Tudo e todas as coisas

Título: Tudo e todas as coisas
Autora: Nicola Yoon
Editora: Novo Conceito
Páginas: 304
Edição: 1
Lançamento: 2016
Sinopse: "Minha doença é tão rara quanto famosa. Basicamente, sou alérgica ao mundo. Qualquer coisa pode desencadear uma série de alergias. Não saio de casa. Nunca saí em toda minha vida. As únicas pessoas que já vi foram minha mãe e minha enfermeira, Carla. Eu estava acostumada com minha vida até o dia que ele chegou. Olho pela minha janela para o caminhão de mudança, e então o vejo. Ele é alto, magro e está vestindo preto da cabeça aos pés. Seus olhos são de um azul como o oceano. Ele me pega olhando-o e me encara. Olho de volta. Descubro que seu nome é Olly. Talvez eu não possa prever o futuro, mas posso prever algumas coisas. Por exemplo, estou certa de que vou me apaixonar por Olly. E é quase certo que será um desastre."
Resenha

Eu não saio de casa, nunca saí de casa em dezessete anos. – página 11

Madeline possui uma doença muito rara. Ela não tem alergia a pó, a pólen ou a perfume. Ela é alérgica a tudo, tanto que, se ousasse pousar seus pés do lado de fora da porta de sua casa, ela certamente iria morrer. Sendo assim, desde que se entende por gente, Madeline fica apenas em casa, rodeada de branco, tomando remédios e fazendo exames o tempo todo. As poucas pessoas que convivem com ela (a mãe, sua enfermeira, e de vez em nunca algum professor) precisam passar por um longo processo de descontaminação antes de se aproximarem.

Madeline estuda em casa, online, e lê para passar o tempo. Sua vida não é nada emocionante, mas ela sabe que o que importa é estar viva. Até conhecer Olly, o novo vizinho. Olly é um garoto que só usa preto e que escala as coisas, um praticante de parkour, o que impressiona Maddy. Eles logo começam a conversar pela internet, e, após algum tempo, acabam se apaixonando. Mas como poderiam ficar juntos, se Maddy não pode ser tocada por pessoas de fora, e não pode sair de casa?

Talvez eu esteja mantendo a esperança de que um dia, as coisas mudem. – página 21

A vida de Madeline é um pouco tensa. A mãe dela morre de preocupação com a menina, de forma que parece estar sempre por perto, e, após perder o marido e o filho num acidente, Madeline tornou-se tudo o que ela tinha. Então, como poderia pôr a filha em risco, ou arriscar perde-la? Eu poderia dizer que entendo o medo de Pauline em perder a filha, e suas ações para protege-la, mas eu não entendo.

O que me conquistou neste livro foi o carinho e paixão de Olly por Madeline e vice-versa. Não é um romance forçado, é delicado, é sensível, é bonito de ver acontecer. Eles não são um casal comum ou um clichê, o que torna a história ainda mais bela e original, mas são humanos, e cometem erros e sofrem. A família de Olly também não é perfeita, o pai do garoto bebe muito e é violento, enquanto a mãe dele se mostra submissa e aceita os atos do marido.

Falo para mim mesma que não há mal nenhum em mentir para a minha mãe. Falo para mim mesma que não vou ficar doente. Falo para mim mesma que não há mal nenhum em ter um amigo. Que a Carla está certa e o amor não pode me matar. – página 96

Ver como eles gostavam de estar próximos um do outro me fez sorrir que nem boba enquanto eu lia o livro, mas, ao mesmo tempo, eu tinha medo por eles. E se algo acontecesse com Maddy, como Olly ficaria? E se algo acontecesse com Maddy??? Gostei bastante dos personagens, e acho que Carla, a enfermeira de Maddy, também merece certo destaque, por mais que eu não possa falar muito dela.

Eu era feliz antes de conhece-lo. Mas agora estou viva e isso não é a mesma coisa. O amor faz com que o mundo se abra. – página 177

Eu achei que esse livro me faria chorar horrores, mas, infelizmente (ou felizmente?), isto não aconteceu. Acho que eu criei expectativas demais para a história, e, mesmo tendo gostado muito, senti que faltou alguma coisinha. Achei que a autora deixou algumas coisinhas soltas que eu gostaria que ela tivesse amarrado, mas tudo bem. Adorei o final, e, mais uma vez, Nicola me fez sorrir que nem uma boba.

Tudo e todas as coisas é um livro muito lindo e fofo, daqueles que te deixam nas nuvens, mas também é uma história triste, pois Madeline nunca esteve lá fora, nunca andou descalça na grama, nunca brincou com outras crianças, nunca sentiu a chuva. É um chick-lit bem original, e muito bonito também. Super recomendo.

No início, não havia nada. E então, de repente, havia tudo. – página 221

4 comentários

  1. Olá, tudo bem? Eu estou simplesmente doida para ler esse livro, ele parece ser muito, mas muito bom. É uma pena que o livro não tenha te deixado tão emocionada e tal, mas ainda assim, acho que é uma leitura que vale a pena, né?!

    Beijos,
    Duas Livreiras

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  2. Oi Dryh,
    estou louca para ler esse livro, tanto que minha irmã prometeu me dar ele... Estou assim como você esteve, cheia de expectativas e confesso que agora com um pouquinho de receio também, mas o que importa é que você gostou da história no geral, né? Já imaginava que era uma história fofa, mas não pensei que era capaz de nos fazer sorrir, não vejo a hora de poder ler.

    Abçs
    Nosso Mundo Literário

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  3. Oi Dryh,
    Estou bem ansiosa para ler esse livro, especialmente depois de ler tantas críticas positivas a respeito. Já imagino mesmo que seja uma obra cheia de reflexões, ao mesmo tempo em que deve ser emocionante e triste também, por isso espero ler logo. Ah, eu sou apaixonada por essa capa. Sua resenna ficou maravilhosa! Bom, uma pena você não ter se emocionado como esperava, mas pelo menos se tornou uma leitura bem válida né?!

    Beijos, Fer
    www.segredosemlivros.com

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  4. Mesmo dando pra sacar qual era do livro achei uma leitura envolvente e simples que fluia. Adorei ter relido a resenha. Agora só falta assistir o filme

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