Título: Objetos cortantes
Autora: Gillian Flynn
Editora: Intrínseca
Páginas: 254
Edição: 1
Lançamento: 2015
Sinopse: Recém-saída de um hospital psiquiátrico, onde foi internada para tratar a tendência à automutilação que deixou seu corpo todo marcado, a repórter de um jornal sem prestígio em Chicago, Camille Preaker, tem um novo desafio pela frente. Frank Curry, o editor-chefe da publicação, pede que ela retorne à cidade onde nasceu para cobrir o caso de uma menina assassinada e outra misteriosamente desaparecida. Desde que deixou a pequena Wind Gap, no Missouri, oito anos antes, Camille quase não falou com a mãe neurótica, o padrasto e a meia-irmã, praticamente uma desconhecida. Mas, sem recursos para se hospedar na cidade, é obrigada a ficar na casa da família e lidar com todas as reminiscências de seu passado. Entrevistando velhos conhecidos e recém-chegados a fim de aprofundar as investigações e elaborar sua matéria, a jornalista relembra a infância e a adolescência conturbadas e aos poucos desvenda os segredos de sua família, quase tão macabros quanto as cicatrizes sob suas roupas.
Resenha
Eu odiava estar em Wind Grap... – página 44
Após oito anos sem pisar em Wind Gap, lugar onde nascera e onde sua irmã mais nova morreu, Camille se vê obrigada a voltar para
sua cidade natal a mando de seu chefe para cobrir uma história que pode
destacar o jornal onde trabalha. Duas garotas, uma de nove e outra de dez anos
de idade, ambas desaparecidas e encontradas estranguladas e sem dentes. Camille não é uma detetive, mas como
jornalista policial, é claro que ela não vai ficar parada, tanto para tentar
desvendar quem é o assassino, quanto para criar uma boa matéria.
Camille tem
uma família que não pode ser nem considerada problemática, pois é muito mais do
que isso. A mãe é neurótica e deixa bem óbvio que a presença da filha é um
incômodo; o padrasto é um fantasma que nem mesmo fala; a meia-irmã é uma garota
de treze anos que ela mal conhece, e que se comporta como uma adulta carente
por atenção; e ela é uma mulher perturbada por acontecimentos do passado, e tem
a mania de se automutilar, escrevendo palavras no corpo. Voltar para a cidade
que lhe marcara tanto não fez bem para Camille,
mas graças a isso, ela conseguiu desvendar alguns segredos.
Meu corpo ia pegar fogo. Andei de um lado para outro, tentei me lembrar de respirar direito, de acalmar minha pele. Mas ela queimava. Algumas vezes minhas cicatrizes pensam sozinhas. – página 64
Fiquei assustada quando vi que esse livro era
pequeno, e imaginando o que iria acontecer. Não esperava encontrar tantos
personagens odiáveis por aqui, e é incrível como a autora manipula as emoções dos
mesmos para que a gente não desconfie de nada. Sabe os assassinatos? Pois bem,
você nunca vai descobrir quem é o culpado até Gillian resolver revelar, e isso é muito frustrante. E é também
incrível, pois nada é óbvio.
Algumas vezes se você deixa as pessoas fazerem coisas a você, na verdade você está fazendo a elas. – página 250
A trama se trata de mulheres, e apenas delas.
Problemáticas, malucas, confusas e estranhas, elas fazem com que o livro seja
ainda mais assustador. As personagens são macabras e chocantes, então não
espere uma leitura leve, pois Gillian
vai até o fundo da mente perturbada humana, e explora os cantos mais escuros de
cada um.
Apesar de ter gostado da história e da forma com
que a autora explorou cada personagem, achei a leitura muito cansativa e
maçante. Por ser narrada em primeira pessoa por Camille, fica mais fácil (menos difícil, eu diria) entender seus
sentimentos e pensamentos, mas também um pouco confuso, e a lentidão com que as
coisas acontecem no início, e depois o final rápido demais, faz com que o livro
não seja tão apreciado quanto deveria.
Fui surpreendida por Objetos Cortantes, mas Garota
Exemplar ainda dispara na frente. Saber quão boa é a escrita da autora (e
quão macabra é a sua mente) me deixou doida para ler mais obras dela, e espero
encontrar personagens dos quais eu possa gostar nesses outros livros, porque
com os dois que eu já li encontrei pouquíssimos.
É impossível competir com os mortos. Eu gostaria de parar de tentar. – página 69
Oie
ResponderExcluirEu comecei a ler este livro e acabei abandonando, por conta de achar ele bem parado, mas tenho muita curiosidade em saber como ele termina.
Também prefiro Garota exemplar.
Beijos
http://diariodeincentivoaleitura.blogspot.com.br
que pena que não leu até o fim, Nessa *-* mas confesso que eu também quis abandoná-lo algumas vezes :/
ExcluirEu amo a escrita da Gillian, ela nos fisga de uma forma irrevogável e nos faz imaginar mil teorias para seus mistérios. Li Garota Exemplar e achei demais, agora quero conferir esse e também Lugares Escuros.
ResponderExcluirwww.ooutroladodaraposa.com.br
também estou doida para ler "Lugares Escuros", parece ser ainda melhor do que "Garota Exemplar" *-*
Excluir