À primeira vista

Oiee pessoas \0/

Eu estava com este livro na pilha de não-lidos já tinha algumas semanas, e, para ser sincera, estava com um pouco de medo de lê-lo e não gostar. Mas li uma resenha há alguns dias que me deixou animadíssima, então fui cara de pau, furei a fila e comecei a ler. E não é que eu adorei?

Título: À primeira vista

Autores: David Levithan e Nina LaCour

Editora: Galera Record (cortesia)

Páginas: 294

Edição: 1

Lançamento: 2017

Sinopse: Esqueça amor “à primeira vista”. Esta é uma história de amizade “à primeira vista”... ou quase. Mark e Kate são da mesma turma de cálculo, mas nunca trocaram uma única palavra. Fora da escola, seus caminhos nunca se cruzaram... Até uma noite, em meio à semana do orgulho gay de São Francisco. Mark, apaixonado pelo melhor amigo — que pode ou não se sentir do mesmo jeito —, aceita o desafio que mudará sua vida. E sobe no balcão do bar em um concurso de dança um pouco diferente... Na plateia, Kate, fugindo da garota que ela ama a distância por meses e confusa por não se sentir mais em sintonia com as próprias amigas, se encanta pela coragem e entrega do rapaz. E decide: eles vão ser amigos. Em meio a festas exclusivas, fotógrafos famosos, exposições em galerias hypadas, essa ligação se torna cada vez mais forte. E Mark e Kate logo descobrem que, em muito pouco tempo, conhecem um ao outro melhor que qualquer pessoa. Uma história comovente sobre navegar as alegrias e tristezas do primeiro amor... uma verdade de cada vez.

Resenha

A Semana do Orgulho Gay estava apenas começando, e Mark já estava dançando seminu no balcão de um bar, cumprindo um desafio que Ryan, seu melhor amigo e paixão desde sempre, não esperava que ele cumprisse. Mas Ryan tinha olhos para outra pessoa...

Por outro lado, Katie (agora Kate) estava fugindo de um encontro com Violet, quem ela sonhava em conhecer há meses, e acabou indo parar naquele mesmo bar, e ao ver Mark, seu colega da turma de cálculo dançando no balcão, ela decidiu que precisava ser sua amiga.

Os gritos são altos, e o DJ toca “Umbrella” de Rihanna nos alto-falantes. Não faço ideia do que devo fazer. Estou em cima do bar com minha cueca boxer vermelha e azul, com medo de derrubar a bebida das pessoas. Os clientes fazem a gentileza de pegar seus copos, e, antes que perceba o que estou fazendo, eu estou...me mexendo– página 18

Mark e Kate se sentavam juntos na aula de cálculo, e nunca tinham se falado. Mas naquela noite, eles se tornaram amigos, e em semanas já conheciam um ao outro como mais ninguém.

Enquanto Mark sofria com os sentimentos que nutria por Ryan, [com quem ele constantemente ficava, sem dar um nome especifico para o que faziam] e a possível paixão do amigo/crush por outro rapaz, Kate tentava lidar com seus medos e com o fato de que se sentia cada vez mais distante de suas amigas, e cada vez mais angustiada em relação à faculdade.

Eu tô boba com esse livro. Não é segredo pra ninguém que eu sou fã de carteirinha do David Levithan, mas de todos os livros que ele escreveu em parceria com alguém, eu só gostei de um. Então estava receosa em ler À primeira vista, pois temia que isso fosse acontecer aqui também. E se eu disser que a escrita do David fica perfeita junto com a da Nina, e que eles criaram não só uma história deliciosa e rápida de ser ler, mas também apaixonante?

Eu não o amo por quem ele é agora. Não o amaria por quem ele vai ser daqui a dois anos. Eu o amo por todos os Ryans que ele já foi comigo. – página 120

Me encantei por Mark já nas primeiras páginas do livro, e me entristecia ver o quanto ele sofria por guardar seus sentimentos para si, e o quanto doía nele ver que ele se esforçava tanto por Ryan, e não recebia muito em troca. Já de Kate eu demorei um pouco mais para gostar. Ela parecia perdida e confusa em relação à faculdade. Sabia que deveria estar animada, então por que não estava? Por que fugia sempre que alguma coisa incrível acontecia? Ela também é uma personagem incrível, e seus medos são tão fortes e reais que eu me sentia tensa por ela, imaginando o que poderia acontecer.

De início eu achei que este seria mais um daqueles livros onde a história toda se passa em uma noite, como foi com Londres é nossa!, mas não foi bem assim. A história se passa em poucos dias, é verdade, mas muita coisa acontece nesses dias. Me vi mergulhada nos problemas e sentimentos de Mark e Katie, e estava doida para ver o que iria acontecer no final, que... devo dizer, não é nem um pouco previsível.

Eu sabia que o perderia se dissesse alguma coisa. Eu disse alguma coisa. Eu o perdi. Como posso culpa-lo por isso? – página 162

À primeira vista foi uma leitura rápida e maravilhosa que eu adorei fazer, e agora, mais do que nunca, estou confeccionando um pote para guardar dinheiro e visitar São Francisco durante a semana do Orgulho Gay, pois, pelo o que vi neste livro e em outros mais, parece ser incrível!

David Levithan conseguiu me conquistar mais uma vez, e devo dizer que agora também sou fã da Nina LaCour! A editora Galera Record fez um trabalho incrível na diagramação do livro, e que venham mais histórias de David Levithan e Nina LaCour, de preferência, juntas!