Alucinadamente feliz

Oiee pessoas ^^
Já fizeram as metas para este ano? Decidi que não vou criar nenhuma meta em relação a livros (em questões de número), além de querer ler mais clássicos e diminuir a pilha dos não-lidos aqui de casa. Para começar o ano bem, já mergulhei na leitura de um que estava criando raízes aqui na estante, e eu não poderia ter escolhido história melhor para iniciar 2018. Bora?

Título: Alucinadamente feliz
Autora: Jenny Lawson
Editora: Intrínseca
Páginas: 352
Edição: 1
Lançamento: 2016
Sinopse: Jenny Lawson está longe de ser uma pessoa comum. Ela mesma se considera colecionadora de transtornos mentais, já que é uma depressiva altamente funcional com transtorno de ansiedade grave, depressão clínica moderada, distúrbio de automutilação brando, transtorno de personalidade esquiva e um ocasional transtorno de despersonalização, além de tricotilomania (que é a compulsão de arrancar os cabelos). Por essa perspectiva, sua vida pode parecer um fardo insustentável. Mas não é. Após receber a notícia da morte prematura de mais um amigo, Jenny decide não se deixar levar pela depressão e revidar com intensidade, lutando para ser alucinadamente feliz. Mesmo ciente de que às vezes pode acabar uma semana inteira sem energia para levantar da cama, ela resolve que criará para si o maior número possível de experiências hilárias e ridículas a fim de encontrar o caminho de volta à sanidade. É por meio das situações mais inusitadas que a autora consegue encarar seus transtornos de forma direta e franca, levando o leitor a refletir sobre como a sociedade lida com os distúrbios mentais e aqueles que sofrem deles, sem nunca perder o senso de humor. Jenny parte do princípio de que ninguém deveria ter vergonha de assumir uma crise de ansiedade, ninguém deveria menosprezar o sofrimento alheio por ele ser psicológico, e não físico. Ao contrário, é justamente por abraçar esse lado mais sombrio da vida que se torna possível experimentar, com igual intensidade, não só a dor, mas a alegria.

Resenha   

Assim que tiver força para me levantar da cama, voltarei a ser alucinadamente feliz. Não só para salvar a minha vida, mas para viver a minha vida. – página 20

Jenny não se considera uma pessoa normal. Pessoas normais não tentam colocar meias em seus gatos durante a madrugada, nem colocam um mamilo falso em lugares do corpo para ver se as pessoas notarão e chamarão sua atenção a respeito disso. Ela sofre de tantos distúrbios mentais que aprendeu a aceitar quem realmente é (e a aceitar que eles fazem parte dela) e decidiu levar a vida alucinadamente feliz, porque nada mais admirável do ganhar do inimigo (neste caso, a depressão) com um sorriso no rosto.

Neste livro, vamos conhecer vários momentos trágicos e engraçados da vida de Jenny, que sabe contar as histórias como ninguém! Com um bom humor incrível, ela conta sobre as brigas que já teve com o marido, Victor (brigas essas que não fazem muito sentido, assim como muitas das coisas que ela fala e faz), de viagens e de momentos em que teve uma crise de ansiedade e precisou lidar com isso. Em alguns capítulos Jenny fala sobre o que sente e o que sua doença faz com ela; as peças que seu cérebro prega, fazendo-a achar que o mundo está melhor sem ela, e também conversa diretamente com o leitor, fazendo-o saber que não está sozinho.

Meus remédios não me definem. Não sou psicótica. Não sou perigosa. Os remédios são uma pitada de sal. Um pouco de tempero para a vida, se preferir assim. Suas batatas assadas ficariam bem sem eles, mas qualquer um diria que aquela pitada de sal pode fazer toda a diferença. Eu sou as suas batatas. E fico melhor com sal. – página 84

Nos capítulos restantes, somos presenteados com as histórias de sua vida; conhecemos sua paixão por animais empalhados e gatos, sua viagem à Austrália e uma história sobre uma fantasia de coala; alguns acontecimentos de quando era criança e ela até menciona alguns momentos da turnê de seu primeiro livro. Apesar de muitas das histórias serem trágicas, Jenny as conta de uma maneira tão engraçada que o leitor fica se perguntando se é uma pessoa ruim por rir de coisas tão horríveis. A verdade é: não somos. Até porque é melhor rir do que chorar de certas desgraças, né?

Já fazia um bom tempo que eu tinha esse livro aqui em casa, e uma vez inclusive o tinha pego para ler, mas acabei não o fazendo. Alguns dias atrás (na verdade, acho que foi ontem...haha’) o vi na estante e pensei “por que não?”. Alucinadamente feliz foi, sem dúvidas, o melhor livro que eu poderia ter lido em primeiro este ano! Não só por ser tragicamente engraçado, mas porque é um livro que nos faz perceber que não estamos sozinhos... E que também não faz mal ser esquisitix, mas aí você tem que ser esquisitx do seu jeito mais bizarro o possível, ok?

Às vezes me pergunto se a melhor coisa a fazer não seria simplesmente ficar quieta e para de acenar a bandeira de “fodida da cabeça com muito orgulho”, porém não acho que eu vá largar essa bandeira até que outra pessoa a arranque de mim. Porque desistir poderia ser mais fácil, mas não seria melhor. – página 341

Eu simplesmente amei esse livro, e tô cogitando dá-lo de presente para todos os meus amigos este ano, porque é um daqueles livros que TODO mundo deveria ler! É uma obra que vai comigo por muuito tempo, e tenho certeza de que o mesmo aconteceu com todas as outras pessoas que a leram. Estou mega curiosa para ler os outros livros da autora (um inclusive já foi lançado por aqui) e conhecer mais sobre ela. Então bora ler?

Às vezes ser louco é perfeito. – página 31


19 comentários

  1. Sim, todo mundo fala bem sobre este livro justamente por que a personagem é assim nada normal e porque fala sobre um assunto que incomoda muita gente, no caso a depressão. Eu sofro disso e sei como incomoda e me indicaram este livro, então espero que ajude porque está faz tempo na minha lista de leitura.

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  2. Eu nunca crio metas para mim, por medo de fracassar mesmo, mas estou seguindo a sua linha, diminuir a pilha dos não-lidos.
    Fiquei bem curiosa com a história de Jenny, gosto de todo esse humor envolvido na trama e claro que toda sua empolgação é contagiante, espero ler.

    Beijos.
    https://cabinedeleitura0.blogspot.com.br/

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  3. Oie?
    Cara, não sabia que esse livro tratava sobre depressão! Acho a capa tão lindinha, é um atrativo em tanto pra começar a leitura. Amei sua resenha, incrível a sua maneira de escrever ^^

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  4. Dryh lindona já li muitos elogios a esse livro, a sinopse chama muito atenção e o tema abordado é de suma importância. Há tempos estou com o e-book dele.
    beijos

    Joyce
    Livros Encantos

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  5. Nossa, adorei a premissa do livro e a sua resenha ajudou bastante em minha decisão sobre ler ou não. rs
    Eu já tinha visto esse livro, mas não tinha ideia que era uma biografia e uma forma de derrotar a depressão. Adorei!
    Bjs
    Lucy - Por essas páginas

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  6. Olá, Alucinadamente Feliz está morando na minha lista de desejados faz tempo. Quero o livro ainda mais depois de ler essa sua ótima resenha. Preciso ler a forma como a autora aprendeu a lidar com os seus problemas de forma bem humorada.

    petalasdeliberdade.blogspot.com

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  7. Ooi,

    Eu AMO esse livro!! Foi minha primeira leitura de 2017 acho e com certeza é um livro incrível para começo de ano. A Jenny escreve muito bem e eu li o livro revesando entre risos e lágrimas. Também quero presentear todas as pessoas com ele!

    Corujas de Biblioteca

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  8. Oi, Dryh!
    Faz um tempo que li esse livro, mas ainda tenho ele na minha mente sempre que tenho um dia não muito bom. É com certeza uma obra que todo mundo deveria mesmo ler porque faz a gente repensar em várias coisas da nossa própria vida e ainda cria uma empatia pela autora que é muito incrível. Ah, leia outras obras da Jenny sim, a escrita dela é maravilhosa demais!
    Beijo!

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  9. Olá!
    Essa capa é demais ne!
    Gostei muito da proposta e além de ter muitas mensagens para reflexão, vejo que a escrita é bem fluída.
    Me agradaria a leitura.
    Beijos!

    Camila de Moraes.

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  10. Oi, tudo bem?
    Eu achei a proposta do livro bem interessante, abordar assuntos sérios mas com um toque de humor para dar mais leveza. Eu fico muito feliz de ter me deparado com essa resenha pois com certeza o colocarei na minha lista de desejados.

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  11. Olá!

    Eu fiquei sabendo deste livro desde antes do seu lançamento, já que a editora fez uma propaganda massante sobre ele. Logo quando as primeiras foram saindo, uma soma considerável de pessoas disseram que não era tudo isso e claro que isso me trouxe certo desânimo. Acabei deixando para e nem li o livro. Sua resenha me despertou um desejosinho de dar uma chance a ele. Gostei muito do seus comentários sobre a obra. Obrigada pela dica!

    Ingrid Cristina
    Blog Catarse Literária

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  12. Oi Dryh!

    Desde que a editora lançou esse livro, eu tenho interesse em ler, porque sério, eu sempre fico impactada e reflexiva. Essa coisa de levar o livro para sempre com a gente, é uma coisa muito bonita. Quero muito ler, não vejo a hora e sua resenha me deixou mais alucinadamente feliz para ler.

    beijos!

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  13. Oi.

    Até pensei em comprar esse livro ano passado, mas acabei desistindo. Ainda quero ler, mas não tenho mais tanta pressa. Eu gostei muito da sinopse, e ele parece ser bem legal. Vou tentar ler este ano.

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  14. Olá, Dryh! Confesso que esse livro nunca me chamou atenção. Lendo sua resenha mudei de ideia e quero lê-lo o quanto antes, adorei a proposta do enredo e quero tirar minhas próprias conclusões.
    beijos

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  15. Esse livro é diferente de tudo que imaginei! Achei que fosse uma história boba e sem reflexões... Que ilusão! Gosto de livros que falem sobre transtornos mentais e saber que a obra aborda esses temas de uma maneira otimista me deixou bastante curiosa.

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  16. Quem iria imaginar que um livro com uma capa dessas iria falar sobre depressão. Achei essa capa muito fofa. Nunca tinha ouvido falar desse livro, mas gostei bastante do enredo dele e fiquei super curiosa pra ler ele.

    Adorei sua resenha. Beijos

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  17. Essa é a primeira resenha que leio desse livro, e olha, que surpresa!
    De maneira nenhuma achei que a trama do livro tinha alguma coisa a ver com doenças e tals, e pela sua resenha deu pra ver que é um livro obrigatório de ser lido!
    Vou procurar esse livro pra ler também, tenho certeza que vou amar!

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  18. Olá, tudo bom?
    Adoro terminar um livro e me sentir como você está se sentindo, como se todos devessem ler e querendo dar de presente para todos! rs Nunca li nada tragicamente engraçado e confesso que essa premissa de nos fazer rir das coisas ruins da vida dela me chamou muito a atenção. Um pouco de bom humor muda tudo, né? Adorei sua resenha, já quero esse livro pra ontem! ♥
    Beijos!!

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  19. Olá Dryh!
    Sou louca nesse livro, pois eu me sinto estranha como a protagonista, quer dizer, não tão estranha assim, pois não faço essas coisas, mas acho que a compreendo e acho que a trajetória desse livro vai encher meu coração, sabe? O humor é um fator muito importante para que nós possamos seguir em frente.
    Fica anotada, sem dúvidas!
    Beijos

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