Proteja-me

Titulo: Proteja-me

Autora: Juliette Fay

Editora: Novo Conceito

Páginas: 448

Edição: 1

Lançamento: 2013

Sinopse: Quatro meses após a morte do marido, Janie LaMarche continua tomada pela dor e pela raiva. Seu luto é interrompido, no entanto, pela chegada inesperada de um construtor com um contrato em mãos para a obra de uma varanda em sua casa. Surpresa, Janie descobre que a varanda era para ser um presente de seu marido — tornando-se, agora, seu último agrado para ela.Conforme Janie permite, relutantemente, que a construção comece, ela se apega aos assuntos paralelos à sua tristeza: cuidando de seus dois filhos de forma violentamente protetora, ignorando amigos e família e se afundando em um sentimento de ira do qual não consegue se livrar. Mesmo assim, o isolamento auto imposto de Janie é quebrado por um grupo de intervenções inconvenientes: sua tia faladeira e possessiva, sua vizinha mandona, seu primo fofinho e até Tug, o empreiteiro.

Resenha

Comecei a ler esse livro bem animada, já tinha lido algumas resenhas dele e todas falaram muito bem, então esperava também gostar bastante da história.

Janie é uma viúva com duas crianças pequenas, vivendo no luto e no ódio de ter perdido seu marido cedo. Após a morte de Robby, ela se tornou uma pessoa amarga e passou a se irritar com todo mundo, mas principalmente com o homem que deveria estar ao seu lado, não abandonado-a.

“Há um milhão de e se na vida. Você precisa só evitar pensar nos ruins.” – página 335

Três meses depois do trágico acidente, um empreiteiro aparece à sua porta com um projeto de varanda que Robby planejou para a esposa, e ela, relutantemente deixa que Tug construa o ultimo desejo de seu marido para a família, enquanto continua a se isolar do mundo e tenta isolar o mundo de seus filhos.

Janie é uma personagem irritante e possessiva. Tudo bem que ela está irritada e com ódio por ter perdido seu marido, mas ela acaba descontando em pessoas que só querem ajudá-la da melhor forma possível, até mesmo Carly, sua filhinha de alguns meses, acaba tornando-se alvo de sua ira de vez em quando.

O que a salva dessa amargura toda é a aproximação do padre Jake, que aparece em sua casa toda semana com um saquinho de chá, tentando fazê-la falar e perdoar seu marido. Com o tempo, os dois tornam-se amigos, mas um sentimento novo começa a surgir, e esse sentimento acaba afastando-os.

“Janie notou seu pulso acelerar quando o viu, algo que vinha acontecendo nas ultimas semanas, mas ela propositalmente vinha ignorado.” – página 184 

A autora conseguiu criar personagens verdadeiros com uma história para contar, eles realmente pareciam reais para mim, e o sofrimento de todos parecia ser o meu. Julliete fez um ótimo trabalho até então. O ponto mais negativo que consegui encontrar é que a história é um pouco enrolada demais, e se torna tão cansativa que quase deixei o livro de lado algumas vezes. A autora parecia ter um objetivo em mente para a trama, mas não conseguiu atingi-lo.

Não consegui derramar uma lágrima sequer enquanto lia as 448 cansativas páginas de Proteja-me, principalmente porque a personagem principal não me agradou em momento algum e só ficava cada vez mais chata.

Em compensação, temos Dylan e Tug, dois personagens que têm grande destaque na história e que não se deixam abalar pelo mau humor irritadiço da protagonista. Dylan é o filho de Janie, e diferente de Carly, ele se lembra do pai, e não consegue entender por quê Robby não pode voltar do céu; Tug é o empreiteiro que, assim como Janie, está passando por um momento difícil em sua vida.

É um livro de reflexão, afinal de contas, mas não é um que eu recomende.

“Sabe qual foi a coisa mais estranha desse ano todo? Essas pessoas todas que eu comecei não gostando nem um pouco... Acho que estava brava demais para gostar de alguém... E agora elas significam tanto para mim. Foram as pessoas que eu menos esperava que poderiam me ajudar que foram as mais importantes.” – página 394

A música escolhida para esse livro é Untitled, da banda Simple Plan:

MilkMilks

Dryh Meira