Eu tinha a semana toda programadinha aqui, mas acabei não conseguindo postar nada ontem e ainda atrasei um post sobre a autora Sheila Lima, então como tudo já estava uma bagunça mesmo, inverti a quarta com a quinta e sexta feira, então o post com a Sheila ficou para amanhã. Postei a resenha de Quem teme a morte, da Geração Editorial, e agora estarei postando a entrevista maravilhosa que eu fiz com Samanta Holtz \0/
Que tal ler o primeiro capítulo de Quero ser Beth Levitt?
Que tal ler o primeiro capítulo de Quero ser Beth Levitt?
1. Como foi seu primeiro
contato com a leitura?
Foi através dos quadrinhos do Maurício de Sousa – a “Turma da Mônica”.
Eu era apaixonada por gibis e minha mãe e minha irmã mais velha liam as
histórias para mim. Eu gostava tanto que, mesmo quando elas não estavam lendo,
eu ficava folheando e tentando ler as falas! Até que, certo dia, quando eu
tinha cinco anos (antes de entrar para a escola), eu me peguei lendo. Simples
assim! Estava folheando o gibi e, de repente, consegui entender uma fala. Corri
até minha mãe e falei: “Mãe, é isso mesmo que está escrito aqui?” – e li para
ela. Ela confirmou, e perguntou como eu sabia. Respondi: “Eu li!”. Claro que
minha mãe se lembra desse dia com mais detalhes, eu tenho apenas uma vaga
lembrança, mas me recordo de ter sido muito marcante!
2. Na infância, qual era sua
relação com os livros?
Na infância, como citei na resposta anterior, a grande paixão era pelos
gibis do Maurício de Sousa. Toda sexta-feira, minha mãe levava a mim e minhas
duas irmãs à banca, onde podíamos escolher gibis novos. Mal podíamos esperar
pela sexta e, assim que chegávamos em casa, devorávamos tudo no mesmo dia! Hoje
em dia, temos um baú enorme cheinho de gibis! (risos) E já passamos a paixão
para a geração adiante, para minha sobrinha. O apego a livros veio um pouco
mais tarde, na pré-adolescência, quando me apaixonei pelo gênero romance.
3. Quando você começou a
escrever?
Minhas primeiras “criações” foram aos sete anos de idade, quando, ainda
naquela paixão louca pelos quadrinhos da Turma da Mônica (risos!), eu decidi
criar meus próprios quadrinhos! Então, reunia um bloco de folhas sulfite,
grampeava no meio, dobrava e começava a criar. Inventei personagens,
historinhas e, hoje, minha mãe tem tudo guardadinho em uma caixa. Então, vieram
as poesias, contos, reflexões... e, aos quatorze anos, comecei a escrever meu
primeiro romance, mas sem saber que seria um romance. Pensei que seria um conto
e, assim, comecei a escrevê-lo no final de um caderno usado. A ideia, no
entanto, ganhou tanta forma e detalhes que, quando vi, o caderno havia acabado!
Passei a história para o computador e, dois anos depois, quando terminei, eu me
dei conta: “escrevi um livro!”. Foi assim que nasceu “Renascer de um Outono”, o
primeiro romance que escrevi e que será minha terceira obra publicada, em
agosto deste ano!
4. Quais são suas
inspirações para escrever? Tem algum autor como referência?
No que diz respeito a técnicas e texto, não tenho uma referência em
especial! Gosto muito dos nacionais Paulo Coelho, Maurício Gomyde e Carina
Rissi e, dos estrangeiros, Sophie Kinsella, Dan Brown e JK Rowling. Cada um
deles tem um “quê” especial na forma de escrever e domina uma técnica –
Maurício no romance; Carina e Sophie no chick lit; Dan Brown no suspense e na forma de narrar
detalhes (um mestre!); Paulo Coelho na forma de colocar mensagens e
ensinamentos em suas histórias; e JK Rowling em criar uma narrativa que prende
o leitor até o último fio de cabelo! O que me inspira, na verdade, é a história
de vida e a trajetória dos autores. JK Rowling, por exemplo, enfrentou grandes
obstáculos e problemas pessoais não somente para publicar sua série, mas para
conseguir escrevê-la. William P. Young, autor de “A Cabana”, foi recusado por
26 editoras antes de decidir abrir a própria editora e lançar seu livro, que
viria a se tornar um best-seller mundial. Acredito que essas histórias nos dão
força, coragem e fé de que as dificuldades que atravessamos passarão, sejam
elas quais forem!
A média dos meus primeiros livros era um ano e meio a dois anos,
conciliando a escrita com os estudos e, um pouco mais tarde na adolescência,
também com o trabalho. “Quero ser Beth Levitt” foi um processo mais longo,
levou quatro anos – mas porque, ao longo do processo, tive longos períodos de
interrupção. Eu ainda não tinha obras publicadas e tive momentos de desânimo em
que foquei em outras coisas e cheguei a pensar que a carreira literária
simplesmente não aconteceria! Então, depois que “O Pássaro” foi publicado e deu
certo, retomei o livro! Depois disso, escrevi meu quinto livro e demorou bem
menos, cerca de um ano, pois eu estava bem mais focada e disciplinada. A
experiência é sempre maravilhosa; eu mergulho na história e na vida dos meus personagens.
Sinto o que os faço sentirem, como se fossem uma extensão de mim, e a história
deles fica em “stand by” em minha cabeça o tempo todo, como se eu tivesse uma segunda vida
esperando por mim!
7. Quais são as dificuldades
para que um autor consiga ser publicado e conhecido no mercado literário
brasileiro?
São muitas. Quando eu estava na fase de enviar originais para
avaliação, pensava que a parte mais difícil era conseguir a aprovação em uma
boa editora. Bem, é difícil sim; hoje em dia, as editoras recebem centenas de
originais por semana e, mesmo que seu trabalho seja muito bom, eles já têm os
autores com os quais trabalham e um número limitado de novos que podem integrar
no time. Então, o primeiro passo é bem difícil, pois você é um anônimo; e, para
uma editora, investir e apostar em um anônimo é um risco. Assim, as “barreiras
de entrada” do mercado literário são altas e, muitas vezes (eu diria que na
maioria das vezes), nosso primeiro passo é através de uma editora menor ou uma
publicação mais tímida. Foi aí que eu vi que ser ter uma publicação de
qualidade em uma boa editora era apenas o começo... difícil, mas apenas o
começo. Pois, depois que você ingressa no mercado, vem o desafio de “aparecer”
nas livrarias (ao lado de best-sellers consagrados), fazer com que os leitores
o conheçam, conquistar um público leitor que o leia, indique e divulgue... ou
seja, conseguir o seu espaço. Você entra em um mercado em que já existem
gigantes fazendo carreira, e você é apenas uma formiguinha. Porém, não pode
deixar que isso o intimide; tenha foco em seus objetivos, em vez de se deixar
intimidar pelos gigantes ou se comparar com eles. Afinal, todo gigante começou
como formiga!
8. Como você vê a literatura
brasileira atualmente? Quais são suas expectativas quanto a ela?
Tenho visto muito espaço se abrindo a novos autores, tanto no
surgimento de novas formas de publicação (que são mais fáceis e/ou mais
baratas, quando envolvem investimento por parte do autor) como as grandes
editoras abrindo espaço para novos nomes. Além disso, tenho visto o público
mais engajado na leitura e apoio às obras nacionais, o que é o mais importante
– pois, para que os autores nacionais tenham mais espaço nas editoras e
livrarias, é preciso que vejam que o público está interessado neles,
procurando, comprando. A literatura estrangeira tem muita força em nosso país,
porém é preciso que os leitores percebam que isso não significa que “o que vem
de fora é bom, o que é produzido aqui dentro é ruim”. Existe esse preconceito e
esse pensamento errado não somente com livros, mas vejo consumidores preferindo
comprar alimentos, roupas e outros produtos de origem estrangeira, ignorando os
nacionais, por confiarem mais na qualidade do que vem de fora. Devemos ter em
mente que o motivo dos livros estrangeiros estarem no topo das listas de mais
vendidos ou nas vitrines de livrarias deve-se aos holofotes que a mídia coloca
sobre eles – além, claro, de serem sim obras de qualidade, na maioria dos casos!
Mas o fato de um livro estrangeiro ser bom não torna o livro nacional ruim;
pelo contrário, temos obras boas vindas de todos os lugares! Acredito que, com
as campanhas de incentivo à literatura nacional (como essa que vocês estão
organizando!), o público está deixando de lado o preconceito e “experimentando”
autores brasileiros. Existem livros ruins? Claro que sim. Em todo país existe.
E existem livros bons? Inúmeros!!! Então, a partir do momento que um leitor ler
um autor nacional e adorar a leitura, pronto, já se quebrou o preconceito e ele
colocou os autores nacionais no mesmo nível dos estrangeiros, que é a forma
certa de se enxergar – nem acima, nem abaixo: igual. É isso que tenho visto
acontecer atualmente: o preconceito se quebrar, pois essa é a camada de gelo
que precisamos derreter antes de começar a, de fato, crescer e ganhar espaço.
Pergunta extremamente difícil!!! (risos) Não sei se consigo escolher
apenas um. Para ser justa, vou deixar de fora os que são da minha autoria – não
conseguiria escolher só um deles como preferido! Dos livros que li, uma série
pela qual me apaixonei foi Harry Potter. Comecei a ler aos 13 anos e, na época,
a série não era tão famosa quanto é hoje – e eu tinha receio em começar, pois
achava que era infantil. Mas, a partir do momento que comecei o primeiro
volume, todo ano era uma contagem regressiva para o lançamento do próximo!
Acredito que seja minha série preferida.
10. Qual livro nacional você
recomenda? Por quê?
Apenas um?? Que maldade! (risos) Olha, um livro nacional que me deixou
absolutamente encantada, recentemente, foi “Dias melhores pra sempre”, do
Mauricio Gomyde. Eu já sou fã de carteirinha da escrita dele e, depois que li
essa obra, pensei: “nessa, o Mauricio se superou”. Sério, é um livro original,
com ritmo, uma narrativa impecável e uma história muito, muito marcante. Amei
cada página, cada detalhe, e indico a qualquer leitor, independentemente do
gosto literário – pois, embora seja romance, não é nada “água com açúcar”. É
uma história que intriga, prende e apaixona!
Espero que vocês tenham gostado da entrevista ^^
Estou participado de um book-tour do livro "Dias melhores para sempre", que a autora citou, então vem resenha dele por aí.
MilkMilks
Dryh Meira
Dryh! Tudo bem?
ResponderExcluirAdorei a entrevista, parabéns! Senti uma empatia pela autora logo de cara; a forma como ela respondeu as perguntas, sempre com respostas completas e cheias de carinho! E essa capa da bailarina está sensacional! Vou procurar saber mais dos livros, e já estou aqui desejando muito sucesso para autora! <3
Mil beijos!
bibliophiliarium.com
@bibliblog
obrigada Tici ^^ A Samanta é um amor, muito simpática :)
ExcluirOie,
ResponderExcluira Samantha é super fofa neh?
Infelizmente só li um dos livros dela até agora, mas pretendo ler os outros em breve
bjo
http://blog.vanessasueroz.com.br
eu também só li um dos livros dela, mas mal vejo a hora de ler os outros ^^ ela é mesmo um amor ♥
ExcluirAHHHHHHH A Samantha é uma fofa linda. Sou fã dela. Acho ela um amor e to doida pra ler Beth Levitt. Parabéns pela entrevista
ResponderExcluirbeijos
Kel
www.porumaboaleitura.com.br
também sou super fã...haha'
ExcluirNossa estou louca para ler os livros da Sam, mas ainda não pude e espero ler logo.
ResponderExcluirLinda entrevista.
Beijos! Fê :*
http://fernandabizerra.blogspot.com.br
obrigada, Fernanda :)
ExcluirQuerida Dryh,
ResponderExcluirMuito obrigada por postar a entrevista com tanto capricho e linkar o primeiro capítulo do livro!! Espero que os leitores do seu blog amemmmmm :D
E que legal saber que está participando do booktour de Dias Melhores Pra Sempre!!! O livro é simplesmente LIN-DO!!! Depois, quero saber sua opinião e ler sua resenha ;)
Beijos no coração!! <3
Sam