De olho no autor #59: Rudson Xaulin

Não sei se vocês se lembram, mas o Rudson já foi entrevistado pelo blog uma vez, em 2014! Maaas. ele tem feito e publicado tanta coisa que estaremos conversando mais um pouco com ele :)

Para quem não viu, tivemos divulgação de suas obras aqui, aqui e aqui, e a resenha de Um projeto de cão chamado Jill aqui ♥

Com vocês, Rudson Xaulin \0/

Primeira entrevista 

1. Quem é Rudson Xaulin? 

R.X.: Um escritor, gaúcho, de 30 anos (Bhá, trintão!), que adora suco de laranja... Escrevo muitas coisas há algum tempo, até mesmo esses dias encontrei velhas folhas dos meus antigos cadernos de escola, e lá, achei umas quatro ou cinco folhas de poesias, que devem fazer parte de algum livro um dia. Até o momento tenho 6 livros através de editoras (Chiado, Scortecci, Deuses, Angels), e contrato para mais 3 ainda nesse ano de 2017, fora outros livros que praticamente já estou fechando os contratos. No total, tenho 35 livros prontos, esperando por seu vindouro lançamento qualquer dia destes.

2. De onde surgiu a ideia para o Projeto Jill? Como foi que ele “nasceu”? 

R.X.: Escrevi e lancei o livro “Um Projeto De Cão Chamado Jill”, em Portugal. E achei que seria a melhor forma de contar aquela história. Mas a Jill se tornou tão especial para tantas pessoas, como se ela fosse de todos, que eu achei que ela merecia algo maior ainda... Eu tive essa ideia no final do ano de 2015, mas eu ainda não tinha muito material lançado, eram apenas 2 livros no mercado, e não achei o momento certo de buscar ajuda e apresentar o “Projeto Jill” naquele momento. Depois que coloquei mais livros a venda, estabeleci um bom nome aqui por terras frias do sul, produzi alguns shows que levam meu nome e os livros para o grande público, achei que era a hora certa de tentar. Meu pai, meu maior ídolo, de imediato precisei dele. Apresentei a ideia das casinhas, das cestas básicas para asilos, reflorestamento, tudo mesmo, e claro que ele adorou a ideia. Mas eu precisava dele para montar as casinhas, me ensinar a fazer. Então ele fez as duas primeiras, e depois me ajudou a montar mais umas cinco ou seis, e pronto, tudo estava dando certo. Depois corri atrás de amigos que pudessem ajudar como podiam, uns doam materiais, outros doam tempo, boa vontade, outros ajudam com R$ 10 (dez reais), outros me ajudam a fazer a entrega das casinhas, outros divulgam o projeto (como é o caso do blog \o/), minha esposa pinta todas elas, eu faço as casinhas desde então, e algumas empresas começaram a nos ajudar, tanto com dinheiro, com material, com desconto onde preciso comprar... Ou seja, é um batalhão de pessoas que ficam escondidas atrás do meu nome, mas que sem elas, nada disso aconteceria. Eu preciso do meu amigo e do seu ônibus, para entregar as casinhas. Preciso do meu amigo que tem moto, para entregar roupas e agasalhos. Precisei do meu pai, preciso da minha esposa, então eu sou grato por ter um circulo de pessoas que fazem mais e falam menos.

3. E sobre o seu novo projeto (Árvore de luz), o que pode nos dizer a respeito? 

R.X.: Do livro, como de praxe, minha influência vem da música, do rock n’ roll, e grandes nomes desse meio tem um disco, CD, EP, com temática natalina. Já que me deram o bordão de “escritor do rock”, nada mais justo que eu ter também, um trabalho natalino. O livro tem contos, diversas histórias com começo, meio e fim. Cada uma delas tenta passar algo que podemos ter, mas ainda não sabemos como desabrochar isso em nós mesmos. Então um trata da generosidade, outro sobre a bondade, um fala de amizade e lealdade e assim o pequenino livro segue. E a outra parte, dando ênfase porque de um livro com esse tema, é que lá atrás eu já sabia que queria que um livro meu pudesse carregar com ele o tema do reflorestamento, então eu juntei as coisas e “Árvore de Luz” chegou. Com ele, preparei as mudas de diversas árvores, que ganham as ruas, praças, escolas e onde mais as pessoas pedirem. Já temos dezenas de encomendas, e no começo eu fiquei com medo, porque minha ideia era começar com 20 mudas, mas meu pátio, onde tenho um grande jardim, me deu de presente mais de 200 mudas de árvores, dentre elas ameixeiras, coqueiros, aroeiras, pitangueiras, limoeiros, e por aí vai. 

4. Como você concilia os projetos e a sua carreira como escritor? 

R.X.: Essa foi a grande sacada: Tudo isso é uma coisa só! Então estar falando disso aqui, em um blog literário, já diz de cara que deu certo, não acha? Estamos em um blog, onde falamos de um escritor, seus livros, seus projetos, e tudo isso está unido, é tudo a mesma coisa, então eu fico feliz de ter conseguido ter feito deste modo. Então como hoje os livros e meus ganhos com eles, e meus shows que eu produzo, eu vivo disso, essa é minha vida hoje. Quando não estou escrevendo coisas novas, revisando livros ou discutindo contratos e coisas do tipo, estou lá fora, fazendo as casinhas, ou rodeado por pessoas que estão me ajudando nisso, e no fim de tudo, é tudo a mesma grande engrenagem... Ah, ou posso estar respondendo uma entrevista atrasada, para uma amiga ;) 

5. Tem algum livro novo chegando? 

R.X.: Sim, sempre! Se não, não coloco o leite e o pão na mesa! Esse ano, o primeiro livro a ser anunciado, é o “Estágios Do Inferno, Bastidores do Paraíso”. Depois quero correr, para ver se coloco “Caos – Livro 1” no mercado, e se tudo desse muito certo, ainda trazer dois carinhas que eram da cena independente, e lançar eles por editoras, sendo: “As Crônicas de Um Ex Exilado – Parte 1 & 2” e “Exílio de Um Velho Vocalista”. Viu, não paro! Então, torçam por mim!

6. Como tem sido o feedback dos seus projetos? O que as pessoas estão achando, elas falam com você a respeito disso? 

R.X.: Isso depende muito do ponto de vista, eu tenho o meu. 100% das pessoas que sabem do Projeto Jill, do reflorestamento, das cestas básicas para asilos, levar comida a moradores de rua, roupas, agasalhos, brinquedos, claro que até o momento, ninguém disse que isso é ruim. Mas do meu ponto de vista, as pessoas podem achar isso bonito sim, mas podem ajudar. Não precisam me ajudar, podem fazer algo em suas cidades, no seu bairro, por seu vizinho, ou claro, podem nos ajudar. Já ouvi e vi coisas de pessoas que gostaram da ideia, e querem fazer por aí, então se estamos deixando as coisas melhores, se as pessoas estão se motivando pro lado do bem, eu acho que não vou vencer a guerra, mas eu vou derrubar alguns inimigos antes de cair.

7. E, para finalizar, você gostaria de deixar um recado para os leitores? 

R.X.: Agradecer imensamente por todo apoio, pelos comentários, por vocês me enviarem e-mails e tentarem falar comigo, tudo isso é um combustível para esse velho coração continuar batendo por aquilo que acredita. Então eu sou imensamente grato, por ouvir de um estranho que eu possa ter mudado a sua vida, ou que eu consegui, através das minhas palavras, transformar alguém em uma pessoa melhor. Todo incentivo é muito bem vindo, o tapinha nas costas, um “vai lá, cara”, eu sou grato por saber que existem muitas e muitas pessoas, no mundo todo, que aplaudem quando outra pessoa consegue fazer alguma coisa. São vocês que me fazem tentar fazer tudo o que eu faço, pois são vocês que me fazem acreditar nas pessoas e no futuro que iremos deixar. Muito obrigado!

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E, se vocês acham que acabou, estão muito enganados (tentei fazer um trocadilho engraçado com as casinhas, mas não deu certo, esqueçam). A Chiado Editora criou um álbum do Projeto Jill na página deles, onde postam fotos do mesmo, e, se o projeto já parece incrível pelas coisas que o Rudson disse, vocês precisam ver. Sério, façam isso. Podem entrar neste link AQUI, que é o da Editora, ou neste DAQUI, que é do Rudson. 

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