Linhagens

Título: Linhagens

Autora: Eleonor Hertzog (cortesia)

Editora: Letra Impressa

Páginas: 700

Edição: 1

Lançamento: 2013

Sinopse: E se você descobrisse que a Terra guarda grandes segredos? E se esses segredos fossem poderosos o suficiente para modificar o rumo de nossas vidas? Laços se estreitam, conflitos irrompem. Erros foram cometidos e o tempo está acabando. Nada é o que parece ser. Segredos emergem de Casas e Linhagens. Peggy corre grandes riscos e as consequências das próximas decisões podem colocar tudo em jogo. Os Melbourne mais uma vez terão que provar sua capacidade de resolver problemas. As consequências de cada decisão afetarão o Universo inteiro. Caberá apenas a Uma geração... Todas as decisões!

Resenha (pode conter spoilers de Cisne)

...jovens cheios de criatividade, planos e sonhos, com o coração generoso que apenas os jovens sabiam ter.... A esta geração... Todas as decisões. – página 216

Linhagens é o segundo livro da série Uma geração, todas as decisões, e começa exatamente onde Cisne parou. As primeiras páginas nos apresentam um resumão do primeiro livro, o que me ajudou a lembrar de várias coisas que eu havia esquecido, dentre elas, o quão Peggy é importante na história. Ela não é a minha personagem favorita, mas dela é impossível não gostar.

“As pessoas precisam sonhar, ainda que os sonhos sejam loucos.” – página 642

Após o resumo, Linhagens já começa de forma arrebatadora e, não vou negar, um pouco aterrorizante; os Melbourne, juntamente com Jean e os três tarilianos a bordo, estão indo em direção a uma ilha de focas no Mar Negro, e antes mesmo de chegar lá, Peggy pressente morte. Morte? Mas como assim? Pois é, nem mesmo ela sabe, mas Peggy sente uma inquietação muito grande em relação à ilha, e não era para menos. A autora conseguiu (quase) me fazer chorar de medo pelos personagens, e isso é apenas o começo.

O foco principal desse livro são as Casas e as Linhagens, que correm perigo juntamente com Peggy e seus poderes, que, por sua vez, colocam outras pessoas em perigo. Principalmente Peter, e, colocando Peter em perigo, Loon também está. Mas é claro que não é só isso. Não tem como ser. Eleonor mais uma vez escreveu um livro extremamente complexo e provou que nada é o que parece. Não consigo contar quantas foram as vezes em que Linhagens e seus personagens me surpreendeu.

Confesso que achei esse livro um pouco mais cansativo que o primeiro, isso porque os Melbourne quase não aparecem, e eu morri de saudades dos irmãos, principalmente de Tim. O livro foca bastante nas Linhagens, nas Casas e no passado das mesmas, além das habilidades de Peggy, Peter e tudo o que eles representam. Isso me incomodou um pouco, porque, como disse no início, Peggy não é minha personagem favorita, então vê-la ganhando esse destaque todo me irritou um pouco. Principalmente porque Peggy parece ser perfeita, ela não se importa consigo mesma quando se trata em proteger os outros, e, bem, ninguém é assim.  O fato de ela ser a queridinha de todo mundo também não ajudou.

Ela, sozinha, é capaz de fazer mais do que qualquer uma de nossas Casas por todas as raças e Linhagens que estão misturadas na Terra, sem paz e sem seus lares, para onde Peggy de Senira, e somente ela, pode fazê-los retornar. – página 616

Ok, chega de metralhar a Peggy. Gostei do fato de a autora ter explorado mais os personagens nesse livro, principalmente Henry, Robert e o pessoal de Merine, e também gostei quando, no início do livro, antes mesmo da história começar, ela falou sobre Atlantis, o mundo que pediu ajuda tarde demais, e que “causou” a destruição de tantos outros. Esses outros mundos podem ter encontrado algo na Terra.

Eu vou parar de falar agora, para não contar demais. Enfim, o livro é uma continuação magnifica de Cisne, mas, como eu já falei, foi um pouco cansativa para mim, e não ter muito dos irmãos Melbourne deixou a história um pouquinho maçante. Senti falta de um pouco de humor nas 700 páginas do livro *-*

Não posso deixar de falar que o final do livro foi incrível, só para atiçar a curiosidade de vocês. Fiquei um pouco brava com a autora (quem nunca?) por ter me empurrado do avião sem paraquedas, mas já superei. Estou doida para ler o próximo livro e saber o que vai acontecer, e realmente espero que os irmãos estejam por lá, pois estou morrendo de saudades.

O que quer que venha pela frente vai ser perigoso. Muito perigoso. – página 25