Entrevista com Lilian Farias

Hey pessoal, tudo bem com vocês?

Como prometido ontem, trouxe mais uma entrevista nacional, desta vez com a Lilian Farias. A Lilian é autora de "O céu é logo ali" e "Mulheres que não sabem chorar" (lançamento na Bienal de SP/2014). A Lilian é uma mulher muito simpática, e foi um prazer enorme fazer essa entrevista com ela. Muito obrigada Lilian ^^



Mulheres Que Não Sabem Chorar conta a história de duas pessoas que se reconhecem como mulheres e que se amam em toda a sua plenitude. Desse amor renascem sentimentos que outrora fora reprimidos: dores; curas e anseios sobre o próprio amar e ser amada. Duas mulheres que precisam quebrar o pior e mais severo dos preconceitos: aquele que habita em nossas entranhas! Mais que uma relação homoafetiva, Mulheres que não sabem chorar nasceu dos meus 40 dias no deserto, durante todas as privações e isolamentos sociais. O deserto me ensinou a recolher e emanar as minhas ancestrais para me dar vida própria e encarar o mundo, depois soprei nas palavras da vida, que pulsava nas minhas veias, a força de Ísis.



“O céu é logo ali” se desenvolve em um turbilhão de sentimentos, em facetas representadas por duas personagens e o que as cercam, com desejos, sonhos, lembranças, descobertas e inquietações marcando um encontro em que histórias paralelas se unem pelo mesmo ideal: liberdade! Mas, o que é a liberdade? O que aprisionava Dolores e Clarice para que o encontro pudesse salvar suas almas encarceradas? Ao adentrarmos nos mundos distintos dessas duas jovens, mergulhamos numa profusa miscigenação de anseios, lutas, estratégias de sobrevivência. A história de duas mulheres que unidas pelo destino resolvem aflorar todo fluxo de sobrevivência do "ser", do corpo, da alma, da mente, que advém quando se é permitido ser livre. Liberdade, essa, assemelhada a quem saboreia o vôo das borboletas. 


#Entrevista com Lilian Farias#

1. Como foi seu primeiro contato com a leitura? 
Meu primeiro caso literário foi com o livro O estudante e logo virou vício, mas na época não tinha ninguém para conversar sobre literatura, era um caso escondido.

2. Na infância, qual era sua relação com os livros? 
Como não tinha amigos que gostassem de livros e para não ser excluída dos poucos grupos que conseguia me relacionar, leitura era algo às escondidas.

3. Quando você começou a escrever? 
Pelo tempo de Cronos, desde que fui alfabetizada, aos 7 anos, mas jogava tudo no lixo ou queimava.

4. Quais são suas inspirações para escrever? Tem algum autor como referência?
É tanta gente que fico zonza, mas vou citar alguns: Raul Seixas, Zé Ramalho, João Ubaldo Ribeiro, Mário Quintana, Clarissa Pinkola Estes, Jung, Clarice Lispector, Jorge Amado, Simone de Beauvoir, Olga Kharitidi, Eve Ensler, Luiz Mott, Michel Foucault etc.

6. Quanto tempo levou para escrever seu livro e como foi a experiência? 
O tempo de escrita é curto, contudo o tempo de pesquisa é longo. Escolho uma temática, pesquiso muito e depois escrevo, e isso pode levar 15 dias, bem como três anos. A experiência é enriquecedora e maravilhosa.

7. Quais são as dificuldades para que um autor consiga ser publicado e conhecido no mercado literário brasileiro? 
Hoje, no Brasil, a editora não é algo tão difícil. O complexo é ter editoras comprometidas e uma cultura da leitura, em tempos de ‘#somostodosmacacos’ acredito que se fossemos somos todos leitores funcionaria mais.  Enfrentemos de questões culturais e políticas até questões financeiras.

8. Como você vê a literatura brasileira atualmente? Quais são suas expectativas quanto a ela?
Acho que a literatura, apesar de alguns contratempos, vem crescendo e tomando seu espaço com bases sólidas. Lógico que muito precisa mudar ou se fazer, mas o número de escritores e leitores cresce e isso é relevante. Tem de tudo e para todo mundo!

9. Sei que essa pode ser uma pergunta difícil, mas qual seu livro preferido?
Acho que ‘difícil’ foi generoso da sua parte... (risos)
Vou citar minha última leitura que foi deveras inspiradora e já está na estante de favoritos: Outros tempos – Leonardo Nóbrega.

10. Qual livro nacional você recomenda? Por quê?
Outros tempos – Leonardo Nóbrega –  romance para ser degustado como um bom vinho!
A menina do Panapaná – Magali Polida – poesia para ser degusta e vivida!
Viva o povo brasileiro – João Ubaldo  - Livro que  tira muitos da inércia da ignorância!
Vítimas do Silêncio - Janethe Fontes – Trata da mulher livre, não segue uma linha machista (AMO)!


#BookTrailer Mulheres que não sabem chorar#


Espero que tenham gostado do post de hoje. E aí, o que acharam das respostas da Lilian? Já leram algum livro que ela citou? Qual?

MilkMilks
Dryh Meira

4 comentários

  1. Oi, flor!
    Sempre tive curiosidade de conhecer essa autora, porque me parecia simpática e diversas vezes encontrei elogios a ela e ao seu trabalho como autora na blogosfera. O jeito querido dela (e suas inspirações) me fizeram adicionar seu livro na minha listinha (rs).
    Espero em breve conhecer sua narrativa.
    Sucesso a você e à autora, flor!
    Beijo carinhoso!

    http://www.myqueenside.blogspot.com

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    Respostas
    1. os temas são bem interessantes mesmo, estou doida para ler os livros dela...rsrs'

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  2. Oi Drhy!!

    Não conhecia os livros e nem a autora! Gostei de poder conhecê-la! Seus livros parecem muito bons!! "Mulheres que não sabem chorar" parece bem interessante!

    Beijinhos
    Mirelle - meumundoemtonspasteis.com

    ResponderExcluir

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