De olho no autor #8: Jaqueline de Marco

Oie oie pessoas, tudo bem com vocês?

Hoje no De olho no autor, nós iremos conhecer um pouco mais sobre Jaqueline de Marco, autora do livro Super Desapegada (♥). O livro foi publicado de forma independente em 2013, e agora em 2015 será publicado pela Editora Draco.


Jaqueline de Marco é o pseudônimo usado por Jaqueline Marcos, que nasceu no litoral de São Paulo, em 1985, local onde mora atualmente. Formada em Jornalismo, trabalha na área de assessoria de imprensa. Escreve textos originais e fanfictions desde 2002. Autora dos romances "A dona do cabelo laranja" e "Super Desapegada", publicou alguns textos em antologias de editoras nacionais. Já participou de diversos concursos literários, chegando a ser classificada para a etapa regional do Mapa Cultural Paulista, em 2013. Atualmente está trabalhando no seu terceiro romance, ainda sem nome ou previsão de data de lançamento.



Raquel faz o maior sucesso na internet. Seu blog “Super Desapegada” motiva mulheres a se valorizarem e prega a autoestima sem a presença constante e essencial de um companheiro. Mas fora da web, Raquel não é tão descolada assim... Ela sempre teve um amor platônico por seu melhor amigo de infância, Alan. Mas no aniversário de 30 anos de Raquel, ela descobre que ele está noivo de Bianca, a irmã caçula de seu rival nos tempos de escola, Eric. Para conseguir acabar com o casamento, e conquistar de vez seu grande amor, Raquel precisa se aliar ao sarcástico Eric. Mas logo ela começa a perceber que a união pode render muito mais do que ela imaginava e a aprender que para praticar o tão estimado “desapego” é preciso abrir seu coração para novas experiências... e quem sabe para um novo amor.



Entrevista com Jaqueline de Marco

1. Como foi seu primeiro contato com a leitura? 
J.: Desde sempre leio. E muito. Comecei com os gibis (amava demais, queria, inclusive, ser desenhista quando criança). Então comecei a leitura dos livros infantis e assim por diante. Os primeiros livros que me marcaram muito, que li e reli várias vezes aos 10 anos de idade mais ou menos, foram obras nacionais: “Mariana”, de Pedro Bandeira,Vida de droga”, de Walcyr Carrasco, e "O Diário de Lúcia Helena", de Álvares Cardoso Gomes. Acho que meu vício verdadeiro por literatura nacional começou nesta época.

2. Na infância, qual era sua relação com os livros?
J.: Eu tinha o mesmo carinho que tenho até hoje. Cuido dos meus livros como se fossem um grande tesouro. Guardo, limpo, classifico. E isso desde criança. A diferença é que quando mais nova eu adorava emprestar meus livros, pois queria ter amigos que tivessem lido o mesmo que eu para ter com quem conversar sobre a história... já hoje eu morro de ciúmes dos meus livros. Tenho medo de amassarem “meus bebês”. *risos*

3. Quando você começou a escrever?
J.: Faço isso há muito tempo e, como sou Jornalista, escrever faz parte da minha rotina. Embora só comecei a escrever ficção em 2002 com as fanfictions. Participei e continuo participando de muitos fandons e sempre adorei ler e escrever fic e um dia pensei: “Por que não escrever um texto 100% meu, já que tenho habilidade para isso?”. E desde então produzo contos, crônicas e romances. Para mim a escrita, assim como a leitura, é uma terapia. Um prazer mesmo, sabe? É muito difícil ficar um dia sem escrever algo.

4. Quais são suas inspirações para escrever? Tem algum autor como referência?
J.: Detalhes do cotidiano costumam me inspirar. Paisagens do dia a dia, conversas entre estranhos, história de amigos. Enfim, para a inspiração bater não tem hora. No meu caso, especificamente, tramas amorosas me fazem querer escrever também.Sejam elas reais ou não. Por isso, ler meu gênero preferido, a comédia romântica (mais ainda o chick lit) também me inspira muito. No gênero, minhas referências são a britânica Sophie Kinsella e a norte americana Rachel Gibson. Amo demais essas duas! Os livros delas são sempre divertidíssimos e seus protagonistas super apaixonantes. Um dia espero que meus chick-lits sejam tão bons quanto os delas! ;-)

5. Os personagens do seu livro foram inspirados em alguém que você conhece?
J.: A ideia do Super Desapegada simplesmente me veio à mente, assim como aconteceu com os demais projetos meus. Embora é claro que toda a minha experiência de vida acaba contribuindo e influenciando nos meus textos. Quem nunca teve um amor não correspondido? Ou teve que passar por várias situações embaraçosas para conquistar o tal amado? Tenho que confessar, tem muito de mim na história da protagonista Raquel. Mas nada muito específico.

6. Você já recebeu críticas negativas ou mal educadas sobre o seu trabalho?
J.: Críticas negativas são naturais e bem-vindas quando são construtivas. Adoro a interação com o leitor e aprendo e melhoro (assim acredito!) com isso. Agora críticas mal educadas eu nunca recebi, graças a Deus. Mas acho que reagiria bem, pois acredito que a melhor maneira de responder à falta de respeito é com a indiferença.

7. Quanto tempo levou para escrever seu livro e como foi a experiência? 
J.: O livro Super Desapegada levou 16 meses para ficar pronto totalmente. Mas meu primeiro romance, ainda não lançado, eu levei menos de um ano. O período que demora para eu finalizar uma obra depende muito do meu estado de espírito e, principalmente, meu tempo disponível para escrever. Sou perfeccionista demais, então sempre acho que posso mexer mais e isso acaba levando uma vida. Escrever Super Desapegada, especificamente, foi uma delícia! Adoro histórias divertidas e ri muito com as confusões da Raquel, minha protagonista. E, acreditem ou não, muitas vezes ela tinha vontade própria. Juro! *risos*. Eu roteirizei o livro todo, mas, ainda assim, várias cenas simplesmente “surgiram”. Acredito que a cada nova história, a experiência seja única, deliciosa a sua maneira. E, com certeza, o tempo que passei na criação de Super Desapegada foi um dos melhores da minha vida.

8. Quais são as dificuldades para que um autor consiga ter seu livro publicado e conhecido no mercado literário brasileiro?
J.: Acho que o problema de todo escritor iniciante é conseguir que as editoras acreditem no seu texto produzido. Entendo a pouca oportunidade oferecida pelas empresas, pois é sempre um risco investir no desconhecido. Mas, por outro lado, para o escritor é frustrante receber um “não” ou simplesmente o “silêncio” da demora de uma resposta. E piora muito o fato de o público leitor ainda não ser tão grande quanto deveria no Brasil. O problema é a falta do hábito da leitura entre o povo brasileiro e, pior, a falta de costume de ler literatura nacional. Agora especificamente falando da minha experiência neste sentido, eu recebi ofertas de publicação de três editoras, mas com uma contrapartida que, para mim, naquele momento da minha vida, seria inviável. Por isso inicialmente optei pela produção independente e com impressão sob demanda. O que já foi um grande desafio! Fazer quase tudo sozinha não foi fácil. E depois disso vem a parte da divulgação, que é tão ou mais difícil ainda. Mas, enfim, tudo foi recompensado quando há alguns meses recebi um contato da Editora Draco com a proposta de publicação com eles. Fiquei imensamente feliz! Agora começam os detalhes mais administrativos, além de preparativos e ajustes até o produto final ficar pronto. A satisfação que eu sinto a cada novo leitor, novo comentário e crítica faz toda a luta valer a pena. Estou muito feliz.

9. Para você, qual a melhor coisa em escrever?
J.: É a minha fuga da realidade. É a forma mais barata, e às vezes até mais divertida, de viajar. Criar mundos próprios, vidas alternativas, romances épicos... É fantástico. Além disso, ser lida é maravilhoso também. É surreal a sensação de ter pessoas que, muitas vezes, não conheço lendo tramas que antes existiam somente na minha mente.

10. Sei que essa pode ser uma pergunta difícil, mas qual seu livro preferido?
J.: Pergunta super difícil!!! Sou uma leitora compulsiva, que adora diversos gêneros literários, então seria impossível dizer um livro ou um autor preferido. Posso citar alguns que me marcaram ou me emocionaram de alguma forma. Tem, por exemplo, a JK Rowling, que foi, definitivamente, a responsável por hoje eu escrever ficção já que comecei escrevendo fanfics de “Harry Potter”. Uma inspiração, uma diva. Não tem jeito! Eu sou apaixonada também pelo escritor espanhol Carlos Ruiz Zafón‎. Amo demais tudo o que ele escreve, mas o livro “A Sombra do Vento” tem um cantinho especial no meu coração. Um dos primeiros autores que eu li, e que PRECISO conhecer um dia, é o Luis Fernando Veríssimo. Meu escritor preferido de contos e crônicas. Não tem para ninguém, ele arrasa! Adoro todos os livros dele. E do meu gênero literário preferido, a comédia romântica, como disse anteriormente eu adoro a Sophie Kinsella e a Rachel Gibson. Meus preferidos delas são “Executiva do Lar” e “Delírios de Consumo”, da Sophie, e da Rachel os “Sem clima para o amor” e “True Love and Other Disasters”, ainda não lançado no Brasil.

11. Se fosse um personagem, qual seria? Por quê?
J.: Sou uma romântica assumida. Então, é claro, que eu vou responder que queria ser Elizabeth Bennet, de “Orgulho e Preconceito”, da Jane Austen, só para poder namorar o Sr. Darcy. Ou a Rose Hathaway, de “Vampire Academy”, da Richelle Mead, para ter um Dimitri Belikov só para mim. Pode?! *risos*.

12. Além de escrever, você também lê bastante?
J.: Muito! No geral, leio sessenta obras por ano. Difícil é não ter um livro na bolsa para ler em qualquer tempinho livre que tenho. É meu hobbie favorito, sem dúvidas.

13. Qual livro nacional você recomenda? Por quê?
J.: Confesso que é difícil eu morrer de paixão por clássicos, mas tem alguns de escritores brasileiros que são meus favoritos: “Senhora”, de José Alencar, e “Moreninha”, de Joaquim Manuel de Macedo. Eu sou apaixonada pelos protagonistas, Fernando e Augusto, respectivamente. (Deu para perceber que adoro histórias de amor, não?!). E como comentei anteriormente, sou muito fã de Luis Fernando Veríssimo. Adoro vários livros dele, mas recomendo “O Analista de Bagé”, “As mentiras que os homens contam” e “Comédias da vida privada”. Excelentes! Além disso, tem um livro que eu também gostei muito, de uma autora, que, infelizmente, não é tão conhecida do grande público: “Paixão e Liberdade”, de Flávia Simonelli. É um drama, que envolve a vida de duas amigas ao longo dos anos, super bem narrado. Recomendo.

14. Poderia nos contar um pouco do seu livro?
J.: O Super Desapegada é uma comédia romântica que conta a história de Raquel, uma jornalista que tem um blog famosíssimo na internet: o Super Desapegada. Lá ela escreve sobre a importância de se desapegar do que não lhe faz bem para se ter uma vida melhor. Mas o problema é que Raquel não é tão bem resolvida assim. Trintona, solteira e blogueira do melhor estilo “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”, ela não tem muito a perder, por isso, quando descobre que o amor de sua vida está para se casar, Raquel se alia ao seu rival de infância para separar o casal. Acredito que quem gosta do gênero vai se divertir bastante.

15. Tem algum trabalho futuro chegando? Poderia nos falar um pouco dele ou é segredo?
J.: Estou escrevendo uma nova história, ainda sem previsão de lançamento, também na linha do chick-lit. É uma comédia romântica ambientada em São Paulo, cheia de confusões (a protagonista é louquinha, não tenho culpa! rs), que acredito que tirará risadas dos leitores. Estou quase finalizando a obra e já tenho ficado bem satisfeita com o resultado. Espero que os futuros leitores também gostem. Além disso, tenho mais dois livros roteirizados capítulo a capítulo, só esperando para começarem a ser escritos. E tem também o meu primeiro romance, o “A Dona do Cabelo Laranja”, que, por enquanto, ainda está guardadinho, esperando um dia ser publicado... quem sabe.

MilkMilks
Dryh Meira

7 comentários

  1. Olá pessoa, tudo bom?
    Eu adorei conhecer mais um pouco da autora (sua perguntas foram demais♥), ela é super fofa, já tive um contato com ela. Já conhecia sua obra e estou bastante curioso para ler, a premissa e as resenhas dos blogueiros foram o que me conquistaram :) ''Carlos Ruiz Zafón'' ADOREI HAHAHAH.
    Espero ler em breve o livro dela.
    VíciosVícios

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  2. Oi, Dryh!
    Parabéns pela entrevista super interessante e pela iniciativa de divulgar autores nacionais!
    Achei super bacana a sinopse do livro da Jaqueline de Marco, com certeza leria. =D
    Beijos,

    Priscilla
    http://infinitasvidas.wordpress.com

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  3. Dryh, que linda! Adorei o post!
    Muito obrigada pelo carinho de sempre, viu?
    Você é muito querida mesmo. Sempre que precisar, conta comigo.
    Beijos! Fica com Deus!

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  4. Oi
    Legal esse poste, nem conhecia ela, o livro até parece ser interessante. Gostei da sinopse coita ia perder o amor da sua vida e nunca confessou.

    momentocrivelli.blogspot.com.br

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Oiê! Muito obrigada por passar por aqui, deixe um recadinho com o link do seu blog e a gente dá uma passadinha lá mais tarde :)

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