Instituição para jovens prodígios - A revelação

Título: Instituição para jovens prodígios – A revelação

Autora: L.L. Alves

Editora: Amazon

Páginas: 353

Edição: e-book

Lançamento: 2015

Sinopse: Lara está em busca de respostas.O que ela mais temia aconteceu: sua atitude inconsequente resultou na notícia mais aterradora que poderia ter recebido após longos meses fora do Brasil. Apesar disso, ela tenta se recuperar do choque e da traição, enquanto batalha para não deixar os acontecimentos recentes a impedirem de seguir com a sua vida. Em meio a amizades inesperadas, Lara fará de tudo para descobrir o plano insano dos poderosos mantenedores da Instituição para Jovens Prodígios. Afinal, por que eles foram colocados ali, com habilidades sobre-humanas e capazes de se transformarem em animais? Quais os papeis de Irene, Hugh, Claire, Akira, Patrick, e tantos outros jovens? O que o futuro lhes reserva? O que o passado diz sobre cada um deles?
Lara questiona sua vida e suas escolhas, como nunca antes, mais madura e muito mais consciente de sua habilidade mental. Aos poucos, ela se juntará a novos aliados e, lado a lado, eles não serão apenas alunos montando um quebra-cabeça – em breve se tornarão um exército de prodígios com habilidades únicas e inexploradas.
Finalmente Lara descobrirá tudo o que mais anseia – mas será que ela estará preparada para ouvir todas as verdades? Afinal, quem é Lara Müller? 

Resenha (contém spoilers de A seleção e A traição)

Está prestes a começar.

Após perder o melhor amigo e perceber que o mesmo podia acontecer com sua família, Lara vê que precisa tomar mais cuidado com Ilo e seus capangas. Porém, ela não pode ficar sem fazer nada. Nossa protagonista está decidida a acabar com a Instituição, mas para isso, precisa entender o que está acontecendo e encontrar aliados confiáveis. Mas em quem ela poderia confiar? Em seus amigos? Nos professores?

Lara está ainda mais madura e forte nesse livro, e eu estaria mentindo se dissesse que ela não me surpreendeu. Ela agora é uma líder, e como tal, acredita que deve proteger seus amigos de todo o mal existente no mundo, mesmo que essa não seja realmente sua função, e isso é muito impressionante não só por ela colocar a necessidade dos outros acima das suas, mas também pelo fato de estar sempre buscando informações e respostas para ajuda-los.

Querendo abrir os olhos dos outros prodígios, ela e suas amigas (Irene, Alice e Claire) criam um tipo de resistência à Instituição, e a criação desse novo grupo e seus encontros são uns dos pontos mais fortes do livro. Vê-los unidos nos faz imaginar o que virá a seguir; teriam todos habilidades como Lara e Hugh? Como poderiam unir-se para conquistarem sua liberdade? E como esconder de Rosa, Ilo e os “do mal” um grupo volumoso e despreparado?

Não sei mais como me sinto em relação aos personagens. Ainda admiro muito a Lara, e sei que, após o que vi ela fazendo nesse livro, sua atuação no quarto da saga será ainda melhor, então não tenho dúvidas de que ela é a minha favorita. Patrick e Hugh me deixam doida com suas ações, mas eu ainda gosto muito dos dois, principalmente quando Hugh deixa transparecer seu lado sentimental (fazendo com que eu queira desesperadamente entrar no livro e abraça-lo.). Irene, Alice e Claire são incríveis, e eu estou doida para vê-las em ação após tantas descobertas em A revelação. Esse quarteto de meninas ainda vai dar o que falar...

Segredos existem para serem descobertos.

O mais incrível deste terceiro livro é que a autora nos apresenta os personagens secundários quando eram mais novos; Casandra, Claire, Irene, Robert, Patrick, Hugh, Akira... Vê-los passando pelas dificuldades que enfrentaram na infância fez com que eu me apegasse ainda mais a cada um, até mesmo à Robert, que sabe ser um verdadeiro pé-no-saco egoísta.

Luene tem o dom de nos fazer amar um personagem e odiá-lo ao mesmo tempo, e por mais que isso pareça frustrante (muito frustrante!), também é maravilhoso, pois é o mesmo que Lara sente. Ela ama e confia nas pessoas, e ao mesmo tempo, não tem certeza de que é a coisa certa a fazer, e quer odiá-los por seus atos. Mas como odiar, se ela os ama?

Em quem ela podia confiar?

Assustada. Foi assim que eu me senti assim que o livro terminou. Assim como Lara, eu queria ver a Instituição cair, e assim como ela, não sabia como me sentir em relação a Hugh. Ele sabia como deixa-la doida: num momento parecia o Hugh carinhoso e apaixonante que conhecemos de início, e no outro, agia como louco, como se não se importasse com ela e mais ninguém. Irritante, mas ainda assim, apaixonante.

Fiquei doida e tensa com as cenas de ação, e não consigo imaginar o que virá a seguir. Estou com medo pelos personagens, e espero que a autora não mate nenhum dos meus favoritos, ou vai ter guerra! (“brincadeirinha”). O livro é maior que os primeiros, mas eu nem prestei a atenção. Estava naquele negócio de “só mais um capítulo”, e acabei finalizando a leitura em tempo recorde, de tão fluída e maravilhosa que é a escrita de Luene.

Queria chegar logo no final para ver o que acontecia, e ao mesmo tempo não queria que o livro acabasse de jeito nenhum. Acabou que cheguei ao final num piscar de olhos, e doida pela continuação. E enquanto ela não chega, continuarei viciada em Ryan Star e imaginando um certo rapaz de olhos super-azuis cantando Breathe.

Ela precisava acreditar que tudo daria certo.