De olho no autor #48: Alane Brito

Oiee pessoas, tudo bem com vocês?

Estão preparados para conhecer mais uma autora nacional MARAVILHOSA que escreveu dois livros incríveis que acabaram se tornando uns dos meus favoritos? Sim, estou falando da Alane Brito, autora de O que me disseram as flores e O trio \0/

Bora?

Resenha O trio / Resenha O que me disseram as flores

1. Como foi seu primeiro contato com a leitura?

A.B.: Com a minha mãe, leitora assídua. Não faço ideia de quantos livros ela já leu.

2. Quando você começou a escrever?

A.B.: Eu tinha costume de criar histórias, mas ficavam só na imaginação. Um dia, decidi que queria visualizá-las, então comecei a criar histórias em quadrinhos. Eu amava, mas davam muito trabalho, porque além de desenhar, tinha que pintar um por um, e eram bem longas. Até que me dei conta de que só escrever era mais fácil. Nessa época eu devia ter de 13 para 14 anos. 

3. Quem inspirou os personagens? Algum ator, atriz, conhecido...

A.B.: Não necessariamente, não uso nenhum modelo de início, embora no final sempre acabem lembrando alguém. Agora que tenho betas para ler, assim que começo a escrever, escolho avatares, mas mais por estímulo delas.

4. Que sentimentos estiveram presentes enquanto você escrevia “O trio” e “O que me disseram as flores”?

A.B.: Em O Trio, acho que extraí meus sentimentos mais profundos, porque explorei um pouco a nostalgia de minha infância. Cresci numa cidade pequena, com clima bem árido e vivia bem livre mesmo. Então, juntei isso ao desejo de falar sobre relações entre amigos e deu no que deu.

Em O Que Me Disseram as Flores, me baseei em minhas próprias experiências também, porque a maneira como Ângela trata William (ai, que vergonha!) me inspirei em minha relação com um rapaz que era apaixonado por mim e, por mais que eu o tratasse mal, ele continuava insistindo. Não me levem a mal, por favor! Eu tinha quinze anos na época. E não, não fiquei com ele, nem sequer namoramos. (risos)

5. Quanto tempo levou para escrever seus livros? 

A.B.: É uma pergunta difícil, porque mesmo que tenha terminado de escrever, ainda faço inúmeras revisões, e é isso que é demorado. Atualmente, a história em si leva de cinco a seis meses. Mas para eu considerar terminado de fato, devo acrescentar, pelo menos, mais uns oito, em média. 

6. Quais são as dificuldades para que um autor consiga ter seu livro publicado e conhecido no mercado literário brasileiro?

A.B.: Publicar hoje em dia é bem fácil, basta ter dinheiro. Fazê-lo ficar conhecido é que é a parte mais difícil, porque, certamente, existem livros de “desconhecidos” mais fascinantes que muitos famosos por aí, mas que não tiveram o mesmo marketing. Os blogs são uma ferramenta maravilhosa para isso.  

7. Para você, qual a melhor coisa em escrever?

A.B.: É uma válvula de escape. A vida é muito complicada e escrever meio que me puxa de volta para a lucidez quando alguma coisa parece que vai me afetar emocionalmente. 

8. Sei que essa pode ser uma pergunta difícil, mas qual seu livro preferido? Pode ser um dos seus, ou de algum colega escritor...

A.B.: Não direi que é o meu preferido, mas que me marcou bastante, porque acho que foi o primeiro livro sério que resolvi ler: O Cemitério, de Stephen King.

9. Se fosse um personagem, qual seria? Pode escolher um de cada livro J

A.B.: Difícil... De O Trio, eu diria Jordan, por causa da força dele. De OQMDAF, acho que a Ângela, já que foi inspirada em mim mesma. Em bem poucas partes, devo destacar! (risos)

10. Além de escrever, você também lê bastante?

A.B.: Leio menos do que eu gostaria, amo demais, tanto que, quando começo, só sossego quando termino. Imagina meu problema com séries...

11. Qual livro nacional você recomenda? Por quê?

A.B.: Olha, para não ter problemas, indicarei os meus mesmo. (risos)

12. Poderia nos contar um pouco dos seus livros?

A.B.: O Trio foi um livro que tive muito carinho em escrever, porque, como mencionei antes, lembra um pouco de minha infância. Explorei bem a fundo meus sentimentos, mergulhei tanto, que ainda não consegui me desligar dele totalmente. Talvez nunca consiga. Tive muita conexão com os personagens, tanto que em algumas cenas parecia que eu não tive controle, a história ia me levando. Um exemplo foi o destino de Ana, não me lembro de ter premeditado aquilo.

OQMDAF considero o primeiro livro que escrevi que considerei com chances de publicação. Bem antes de O Trio. Ele passou por muitas mudanças desde a primeira versão. A essência da história é praticamente a mesma, mas precisei mudar algumas partes do enredo, praticamente tudo, pois, como foi um dos primeiros livros que me aventurei a escrever, a escrita ainda era bem amadora.

13. Tem algum trabalho futuro chegando? Poderia nos falar um pouco dele ou é segredo?

A.B.: Sim! Posso adiantar o título que, coincidindo com a sua pergunta, é: O Segredo dos Becker. Ele já está terminado, passará agora por mais revisões, mas a história em si está terminada. É um romance com uma certa dose de suspense. Conta sobre a vida de Sarah, uma menina de 16 anos, que teve que crescer escondendo a existência de Mike, um garoto de 17 anos, que seus pais tiraram da família dele quando era um bebê, e isso os obrigou a sair da cidade onde moravam e mudarem suas identidades para viverem numa cidadezinha. Só que, aos poucos, Sarah vai descobrindo que a verdade por trás dos motivos que os levaram a fazer tal coisa não são os que eles contaram para ela. E claro que tem a paixão no meio, né? (risos) Ela e Mike se apaixonam mesmo em meio a situações bem turbulentas. 

Bom, é isso, espero que tenham gostado de saber um pouquinho sobre mim. Agradeço a Dryh pelo convite, carinho e apoio! Beijos

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