Enquanto eu te esquecia

Titulo: Enquanto eu te esquecia

Autora: Jessie Shortridge

Editora: Única

Páginas: 384

Edição: 1

Lançamento: 2014

Sinopse: Lucie Walker não se lembra de quem é ou como foi parar nas águas geladas da Baía de São Francisco. Encaminhada para uma clínica psiquiátrica, ela aguarda até que um homem chega afirmando ser seu noivo. Entretanto, com seu retorno para casa, essa mulher sem memória vai tomando conhecimento de sua personalidade antes do acidente, da pessoa controladora, fria e sem vida que era, e dos segredos da infância e da família, assim como da situação do noivado e dos mistérios que podem ter provocado o acidente.Será que ela quer isso de volta? Será que essa nova Lucie conseguirá manter o amor por Grady, ou a oportunidade de recomeçar será sua salvação?

Resenha

Estava muito curiosa para ler esse livro desde que o vi em lançamento, e só agora consegui lê-lo. Bom, esperava muito mais, principalmente com uma sinopse interessante como essa.

Lucie apareceu na baía de São Francisco sem saber quem era e o que estava fazendo lá. Ela não se lembrava de nada, nem mesmo do seu próprio nome. Foi então enviada para uma clinica psiquiátrica, até Grady, um homem que dizia ser seu noivo, aparecer. Ela era bem tratada na clinica, apesar de não conseguir dormir por causa dos gritos dos outros pacientes, mas a única coisa que realmente a incomodava, era não se lembrar de nada.

“Deixou que ele chegasse perto e a pegasse pelo braço. Tinha a mão, o braço e o corpo quentes, e ela percebeu que estava morrendo de frio, ainda que o sol iluminasse tudo à volta, criando um mundo definido e luminoso, que não conhecia.” – página 11

O livro é narrado por Lucie, Grady e Helen, sua tia. No começo eu fiquei um pouco confusa e não sabia quem era Helen, pois a autora só foi “contar” pouco depois. Todos os capítulos são completamente emotivos, principalmente os de Helen, que sempre acaba lembrando de algum momento de sua vida. Bom, eu não gostei muito dela, para falar a verdade, não acabei gostando de nenhum personagem *-*

A nova Lucie era totalmente diferente da antiga. A antiga Lucie era amargurada e fria, não conversava com os vizinhos e não se importava com a opinião de ninguém além da sua; usava roupas caras e comia comidas “frescas”. A nova Lucie tentava fazer amizade com todo mundo, o que deixava Grady confuso. Ele não sabia se conseguiria se apaixonar pela nova Lucie.

“Grady sentia-se feliz por ela ter perdido a memória, feliz por ela não ter de reviver aquele momento como acontecia com ele, suportar as emoções animais, os sons, as sensações, os erros estúpidos e horrorosos repetidamente. O que ele podia fazer por Lucie era protegê-la de tudo aquilo. Se eles pudessem recomeçar, então... Bom. Podia ser que assim eles tivessem uma chance.” – página 106 

A leitura é um pouco cansativa, e bem, não acontece muita coisa. Aos poucos Lucie vai tendo alguns lampejos de memória, e com a ajuda de sua tia Helen, quem ela costumava odiar, mas que agora se tornou uma amiga, ela vai lembrando os motivos que a fizeram sair de casa, e a lembrar de seu passado, que não foi nem de longe tranquilo.

Confesso que fiquei um pouco desesperada para saber os motivos que levaram Lucie a fugir de casa e perder sua memória, e ficava irritada quando a autora enrolava cada vez mais. Ela tentou criar certo mistério no passado de Lucie, mas não obteve muito sucesso.

Eu esperava muuuito mais do livro. Pensei que encontraria uma história emocionante e ao mesmo tempo divertida, personagens encantadores ou que pelo menos “marcassem”. A história em si é boa, mas a autora poderia ter trabalhado melhor, a leitura é um pouco complicada, e eu não curti principalmente o final, que me deixou um pouco decepcionada. Claro, eu não sabia o que esperar dele, mas com certeza não era aquilo. Enfim, é um livro bom, mas poderia ser muuito melhor.

“E essa era a pior parte de tudo aquilo. Ela não sabia quem ela conhecia, ou se conhecia alguém. Não sabia se alguém a amava, contava com ela, ou sentia sua falta.” – página 15

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Dryh Meira