Belas mentiras

Título: Belas mentiras

Autora: M. Leighton

Editora: Galera Record

Páginas: 280

Edição: 1

Lançamento: 2015

Sinopse: Inocente, pura e doce, Sloane sempre foi superprotegida pela família, mas ela jurou a si mesma que, ao completar 21 anos, tudo seria diferente. E, quando o relógio bate meia-noite, Sloane está pronta para sair do casulo e quebrar algumas regras. O jovem Hemi tem vários talentos, mas manter o controle, infelizmente, não é um deles. Acostumado a fazer o que sempre quis, nunca precisou se importar muito com as consequências de seus atos. Até que uma tragédia mudou para sempre sua vida. Agora ele tem apenas uma missão, e nada é capaz de afastá-lo de seu objetivo... Até conhecer Sloane. Mas nada que Sloane e Hemi viveram até hoje foi capaz de prepará-los para o que está por vir. Quando essas duas almas problemáticas se encontram, a conexão é imediata, e eles não têm outra escolha a não ser mergulhar em um mundo de loucura, paixão e devassidão. Porém, os dois têm algo a esconder, e logo vão descobrir que a tentação está nos pequenos detalhes. E é nos pequenos detalhes também que se encontram as mais belas mentiras.

Resenha

Sloane nunca deu um passo sem que seu pai e seus irmãos soubessem. Protegida desde sempre, com vinte e um anos de idade, ela ainda precisa ligar para o pai avisando que vai se atrasar e dar explicações sobre o que faz e deixa de fazer. Mas ela se cansou disso tudo. Determinada, Sloane quer “abrir suas asas” e fazer o que quer. O primeiro passo para provar que cresceu e que não precisa mais de proteção é fazer uma tatuagem.

“Sinto que vivi dentro de uma concha fechada a minha vida inteira. E agora, finalmente, após todos esses anos, vou arromba-la e abrir as asas um pouco.” – página 19

Hemi é um tatuador experiente que não está aberto para relacionamentos. Típico bad boy, ele gosta de mulheres também experientes, que saibam o que querem e que não fiquem para tomar o café-da-manhã. Quando vê Sloane, porém, ele sente aquela fagulha tão conhecida por nós, leitores, mas decide que vai ficar longe dela. Com cicatrizes no passado, segredos e etc, ele tem medo de estragar a pureza da inocente moça e blá, blá, blá. Maaas... Com o passar do tempo eles acabam se aproximando, e a partir daí vocês já conseguem imaginar o que acontece.

“As coisas importantes sempre valem a pena.” – página 23

Sloane é uma personagem tão chata que eu não sei como consegui aguentá-la até o final. Sério, garota? Seu ato de rebeldia é fazer uma tatuagem para provocar sua família? Mesmo? Aparecer no bar frequentado pelos seus irmãos “controladores” e fingir que beber é uma coisa que faz o tempo todo? E que tal arranjar um emprego, tornar-se independente e aí sim dizer que sua família não pode mais mandar em você? E o pior é que ela age como uma criança a maior parte do tempo, então não tem crédito algum para reclamar do tratamento que recebe.

Hemi, novamente, é o típico bad boy que nós já conhecemos. Ele se passa de misterioso, dá sorrisos furtivos aqui e ali (deixando a protagonista doida da vida), e, como sempre, tem algum segredo do passado. Hemi vive tentando se afastar de Sloane, mas, como sempre, a atração é maior e eles acabam se aproximando. Durante grande parte da história, Hemi esconde coisas de Sloane e parece tramar algo, mas a autora deixa umas pistas aqui e ali, então esse algo não chega a ser tão surpreendente quanto prometia.

“Não quero promessas. Elas quase sempre não passam de belas mentiras. São palavras com o objetivo de fazer os outros se sentirem melhor. Mas, no fim, continuam sendo apenas mentiras.” – página 131

Belas Mentiras não foi a melhor leitura que eu fiz na vida, mas também não foi a pior. Achei meio desconexo os irmãos e pai de Sloane não surtarem quando ela fez a tatuagem e quando começou a ver Hemi, levando em conta que eles eram super controladores e tudo o mais. Para mim, eles aceitaram tudo fácil demais, principalmente o pai dela.

Outra coisa que me decepcionou nesse livro foi o fato de ele ser como muitos outros. Comum. Igual. Não tem nada de especial, nada de diferente dos outros livros do gênero New Adult que eu já li. As histórias são parecidas, os personagens são parecidos (menina boba e inocente, menino bad boy e misterioso), sem contar que Sloane é um pé no saco. Sorte a dela que sua melhor amiga, Sarah, consegue compensar sua chatice fazendo piadas e mantendo seu bom humor.

“Enquanto você me quiser, eu sempre, sempre, estarei ao seu lado.” – página 262

Enfim, o livro é bacaninha, mas não foi novidade alguma. A escrita da autora também salvou um pouco, eu mal percebia as páginas passando de tão fluida e rápida que era sua narração, mas, tirando isso, foram poucos pontos positivos. Estou curiosa para saber como serão os próximos livros (Belas Mentiras é o primeiro de uma série), e espero que sejam melhores que este.