Mudanças

Titulo: Mudanças

Autora: L.L. Alves

Editora: MODO

Páginas: 188

Edição: 1

Lançamento: 2014

Sinopse: O que esperar das férias: apenas sorrisos e felicidade? Não é bem isso que acontece na vida de Verônica. Em meio a corações despedaçados e crises de “aborrecência”, Verônica encontra Carlos, um rapaz misterioso e disposto a defendê-la. Mas será que é o acaso que os une? Decisões do passado podem trazer mudanças para o futuro? Ela precisará lidar com suas próprias ações e deverá aprender o verdadeiro valor da amizade, do amor e da confiança. Verônica não será mais a mesma, mas será ela capaz de compreender que mudanças fazem parte da vida?

Resenha

Estava doida para ler Mudanças desde que li a sinopse pela primeira vez, antes mesmo do lançamento e de conhecer a autora pessoalmente (um dos melhores dias do ano ♥), mas confesso que não sabia o que esperar dele. Nunca tinha lido nenhum outro livro da autora, então não sabia como era a escrita dela, mas vi algumas notas altas para Mudanças no skoob, e isso me animou para lê-lo.

Verônica acabou de sair de um relacionamento que não deu certo, ela foi traída e humilhada na frente de todos por seu namorado grosso e violento, o qual ela tinha certeza amar. Ela sempre fora meio fechada e não tinha muitos amigos, seus livros e estudos eram seu refugio, nunca chamava a atenção, então quando Jonatas a olhou e a enxergou, Verônica se apaixonou.

No inicio do namoro, as coisas eram tudo cor-de-rosa e fofas, eles andavam de mãos dadas e o rapaz fazia de tudo para fazê-la feliz, mas com o passar do tempo, Jonatas foi se mostrando mais grosso e egocêntrico, porém, Verônica não conseguiu tomar a iniciativa de terminar o namoro. Quando isso finalmente aconteceu, pela parte dele, Verônica conhece Carlos, um rapaz gentil que faz seu coração bater mais forte, porém, Verônica tem medo de que ele faça com ela o mesmo que seu ex fez, e tenta a todo custo afastar o rapaz.

Não gostei de Verônica. Tudo bem que ela é uma adolescente de 15 anos irritada com os hormônios á flor da pele que acredita que o mundo está contra ela, mas achei a personagem mesquinha e boba demais. Seus pais vivem implicando com ela, e levar um fora de seu primeiro amor não ajudou muito no caráter da garota, que sempre gritava com Carlos e tentava colocar a culpa de todos os seus problemas no cara que só queria ajudá-la.

Mas com o passar do tempo, eles acabaram se tornando amigos, Carlos tentando fazê-la crescer, e Verônica tentando entender o por quê do rapaz querer ajudá-la, quando ninguém mais fez isso. Essa amizade então vira amor, para surpresa de nossa protagonista, que acreditava já ter experimentado o sentimento antes.

Aquele amor começava a crescer e ela não tinha a menor ideia de como isso pudera ter acontecido tão rápido. – página 78

Carlos é um personagem muito fofo, mas assim como Verônica, eu não conseguia entender o porquê de ele a estar ajudando, já que ela só o tratava mal. O rapaz era bem misterioso, mas não de um jeito sexy ou enigmático, mas de um jeito bem irritante. Aquele tipo que diz coisas como “na hora certa você vai ver”, ou “ainda não posso ficar com você, na hora certa eu te conto o porquê.”

Falando agora da história em si; É um daqueles romances fofos que você pega para ler á tarde e termina algumas horas depois, aquele tipo que te deixa com um gostinho de quero mais na boca, mas não a ponto de nos fazer chorar ou rir. Em momento algum eu ri ou me emocionei com o livro, e isso me desapontou um pouco, pois esperava que um ou outro acontecesse. A leitura é rápida e bem leve, e a editora fez um maravilhoso trabalho na diagramação. Já quando comprei o livro eu dei uma olhadinha, mas só agora reparei nos detalhes. Ficaram lindos ♥

Enfim, é um livro muito bonito e fofo, mas eu esperava um pouco mais da história e dos personagens, principalmente. Para quem gosta de romances leves e personagens birrentos (e põe birrento nisso), é uma ótima aposta.

Apesar das dúvidas e dos medos que ainda a assombravam e a assombrariam por mais alguns anos, Verônica tinha apenas uma certeza: não precisava ser salva por ninguém. Ninguém tinha a obrigação de correr e ajudá-la e tirá-la do fundo do poço. Apenas ela era capaz de fazer isso. Ela levantaria e olharia para cima, e continuaria a caminhar com as próprias pernas. – página 47 

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