A irmã da Pérola

Olá a todos!

Hoje eu trago a resenha de uma autora já resenhada aqui no blog algumas vezes - Lucinda Riley. O livro A irmã da pérola é o 4º volume da série As Sete Irmãs. Você pode conferir as demais resenhas abaixo:

• Entrevista exclusiva com a autora
• A irmã da tempestade (livro 2)
• A irmã da sombra (livro 3)

Título: A Irmã da Pérola
Autor: Lucinda Riley
Editora: Arqueiro
Páginas: 518
Edição: 1
Lançamento: 2017
Série: As sete irmãs #4

Sinopse: Em A irmã da pérola, quarto volume da série As Sete Irmãs, duas jovens de séculos diferentes têm seus destinos cruzados numa emocionante história sobre amor, arte e superação. Ceci D’Aplièse sempre se sentiu um peixe fora d’água. Após a morte do pai adotivo e o distanciamento de sua adorada irmã Estrela, ela de repente se percebe mais sozinha do que nunca. Depois de abandonar a faculdade, decide deixar sua vida sem sentido em Londres e desvendar o mistério por trás de suas origens. As únicas pistas que tem são uma fotografia em preto e branco e o nome de uma das primeiras exploradoras da Austrália, que viveu no país mais de um século antes. A caminho de Sydney, Ceci faz uma parada no único local em que já se sentiu verdadeiramente em paz consigo mesma: as deslumbrantes praias de Krabi, na Tailândia. Lá, em meio aos mochileiros e aos festejos de fim de ano, conhece o misterioso Ace, um homem tão solitário quanto ela e o primeiro de muitos novos amigos que irão ajudá-la em sua jornada. Ao chegar às escaldantes planícies australianas, algo dentro de Ceci responde à energia do local. À medida que chega mais perto de descobrir a verdade sobre seus antepassados, ela começa a perceber que afinal talvez seja possível encontrar nesse continente desconhecido aquilo que sempre procurou sem sucesso: a sensação de pertencer a algum lugar.

Resenha - pode conter spoilers dos livros anteriores.

Ceci talvez tenha sido a personagem que menos esperávamos ler em toda a série - ela raramente falava ou interagia com os outros componentes da estória. Em A Irmã da Pérola, chegou a hora de Ceci descobrir sua origem e estória por trás da sua adoção, ela tem uma pista: uma fotografia de uma das primeiras exploradoras da Austrália.

Eu sentia que não tinha mais nada disso.
Era como ver o mundo de cabeça pra baixo.

Cerca de 100 anos antes de Ceci decidir encontras suas origens, Kitty McBride tem a chance de explorar a Austrália, um continente novo. Em Adelaide ela acaba se envolvendo com uma família dona de um comércio de pérolas. Para Kitty, acompanhar a Sra.McCrombie era também uma chance de deixar sua família ''conservadora'' em Edimburgo.

Assim como os outros livros da série, teremos uma série de flashbacks enquanto a personagem principal, Ceci, vasculha o passado da sua família. Lucinda Riley é especialista em cavucar eventos e cenas minuciosas, cada flashback é oportuno e detalhado - adicionando mais camadas a estória da personagem Ceci. A cultura aborígene também tem cena neste palco, a colonização britânica na Austrália deixou marcas na história do povo nativo da ilha. Ceci com certeza foi uma personagem bem desenvolvida pela autora, que também conseguiu conversar com a dislexia, doença que Ceci e Kitty tinham.

Sentia-me mais segura que nunca, como se antes eu fosse uma mariposa apenas voando em volta da chama que a hipnotiza.

As duas histórias, com tempos distintos mas essências semelhantes conseguem lidar com a dor de todos os personagens; essa dor de não pertencer a lugar nenhum é um tema recorrente em A Irmã da Pérola; Kitty e Ceci, por mais distintas que possam parecer, não sentiam pertencer a lugar algum. E claro, Lucinda Riley também mostra que o amor consegue superar qualquer (digo realmente qualquer e toda) circunstância.

Diferente de outras séries (até mais curtas) que li, onde você não tinha fôlego ou vontade de persistir até o próximo volume, As Sete Irmãs continua estabelecendo-se como uma excelente e dinâmica série, cada livro têm seu tempo, posso afirmar que espero o próximo volume ansiosamente.

Editado pela Arqueiro, A Irmã da Pérola segue o trabalho gráfico dos livros da série - a diagramação e a capa são agradáveis. Espero que a editora busque trazer outros títulos separados da autora, como fez no ano de 2017.

Os leitores da série, que persistem, vão gostar de A Irmã da Pérola, comparações com os outros volumes já é outra discussão. Como de praxe, Lucinda Riley consegue costurar os anseios do passado com o presente de forma magnífica, uma bela leitura sobre a dor de não pertencer-se.