Estação Onze

Título: Estação Onze
Autora: Emily St. John Mandel
Editora: Intrínseca
Páginas: 320
Edição: 1
Lançamento: 2015
Sinopse: Certa noite, o famoso ator Arthur Leander tem um ataque cardíaco no palco, durante a apresentação de Rei Lear. Jeevan Chaudhary, um paparazzo com treinamento em primeiros socorros, está na plateia e vai em seu auxílio. A atriz mirim Kirsten Raymonde observa horrorizada a tentativa de ressuscitação cardiopulmonar enquanto as cortinas se fecham, mas o ator já está morto. Nessa mesma noite, enquanto Jeevan volta para casa, uma terrível gripe começa a se espalhar. Os hospitais estão lotados, e pela janela do apartamento em que se refugiou com o irmão, Jeevan vê os carros bloquearem a estrada, tiros serem disparados e a vida se desintegrar.
Quase vinte anos depois, Kirsten é uma atriz na Sinfonia Itinerante. Com a pequena trupe de artistas, ela viaja pelos assentamentos do mundo pós-calamidade, apresentando peças de Shakespeare e números musicais para as comunidades de sobreviventes.
Abarcando décadas, a narrativa vai e volta no tempo para descrever a vida antes e depois da pandemia. Enquanto Arthur se apaixona e desapaixona, enquanto Jeevan ouve os locutores dizerem boa-noite pela última vez e enquanto Kirsten é enredada por um suposto profeta, as reviravoltas do destino conectarão todos eles.

Resenha

Porque sobreviver não é o suficiente. – página 61

Dizimada por uma gripe que matou mais de 99% da população, a Terra perdia as esperanças. A Gripe da Geórgia surgiu e atacou de repente, espalhando-se mais rápido do que qualquer outro vírus já conhecido pelo ser humano, e quando percebemos, tudo já caiu. Tudo já acabou, e as coisas passam a acontecer após a calamidade, como ficou conhecido o extermínio da Gripe.

Pouco antes do surto acontecer, Arthur Leander, um ator hollywoodiano que já passara por vários casamentos durante sua vida, apresentava a peça Rei Lear, quando teve um ataque cardíaco. Não foi possível salvar sua vida, mas é neste momento em que conhecemos os outros personagens da história, e é nesse mesmo dia que um avião vindo de Moscou traz a tal gripe para os Estados Unidos, que logo entra em estado de emergência, e perde quase toda a sua população.

A Gripe da Geórgia foi tão eficiente que não havia sobrado quase ninguém. – página 186

No novo mundo não há tecnologia, ele é formado por sobreviventes e possui uma temperatura elevadíssima que nenhum ar condicionado conseguiria bater. É nesse mundo que a Sinfonia Itinerante toca, encena e se apresenta para as pessoas que ainda vivem, e é nesse mundo que adentramos a partir de agora.

As pessoas querem o que houve de melhor no mundo. – página 43

Ao longo da narrativa, acompanhamos a história de Kirsten, uma das componentes da Sinfonia, atriz de peças shakespearianas e atiradora de facas. Kirsten era uma criança quando tudo aconteceu, e estava no teatro quando Arthur morreu, pois fazia um papel mirim. Desde então ela vem atuando, e leva consigo as histórias da Estação Onze, quadrinhos criados e desenhados por Miranda, a primeira mulher de Arthur. Ao mesmo tempo em que estamos com Kirsten, também estamos com Miranda e Arthur, anos antes da calamidade. Também acompanhamos Clark, amigo de longa data de Arthur; e Jeevan, um rapaz com conhecimentos médicos que tentara ajudar Arthur com seu ataque cardíaco.

Confesso que me senti decepcionada quando terminei de ler esse livro. Esperava algo mais apocalíptico, sabe? Mais sobrevivência, mortes, alguma cura ou algo do tipo, e me deparei com pouco do presente, e muito do passado, e o passado não era muito interessante. Acompanhar a vida desses personagens antes do acontecido não foi bacana, não me prendeu e me deixou cada vez mais desanimada para ler. Não encontrei nenhum personagem que cativasse, nenhum por quem eu torcia, e nada que me fazia querer chegar logo no final. É claro que a autora foi inteligente ao colocar muitos personagens na narrativa, o leitor percebe rapidamente que haverá uma ligação entre todos eles, mas ainda assim, não é o suficiente para prender até o fim. Não sei como consegui chegar na última página, mas sei que foi cansativo.

Estar vivo é um risco. – página 68

Não me levem a mal, a ideia de criar um livro pós e pré-apocalíptico onde o foco principal não é a sobrevivência foi boa, mas não sei bem se a autora cumpriu o seu papel. Muitas pessoas gostaram desse livro, muitas odiaram, então ele têm leitores divergentes com opiniões divergentes, vai de cada um, e para mim, infelizmente, não deu.


25 comentários

  1. Bom, eu tenho um histórico de problemas com finais de livros kkkkkk muitos já me decepcionaram. Lendo a sinopse, a história tinha tudo para ser boa, mas se fica só relembrando o passado deve ser bem chato. tipo aquele filme "Extermínio" que é pós apocalíptico e basicamente não sai do lugar rsrsrs
    Beijos!
    http://caindonacultura.com

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  2. Oiee...
    Confesso que o enredo nao me chamou muito a atenção, se não souber usar o tom certo em um livro pós apocalíptico onde o foco não é a sobrevivênciaele acaba ficando chato e lento..
    Sua resenha foi ótima, tanto que eu pude concluir finalmente que não irei gostar dessa leitura..
    Beijos

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  3. Oá, eu não conhecia o livro e achei a capa bastante bonita. Gostei da premissa que ele tem, a história me parece ser boa, mas quando vi as suas impressões eu me desanimei um pouco com a leitura, sei que cada um tem sua opinião, mas voucê foi muito clara e contos onde te desagradou, sinceramente, acho que eu teria as mesmas impressões.

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  4. A sinopse e o título desse livro são bem chamativos, mas todas as resenhas que li foram negativas e elas sempre falam de coisas que me fazem pensar que também não vou gostar do livro. Então melhor não ler.

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  5. Olá!!!
    Achei muito confuso a premissa do livro e fiquei perdida na resenha mesmo estando bem escrita não me chamou atenção e nem despertou o interesse em ler o livro apesar da capa está muito fofa e de bom gosto.

    Carla Fernanda

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  6. Oi Dryh, tudo bem?
    Uma pena que estação Onze tenha deixado a desejar! Eu ainda não tinha lido muitas resenhas dele então não sabia bem o que esperar até ler essa sua.
    A premissa do livro é realmente bem interessante, seria legal acompanhar mais desse mundo pós-apocalíptico em vez de acompanhar o passado dos personagens!

    Beijos :*
    http://www.livrosesonhos.com/

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  7. Oie!
    Nossa que chato a leitura não ter fluido para você. Eu já vi algumas resenhas sobre esse livro e fiquei curiosa Lara conhecer a história, mas fico com um pé atrás.... Pq pós apocalíptico acho que tem que ter muita ação e explicação do porque tudo começou uma hora ou outra...se não fica pontas soltar na história neh?!
    Um beijo
    Camila Bernardini Coelho

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  8. Oi Dryh, que pena que o livro não era tudo o que você esperava, apesar que esse livro sempre trás opiniões bem diversificadas, tem gente que ama e gente que odeia, então se eu fosse ler nem sei o que esperaria dele. Quem sabe um dia eu dou uma chance.

    Beijos

    http://www.oteoremadaleitura.com/

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  9. Ooi,
    Fico chateada quando o livro não consegue alcançar minhas expectativas também... Esse em especial não me atraiu muito então acho que deixo a dica passar.
    Vitória Zavattieri
    Corujas de Biblioteca

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  10. Oi,
    Ah que pena não ter gostado. Eu tive muitas indicações do livro, quero le-lo mas vou abaixar as expectativas.
    Adorei a sinceridade,
    Bjs
    Luana Lima

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  11. OI Dryh, nossa, tu sabe quando comecei a ler a resenha fiquei mega curiosa com a história. Achei um pouco diferente daquela questão de apocalipse que acontece e tal e olha, pena que não deu muito certo. Eu nem imaginava isso com este título e quando li a sinopse fiquei mais surpresa ainda. Pena que você se decepcionou, mas eu daria uma chance para ver o que acho. Valeu pela dica!

    Beijos,

    Greice Negrini

    Blogando Livros
    www.amigasemulheres.com

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  12. Amiga eu odeio quando um livro me decepciona sabe?
    Eu fico esperando uma coisa e acaba sendo outra.
    Isso realmente desanima qualquer pessoa. É uma pena tu não ter gostado, apesar que algumas partes do livro pelo que vi você gostou. Mas ai vai de cada um né miga? As vezes o livro não te envolveu tanto como você esperava por conta da expectativa sei lá. Mas eu ainda não li ele, acho que vou ter que ler para dar uma espiada, quem sabe eu goste né? Mas vou pegar em ebook porque é mais rapido hahahahaa


    http://lovereadmybooks.blogspot.com.br/2015/12/resenha-homem-formiga-inimigo-natural.html

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  13. Olá,
    Assumo que me apaixonei pela capa desse livro. Achei linda demais e a sinopse eu achei bem interessante. Infelizmente ouvi muitos comentários ruim sobre o livro e pela sua crítica, eu também não iria gostar. Eu esperava a mesma coisa que você e ficaria bem decepcionada.
    Um grande beijo,
    Delírios Literários da Snow

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  14. A princípio eu achei que veria a primeira resenha positiva desse livro mas não foi o caso, que pena que a autora escolheu o lado mais morno que era abordado na história para se aprofundar mais, pois o conceito de sobrar quase nada na Terra e a história ser sobre um grupo que faz peças é algo interessante, mas que pena pesar para o maçante.

    http://deiumjeito.blogspot.com.br/

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  15. Olá!
    Eu já tinha lido uma resenha desse livro é a blogueira também não tinha gostado. Eu nem me atrevo a ler o livro pois sei que vou desistir nas primeiras páginas.
    Adorei a sua resenha e sua opinião sincera.
    Beijinhos!
    https://eraumavezolivro.blogspot.com.br/

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  16. Nossa, sei bem como você se sente =/
    A sinopse parece nem interessante, mas se o livro é morno assim, com certeza não vou gostar.
    Gostei da sua resenha, muito objetiva e sincera.
    Boa sorte nas próximas leituras!
    Beijos
    http://addictionforbooks.blogspot.com.br

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  17. Olá! Tenho esse livro na estante, espero lê-lo em breve, mas fiquei com pé atrás depois da sua resenha.

    Patty

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  18. Oie Dryh!!!
    Puxa que pena que o livro não seja empolgante, Achei a premissa da sinopse muito legal. Mas gosto de distopias com bastante ação então... acho que não irei gostar muito dele.
    bjs

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  19. Oi Dryh, sua linda, tudo bem
    Que pena, quando eu vi o título do livro fiquei animada, é a primeira vez que leio sobre ele, salvo engano. Sabe, fui lendo a história e achei ela bem parecida com o que estamos vivendo no mundo inteiro. Tudo começa com alguém infectado viajando e entrando em algum país. Deveria haver um maior controle sobre isso. Que pena, gosto tanto de distopias e essa prometia. Gostei muito da sua sinceridade. Um Feliz 2016!!!!!
    beijinhos.
    cila.
    http://cantinhoparaleitura.blogspot.com.br/

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  20. Quando não encontro nenhum personagem que me cativa a leitura fica quase impossível para mim, acho que teria a mesma impressão de ser cansativo que você teve. É uma pena, a proposta foi diferente, focando mais no pré-apocalíptico, mas se o passado não é interessante deve ser complicado ler.

    Beijo!

    Ju
    Entre Palcos e Livros

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  21. Ai Drih, você me deixou até a vontade de falar que esse livro deve ser um saco... desculpe o termo, mas é a verdade. Eu não gosto de temas religiosos, acho que coisas sobre o apocalipse são meio malucas... fiz um trabalho num curso parecido com esse livro, que durou cinco minutos, e eu nunca fiquei com tanto tédio kkkkkk
    Bjssss
    Feliz ano novoooo
    http://umavidaliteraria1.blogspot.com.br/

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  22. É mto chato quando vc pensa que um livro é uma coisa e no final é outra totalmente diferente.

    Parece que o objetivo do livro é bom. Mas a autora não conseguiu escrever bem.

    Ja li livros assim. Que tem uma premissa boa, mas a autora não soube aproveitar.

    Espero que venha boas leituras nesse ano de 2016.

    Bjus

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  23. Oi Dryh, tudo bem?
    Eu estava com as expectativas lá em cima com esse livro, mas depois que uma amiga leu e não curtiu tanto assim me desanimei bastante. Acho uma pena quando imaginamos uma coisa e nos deparamos com outro inferior.

    Bjs, Glaucia.
    www.maisquelivros.com

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  24. Oi Dryh, tudo bem?

    O livro não chamou a minha atenção... gosto de enredo envolvendo um futuro pós apocalíptico, mas parece que não foi o foco do livro, apesar da premissa. Gosto quando ficamos sabendo do passado, mas quando ele se torna o foco do livro, acaba ficando chato. Os personagens parecem ser interessantes, mas parecem que não foram bem construídos, já que você não conseguiu se envolver com eles.

    Beijinhos,

    Rafaella Lima || Vamos Falar de Livros?

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  25. Oi Dryh que pena que a leitura do livro não foi das melhores pra você... poxa assim é tão chato não é... eu sinceramente até agora não li nenhuma resenha muito positiva sobre este livro, então já não tinha a pretensão de ler.. livro distópico tem que falar mais do futuro apocalíptico do que do passado, porque é isso que prende o leitor, pelo menos é o que me prende na narrativa... Xero!

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Oiê! Muito obrigada por passar por aqui, deixe um recadinho com o link do seu blog e a gente dá uma passadinha lá mais tarde :)

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