
Projeto de Cão Chamado Jill) eu escrevi em dois dias, revisei ele no terceiro e
coloquei as fotos e fiz a capa no quarto dia. Uma semana depois ele foi
aprovado pela editora, ou seja, foi tudo muito rápido. Acredito que não tem
segredo algum em escrever, é como eu sempre digo, “eu apenas sento lá e
escrevo”. Fiz um livro chamado Era Apenas Chuva, que também já foi aprovado por
editora, mas ainda não o lancei, em seis dias. E outro, chamado O Cara Que
Escreve, eu o finalizei em dez dias e deve chegar logo para o público.
7. Quais são as dificuldades para que um
autor consiga ser publicado e conhecido no mercado literário brasileiro?
R.X.: Eu não encontrei dificuldade para ser publicado, tudo
aconteceu muito rápido e sou muito grato por isso. Eu escrevo a cerca de dois
anos e já tenho 15 livros, sendo que estou disponibilizando aos poucos para as
editoras, porque é muito material. Eu acho que se você tiver um trabalho bem
feito, com conteúdo e souber quando algo é bom ou não, acho que você pode
conseguir. Agora, quanto à distribuição dos livros, isso eu acho bem complicado
no Brasil. Demora muito, catalogar, distribuir e começar as vendas. Um livro
meu demora cerca de três meses para estar à disposição para as pessoas no
Brasil, e na Europa são apenas alguns dias. Agora, ser reconhecido nesse meio,
nunca comecei isso pensando em alcançar algum tipo de reconhecimento, as coisas
acontecem porque as pessoas me ajudam, divulgam, e sou muito grato por isso.
Mas não me vejo como alguém reconhecido, ou que um dia vai ser, mas a vida é
bem doida, vai saber...
8. Como você vê a literatura brasileira
atualmente? Quais são suas expectativas quanto à ela?
R.X.: Atualmente não só a literatura, mas a arte (Cultura) como
um todo está jogada aos cantos por aqui. Não falo só da literatura, mas o
teatro, as bandas, a música. Não existe um ponto de apoio, não temos muito a
quem recorrer. Aqui todo mundo sabe que tudo é mais difícil, sendo que tem
público pra tudo. Mas tem editora que quer cobrar horrores para um autor
publicar seu livro, sendo que ele, o autor, já esta “dando” sua obra ao mundo
criando um livro, e ele ainda tem que pagar para que a “mágica aconteça”?
Atores não têm espaço e teatros adequados para suas apresentações, bandas não
têm locais para shows e muitas vezes a rádio cobra uma fortuna para tocar sua
música. Não existe apoio, nem do governo e nem da grande mídia, são apenas
migalhas. E no meio da cena toda, ainda existem pessoas que não querem ajudar e
ainda tentam te derrubar, então tudo é muito complicado.
9. Sei que essa pode
ser uma pergunta difícil, mas qual seu livro preferido?
R.X.: Gosto muito de
biografias, de ver o mundo das bandas e shows por de trás das cortinas. Eu acho
esse tipo de livro os mais interessantes, e é o gênero que eu mais procuro ler
hoje em dia. Mas eu não apontaria apenas um como meu favorito, mas livros
relacionados ao Guns N’ Roses, Rolling Stones e David Bowie, só pra começar...
10. Qual livro nacional você recomenda? Por
quê?
R.X.: “Um Projeto de Cão Chamado Jill” – De Rudson Xaulin.
Claro! Esse livro é muito bonito. Eu mesmo gosto de pegar ele, ler algumas
páginas, dar uma boa risada e me apegar ainda mais na Jill. Eu vejo as pessoas
hoje em dia falando bem dela, de como se encantaram com ela e fico feliz com
isso. Outra coisa que gosto de ver, é que as pessoas que leram a Jill agora a
têm como “seu” cachorro também. E muitas ficam felizes quando esse livro
consegue alguma coisa nova, e isso me da à sensação muito gostosa de dever
cumprido, como se aquilo que eu queria fazer pela Jill, eu tenha conseguido.
Oi Dryh, tudo bem, flor?
ResponderExcluirAdorei a entrevista =) Parabéns pela inciativa de valorização da literatura nacional. Eles merece, né? =) Que bom que ele não encontrou muita dificuldade na hora da publicação
beijos
Kel
www.porumaboaleitura.com.br
é mesmo, a maioria dos autores acaba encontrando algum obstáculo na hora de publicar um livro
ExcluirEngraçado ele gostar de escrever desde sempre e não ler hehehehhe. Parabéns pela entrevista apesar de não ter me interessado pelo livro.
ResponderExcluirBlog Prefácio
rsrsrs' também achei um pouco estranho *-*
ExcluirDryh!
ResponderExcluirAchei bem interessante, primeiro ´por ser um escritor jovem e ainda mais por saber que a inspiração dele vem das músicas e do rock, bem diferenciado de outros autores que geralmente escrevem porque tiveram mais contato com a leitura.
É com alegria que venho agradecer a visita feita ao blog, obrigada!
FELIZ DIA DAS MÃES!!!
cheirinhos
Rudy
Blog Alegria de Viver e Amar o que é Bom!
" Mãe: palavra pequena, mas com um significado infinito, pois quer dizer amor, dedicação, renúncia a si própria, força e sabedoria. Ser mãe não é só dar a luz e sim, participar da vida dos seus frutos gerados ou criados. “(desconhecido)
achei bem bacana o fato d'ele se inspirar em música ^^
ExcluirOi Dryh, tudo bem?
ResponderExcluirEsse projeto será bom por causa disso, teremos a oportunidade de conhecer novos autores e novas histórias para ler. Fiquei chocada em saber que enquanto aqui levamos 3 meses para distribuir um livro, na Europa o processo leva apenas dois dias. Acho que temos que mudar nossa visão: temos que colocar a educação como prioridade.
Parabéns para o autor e desejo muito sucesso para ele.
beijinhos.
cila-leiotra voraz
http://cantinhoparaleitura.blogspot.com.br/
pois é, infelizmente o Brasil fica bem atrás dos outros países nisso também *-*
ExcluirMeeeeeeeeu Deus, como assim o autor escreve um livro em dias!!! E nos próximos já tem editora!???? Haha. Adorei saber que, quando se tem talento e determinação, podemos produzir o que quisermos. Tempo não é um obstáculo.
ResponderExcluirAh, G'n'R… <3333 Só por ter citado essa banda, o autor ganhou meu respeito um pouco mais (haha).
Gente, concordo com ele quando diz que a nossa cultura está um pouco jogada… Infelizmente, muitas iniciativas culturais e literárias são ainda desconhecidas, por falta de apoio e divulgação. Uma tristeza.
Vamos que vamos mudar esse quadro! Orgulho-me por fazer parte desta Ação…
Beijos!!!!
http://www.myqueenside.blogspot.com
essa foi a primeira vez em que vi um autor dizer que não teve problemas em publicar um livro *-*
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