A estrela da meia-noite

Oiee pessoas \0/

Acabei de ficar órfã de Jovens de Elite e precisei vir compartilhar isso com vocês. Iniciei a leitura de A estrela da meia-noite no sábado, mas só hoje consegui dizer adeus aos meus amados personagens. Doeu? Claro que doeu. Mas aí eu lembrei da Adelina matando as pessoas usando a dor ilusória e dos olhos safira do Raffaele, e só piorou...haha' 

Antes de mais nada, já aviso que a resenha pode conter (leves) spoilers dos livros anteriores, Jovens de Elite e Sociedade da Rosa.
Bora?

Título: A estrela da meia-noite

Autora: Marie Lu

Editora: Rocco (cortesia)

Páginas: 256

Edição: 1

Lançamento: 2017

Série: Trilogia Jovens de Elite #3

Sinopse: Adelina Amouteru sobreviveu à febre do sangue, fez uso de seus dons, formou seu próprio exército, vingou-se de seus traidores e conquistou a vitória. Mas seu reinado triunfante está ameaçado, e o inimigo não vem de fora; a sede de vingança da jovem levou seu lado cruel e sombrio a sair do controle, e ela terá que curar antigas feridas se quiser manter tudo o que conquistou. No desfecho da eletrizante trilogia Jovens de Elite, Marie Lu coloca sua protagonista diante de uma nova ameaça que a levará a revisitar fatos dolorosos do seu passado e a fazer uma aliança arriscada e difícil. Será que Adelina está preparada para se transformar na estrela da meia-noite e, finalmente, conhecer a paz?

Resenha - contém spoilers dos livros anteriores

Estamos condenados a ser sempre jovens. – página 56

Adelina é uma rainha. Não só de Kennetra, mas como também de outros lugares das Terras do Mar. Agora que já não tem mais sua irmã ao seu lado, ela beira entre o poder e a loucura, e faz o possível para manter seu exército na linha e conquistar mais territórios, matando seus inimigos e erradicando qualquer chance de rebeldia... E procurando por Violetta. Além disso, ela luta para manter suas ilusões e os sussurros em sua cabeça sob controle, tendo em mente o aviso de Raffaele. Seriam seus poderes realmente as suas ruinas?

Eu estava MUITO ansiosa para ler este livro. Acreditava que Violetta estava morta, considerando o final de Sociedade da Rosa, mas não senti muito alivio quando percebi que não. Na verdade, ela nunca foi uma personagem bacana a meu ver. De qualquer maneira, é possível ver a obsessão de Adelina em encontrá-la, mais por não aceitar que havia sido abandonada pela própria irmã do que por qualquer outra coisa. Ela também lida com a confusão que os sussurros fazem em sua cabeça, fazendo-a não só desconfiar de todo mundo, como também ver coisas que não estão exatamente ali. Ou seja, Adelina está uma bagunça.

Além de encontrarmos uma rainha um tanto bagunçada, temos um problema ainda maior: o mundo está sendo infectado pela energia do Submundo, fenômeno que não só atinge os Jovens de Elite, fazendo com que seus poderes se virem contra eles, como também pode destruir os mortais. Afinal, se os Jovens de Elite, que são seres mortais tocados pelas mãos dos deuses podem ser atingidos, como não seria o restante do mundo?

O encontro do mundo imortal com o nosso é venenoso. – página 107

Envolvente e muito, mas muito phoda! Tirando o começo, que demorou um pouco para engatar (até estranhei, considerando que estava doida para ler), o restante do livro passa num borrão, os acontecimentos são muito bem detalhados (quase morri do coração, morrendo de medo de que a autora matasse meu personagem favorito) e o final... Gente, o final é espetacular. Eu tinha lido algumas resenhas do livro antes de lê-lo, pois queria me animar ainda mais e ver o que o pessoal estava achando. Vi que algumas pessoas disseram que estavam se recuperando do final e tudo o mais, e até achei que era exagero... Mas não é.

As últimas páginas de A estrela da meia-noite me fizeram sentir da mesma maneira como Adelina sentia ao se aproximar da versão nova de Enzo: como se houvesse algo apertando meu coração. Foi horrível, eu me sentia angustiada e queria muito chorar, pois a maneira como as coisas aconteceram me fizeram ver um lado dos personagens que eu buscava desde o início da trilogia, e quando finalmente esse lado apareceu, eu senti como se eles estivessem sendo tirados de mim à força. Era como se fosse o fim de uma era, e eu não estava preparada para isso. Precisei reler as últimas páginas para absorver o que havia acontecido e, só então, senti o baque.

Tome cuidado, lobinha... Inimigos surgem de onde menos se espera. – página 36

Ver Adelina trabalhando com gente que a traiu e que ela traiu foi um pouco assustador. Eu torcia muito (na verdade, brigava em pensamento) para que ela mantivesse suas mãos longe de Raffaele e para que o grupo não brigasse entre si, considerando que a vida não só dos Jovens de Elite, como do mundo todo, dependia disso, mas coloquei um pouco de fé nela e segui em frente. A autora me surpreendeu muito nesse aspecto, mas eu ainda não queria confiar nela...hehe’

Algum dia, quando eu não for nada além de poeira e vento, que lendas contarão sobre mim? – página 236 (uma das cenas que partiu meu coração)

Esse livro é simplesmente incrível, e, não fosse o início lento, eu teria dado nota máxima sem pingo de dúvidas. Mas Jovens de Elite é uma trilogia em que você não pode se apegar tãão fácil aos personagens, ou vai acabar como a pessoa que vos fala (e sofreu até por personagens que geral odeia) e ficar se perguntando por que alguém seria tão cruel como Marie Lu... E tão geniosa! Gente, que livro! Que série! Que personagens! Estou boba, estou encantada e já estou até com saudades dos personagens. Creio que não vai demorar muito para que eu releia o primeiro livro...hehe’

...Estes são apenas rumores, é claro, não mais do que uma história para ser contada ao redor da fogueira. Mas é contada. E assim eles vivem, - página 251 (e esse foi o tiro de misericórdia)