Novamente o post atrasou, mas aqui está!
O autor que participará do De olho no autor de hoje é o Marcelo Hipólito, escritor de O mago de Camelot.
De uma infância pobre e sofrida à irresistível ascensão aos salões dos grandes reis; de um começo sem esperanças ao despertar de um poder inigualável e temido, Merlin vem a se tornar o homem mais influente da Idade das Trevas. Confidente supremo do rei Artur e maior conselheiro da corte de Camelot. Misterioso e enigmático. Amado e odiado. Druida, monge e mago. Na Britânia do Século V da Era Cristã – abandonada pela queda do Império Romano à barbárie dos invasores saxões –, Merlin surge para impor um novo tipo de rei a um povo abatido e desesperado, alterando, para sempre, não apenas o destino dos britânicos, mas de toda a humanidade. A saga de um homem determinado a erigir uma civilização de paz e justiça numa terra devastada pelo caos e pela guerra irrompe em uma aventura épica e brutal que equilibra realismo duro com doses amargas de magia. "O druida, então, abriu um sorriso malévolo aos soldados saxões. Hengist gritava às suas tropas para se manterem firmes, mas sua vanguarda ruía à medida que um resoluto Merlin avançava, a passos largos, na sua direção. A defesa saxônica se fragmentava perante o pavor supersticioso imposto pela figura aterrorizante do druida. Face à derrota iminente, Hengist se desesperou, girando seu machado e galopando para Merlin. O druida estancou diante do ataque rápido e brutal do rei saxão. Sem tempo para conjurar um feitiço protetor, Merlin percebeu, tardiamente, a estupidez de seu erro. Em sua soberba e imaturidade, ambicionara vencer sozinho a batalha. Agora, contudo, sua queda restauraria o ânimo dos saxões, desgraçando o contingente britânico. Merlin experimentou o fragor das narinas do cavalo e o tremor do solo sob seus cascos potentes. O machado de Hengist se projetou para lhe separar a cabeça dos ombros".
MARCELO HIPÓLITO é um escritor brasileiro, nascido em São Paulo. É autor dos romances O Mago de Camelot: a saga de Merlin para coroar um dragão (Novo Século, 2013), Osíris: deus do Egito (Marco Zero, 2009) e Lúcifer: o primeiro anjo (Marco Zero, 2006).
Hipólito participa das antologias Fiat Voluntas Tua (Multifoco, 2009) e Metamorfose: a fúria dos lobisomens (All Print, 2009). Além disso, é autor do e-book Dullahan: os cavaleiros sem cabeça (Navras Digital, 2013) e coautor de diversos contos publicados em língua inglesa, nos Estados Unidos, Reino Unido e Espanha, dentre os quais se destaca Eternal Grief, indicado para melhor conto de horror nos Estados Unidos, em 2003, pelo Preditors & Editors Readers Poll.
Hipólito é também diretor de três filmes de curta-metragem de ficção, roteirista de cinema e produtor de teatro.
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Entrevista com Marcelo Hipólito
MilkMilks
Dryh Meira
1. Como foi seu
primeiro contato com a leitura?
M.H.: Meu primeiro contato
foi na infância, quando aprendia a ler. Meu primeiro livro, dado por meu pai,
foi “Marcelo, Marmelo, Martelo”. Essa foi a primeira referência literária que
me recordo. Ainda que possam ter havido outras, essa ficou marcada em minha
memória.
2. Quando você
começou a escrever?
M.H.: Meu gosto literário
foi influenciado pelas obras que li e os filmes que assisti, durante minha
vida. Isso vale para todos os meus gêneros favoritos: fantasia, ficção científica,
romance histórico...
Sempre gostei de
escrever. Estudei cinema e trabalhei com roteiros de filme e TV. Porém, lenta e
gradualmente, fui atraído pela ideia de passar de uma obra de criação coletiva
(cinema) para uma criação de caráter mais individual (livro), que oferece um
controle maior sobre o resultado final da sua obra.
De fato, ainda na
minha fase de roteirista, trabalhei com um colega escritor do RJ, o talentoso
Marcelo Machado. Juntos, conseguimos um agente para nos representar em
Hollywood e tivemos algumas obras consideradas para produção no mercado
americano.
Contudo, como não
podia me mudar para os EUA na época, devido a problemas de saúde na família,
decidi permanecer no Brasil. Por questões locais, meu colega Marcelo Machado
também não se mudou e mantivemos nossas atividades literárias pela elaboração
de contos em língua inglesa publicados nos EUA, Reino Unido e Espanha. Nessa
época, um dos nossos contos, Eternal Grief, foi indicado a melhor conto de
horror nos Estados Unidos, em 2003, pelo Preditors & Editors Readers Poll.
3. Quais são suas
inspirações para escrever? Tem algum autor como referência?
M.H.: J. R. R. Tolkien e
Isaac Asimov são meus autores favoritos e eternas inspirações pela sua
qualidade e ousadia literária.
4. Os personagens foram
inspirados em pessoas ou outros personagens que você conhece? Você tem algum
personagem favorito, um queridinho?
M.H.: Eu não me inspirei diretamente em ninguém que
conheço, mas busquei conhecer bastante sobre a lenda da Távola Redonda e seus
personagens. Meu favorito é mesmo o personagem título: Merlin.
5. Quanto tempo
levou para escrever seu livro e como foi a experiência?
M.H.: Levei mais tempo pesquisando do que dedicado
propriamente a escrevê-lo. Esta atividade levou cerca de um ano.
Creio que a experiência repetiu a dos meus livros
anteriores: em alguns momentos, penosa, mas sempre divertida. Tenho por regra
escrever um livro que gostaria de ler. Então, só tinha como apreciar a
experiência.
6. Quais são as
dificuldades para que um autor consiga ter seu livro publicado e conhecido no
mercado literário brasileiro?
M.H.: Acho que o fato do mercado brasileiro ser pequeno
em comparação às dimensões do país, inclusive econômicas e educacionais,
dificulta a entrada de novos autores e a permanência daqueles que já
publicaram. Em outras palavras, como se lê ainda muito pouco no Brasil, o
mercado acaba sendo restritivo.
7. Para você, qual
a melhor coisa em escrever?
M.H.: Sem dúvida nenhuma, criar personagens únicos,
imbuídos com sua marca autoral, e desenvolver universos fantásticos que nos fazem
viajar para bem longe da nossa rotina diária.
8. O mago de Camelot se passa na Idade das Trevas; você sempre gostou
de histórias que também aconteciam nesse tempo?
M.H.: Eu adoro eras passadas e mundo antigos, então, sim,
a Idade das Trevas é um dos meus períodos favoritos.
9. Qual livro
nacional você recomenda? Por quê?
M.H.: O
Caso da Borboleta Atíria, de Lúcia
Machado de Almeida. Porque apresenta a mesma qualidade literária de uma obra seminal
como O Hobbit, de J. R. R.
Tolkien.
O
Caso da Borboleta Atíria é um clássico
da fantasia infanto-juvenil
10. Poderia nos
contar um pouco do seu livro?
M.H.: Merlin
– O Mago narra
a extraordinária vida de Merlin, de seu início modesto ao seu dramático fim,
mostrando sua evolução como druida, monge e, por fim, mago, numa escala épica e
brutal que equilibra realismo duro com doses amargas de magia.
Na Britânia do Século V da Era Cristã –
abandonada, após a queda do Império Romano, à barbárie dos invasores saxões –,
Merlin surge para impor um novo tipo de rei a um povo abatido e desesperado,
alterando, para sempre, não apenas o destino dos britânicos, mas de toda a
humanidade.
11. Você tem algum
recado para os leitores?
M.H.: Convido todos a
conhecerem meu novo romance de aventura “O Mago de Camelot: a saga de Merlin
para coroar um dragão”.
A degustação gratuita
dos primeiros capítulos do livro está disponível em: http://pt.scribd.com/doc/163083604/O-Mago-de-Camelot
Oi, Dryh!
ResponderExcluirMuito interessante o post!
Não conhecia o autor e tampouco sua obra. Você vai resenhar esse livro? Vou ficar no aguardo!
Nunca li nada sobre Rei Arthur, gostaria de saber mais. =)
Beijos,
Priscilla
http://infinitasvidas.wordpress.com
já resenhei o livro, Priscila ^^ o link está junto com as redes sociais do autor :)
ExcluirAi que legal! Amei a coluna, menina! Muito boa!
ResponderExcluirEntão, eu conhecia esse livro em específico do Marcelo por conta de resenhas em outros blogs, mas adorei conhecer um pouco mais dele! O cara gosta de Tolkien, e para mim isso quer dizer muito sobre alguém. Eu sou tipo - vidrada - em Tolkien!
Amei suas perguntas e amei também as respostas dele!!!
bjus
terradecarol.blogspot.com
haha' fico feliz que você tenha gostado, Carol ^^
ExcluirOlááá!
ResponderExcluiraaai faz tempo que estou LOUCA para ler esse livro!
já vi diversas resenhas por ai e cada vez acho que a escrita de Marcelo... vai ma encantar!
adorei as respostas dele... conhecer um pouco mais sobre como o trabalho dele começou e como começou a escrever! Adorei saber que ele FEZ UMA PESQUISA DE UM ANO!
li esses tempos um livro pavoroso que misturou 300 tipos de mitologias, colocou as idades completamente erradas historicamente falando... se quer fazer algo de época... estude. Marcelo já ganhou uma fã pelo comprometimento!
já li taaantos livros sobre os contos, lendas, mitos, fatos, de merlin, athur e seus cavaleiros! Eu simplesmente amo esse assunto! Desde que li pela primeira vez 'As brumas de Avalon' esse assunto me empolga absurdamente!
adorei seu post! MESMO!!!
Um beeijo Lara.
Blog Meus Mundos no Mundo | | Página Coração Furta-Cor
bem legal né? Ás vezes quando estou lendo algum livro, fico imaginando o autor pesquisando e fazendo anotações...haha'
ExcluirOie,
ResponderExcluirjá conhecia o autor pelo face.
Achei bacana ele pesquisar bastante, mas infelizmente o livro dele não faz tanto o meu estilo de leitura.
bjos
http://blog.vanessasueroz.com.br
não faz o meu também :/
ExcluirMuito legal conhecer um autor novo!
ResponderExcluirImportantíssimo incentivarmos os nacionais!
Beijinhos
Rizia - Livroterapias
Já tinha ouvido falar do livro porém não conhecia o autor.
ResponderExcluirEle parece ser bem simpático né?
www.booksever.blogspot.com
Oie :)
ResponderExcluirAdorei a entrevista!!!!
Estou louca para ler o livro do autor *-*
Beijos
http://cupcakedeletras.blogspot.com/