172 horas na lua

Título: 172 horas na lua

Autor: Johan Harstad

Editora: Novo Conceito

Páginas: 288

Edição: 1

Lançamento: 2015

Sinopse: O ano é 2018. Quase cinco décadas desde que o homem pisou na Lua pela primeira vez. Três adolescentes comuns vencem um sorteio mundial promovido pela NASA. Eles vão passar uma semana na base lunar DARLAH 2 - um lugar que, até então, só era conhecido pelos altos funcionários do governo americano. Mia, Midore e Antoine se consideram os jovens mais sortudos do mundo. Mal sabem eles que a NASA tinha motivos para não ter enviado mais ninguém à Lua. Eventos inexplicáveis e experiências fora do comum começam a acontecer... Prepare-se para a contagem regressiva.

Resenha

Em 2018, uma notícia eletrizante animou o mundo: a NASA faria uma viagem para a Lua, e levaria consigo, juntamente com sua equipe de astronautas, três adolescentes, que seriam escolhidos através de um sorteio. Pessoas do mundo todo se inscreveram, afinal, era uma chance única. Quem não ia querer ver a Lua?

Este é o começo... É aqui que tudo finalmente começa. – página 55

Mia não queria. Vocalista de uma banda formada em conjunto com suas amigas, tudo o que ela queria era fazer sucesso e ter o nome reconhecido, mas seus pais colocaram seu nome no sorteio, e ela acabou sendo selecionada. Mas, se ela fosse para a Lua, então todos saberiam o seu nome, e a banda ficaria famosa, não é? Sendo assim, Mia decide ir.

Midore, de origem japonesa, estava louca para sair da cidade onde vivia, e que forma melhor do que ir para a Lua? Seu sonho era morar em Nova York, mas qualquer lugar longe de onde vivia já era o suficiente, e a Lua era o lugar mais distante possível do Japão. Uma oportunidade e tanto.

E temos também Antoine, um jovem francês que estava arrasado com o fim do relacionamento com Simone, a garota que ele ainda amava, mas que já estava com outro. Ele viu na viagem uma chance de ir embora e tentar esquecê-la, era a resposta para todos os seus problemas.

Se você for bem lá em cima, poderá passar o resto da vida fazendo exatamente o que quer. – página 113

Mas as coisas não são bem como aparentam. Acontece que a tal viagem não era tão segura quanto todos diziam, e estar na Lua não seria tão divertido como os três imaginaram. Seria terrível, e eles sonhariam, mais do que tudo, em voltar para a casa e nunca mais pisar na Lua novamente. Mas nem todos os sonhos tornam-se realidade.

Chocante, essa é a palavra que descreve esse livro. Normalmente eu não gosto muito de histórias com muito suspense e coisas do tipo, mas algo nesse livro me atraiu, e eu acabei lendo-o. A história em si é bacana, mas os personagens não conseguiram me encantar, sabe? Não consegui gostar de nenhum deles, e quase nem tive tempo de fazê-lo, pois o livro é um tanto pequeno, e a história é um pouco complexa, de forma que quase não sobra espaço para os personagens em si. 172 horas na lua é um livro que me surpreendeu bastante, principalmente quando o autor mexia com a minha cabeça e me deixava doida, e isso aconteceu várias vezes. Eu tinha até medo de confiar nos próprios personagens, e estava certo em não fazê-lo.

No espaço, ninguém pode te ouvir gritar. – página 137

Enfim, vou parar por aqui antes que conte demais. Como eu disse anteriormente, a história é bacana, mas um tanto complexa, e essa parte complexa me entediou um pouco, de forma que a leitura foi cansativa em vários pontos, e eu não consegui gostar muito dos personagens, de forma que eu nem mesmo torcia para que tudo desse certo para eles. Então o livro não me prendeu muito, a única coisa que me impressionou mesmo foi a capacidade do autor em embaralhar a cabeça do leitor (de forma positiva, viu?!), ele me surpreendeu bastante com as reviravoltas que deu à história, e o final me deixou um pouco tensa e eletrizada (não sei bem se é essa a palavra que eu queria, acho que seria mais chocada), e eu realmente gostei do desfecho.

Não podiam voltar lá. Tinham de ficar longe. Nunca voltem lá. – página 144

Enfim, não foi a melhor leitura do ano, mas também não foi a pior. Gostei da premissa da história, mas achei que o autor não a explorou muito bem, poderia ter sido muito melhor.