Autora: Katja Millay
Editora: Arqueiro
Páginas: 368
Edição: 1
Lançamento: 2014
Sinopse: Nastya Kashnikov foi privada daquilo que mais amava e perdeu sua voz e a própria identidade. Agora, dois anos e meio depois, ela se muda para outra cidade, determinada a manter seu passado em segredo e a não deixar ninguém se aproximar. Mas seus planos vão por água abaixo quando encontra um garoto que parece tão antissocial quanto ela. É como se Josh Bennett tivesse um campo de força ao seu redor. Ninguém se aproxima dele, e isso faz com que Nastya fique intrigada, inexplicavelmente atraída por ele.
Resenha
Eu preciso dizer alguma coisa a ele, então digo o que sei que é verdade: - Ás vezes eu esqueço como se respira. – página 259
Estava muito curiosa para ler
esse livro, tinha visto muitas (muitas mesmo) resenhas positivas de Mar da Tranquilidade e mal via a hora de
finalmente lê-lo e tirar minhas conclusões. Tinha expectativas altas e queria
dar ao livro cinco milkshakes ou
favoritá-lo.
Nastya é a garota nova, e em como todo filme clichê dos anos
oitenta/noventa/dois mil, todos param para olhá-la quando ela passa. Mas não
por ser apenas a menina russa nova, ela não
fala, e usa roupas pretas
curtíssimas que não deixam muito espaço para a imaginação. Nastya não fala com seus pais, seu irmão, sua tia nem seus amigos
desde o dia em que algo horrível
aconteceu, e ela quase morreu. Sua mão de pianista foi destruída, cicatrizes passaram a decorar seu
corpo, e seu cérebro escondeu a
verdade de todos, pois ela ainda não estava pronta para contá-la.
Eu deveria abrir o jogo. Sei que deveria. Mas ele é meu. Não quero que tenha a chance de ficar impune. Quero que ele pague e quero que seja eu quem vai decidir como. – página 127
Josh perdeu os pais quando era mais novo, e desde então, é como se
ele tivesse um campo de força ao seu
redor que não ninguém se aproximar. Um garoto com quem as pessoas evitavam se
comunicar, com medo de dizer alguma coisa errada. Josh é apaixonado por carpintaria e vê nos pedaços de madeiras e
ferramentas um escape para sua dor e solidão.
Quando os dois se conhecem não
rola aquela troca de olhares brilhantes e no outro instante já estão juntos. A
autora maltrata o leitor com as descrições duras de sentimentos e emoções que
ambos personagens sofrem, constrói conflitos e segredos que nos deixam
louquinhos para chegar logo ao final. Josh
e Nastya são dois adolescentes
maltratados pela vida e que procuram uma forma de serem normais.
Por um momento, me sinto uma sobrevivente em um mundo pós-apocalíptico, olhando por uma janela e imaginando uma parte da minha vida que já não existe. – página 112
A autora consegue manter o
segredo de Nastya intacto até o fim,
deixando algumas pistas no meio do caminho, porém conseguindo surpreender quando
finalmente nos é revelado o que aconteceu com ela. Já imaginava que era algo do
tipo, mas ainda assim minha garganta se apertou quando cheguei ao desfecho.
Fiquei impressionada quando vi que Mar da
Tranquilidade não é aquele drama-romance
onde um dos personagens é um bad boy
e o outro se afoga em lágrimas toda vez que abre os olhos. Em momento algum
eles se fazem de coitadinhos e esperam a vida lhes trazer algo bom ou um motivo
para sorrir. Nastya corre e escreve,
Josh faz móveis.
Naquele momento, eu sei o que ele me deu, e não é uma cadeira. É um convite, uma mensagem de boas-vindas, a confirmação de que sou aceita aqui. Ele não me deu algo para me sentar. Ele me deu um lugar. – página 145
Um personagem que eu acho que
merece destaque é Drew, melhor amigo
de Josh que acaba se tornando amigo
de Nastya também. Ele bateu os olhos
nela assim que a menina pisou na escola, mas aos poucos foi percebendo que não
tinha chance com ela, e que Nastya
vez ou outra olhava para Josh. Drew é engraçado e faz piadas mesmo nos
piores momentos, chega a ser um babaca às vezes, mas é um personagem
maravilhoso.
O único ponto negativo que
encontrei no livro é que a leitura fica um pouco arrastada em alguns pontos, demorei
mais do que esperava para terminá-lo. Tirando isso, é um livro incrivelmente
bom, uma história triste e dolorida que nos faz querer um final feliz a todo custo, com personagens marcantes e uma capa
maravilhosa.
Eu vivo num mundo sem magia nem milagre. Um lugar onde não há clarividentes nem metamorfos, anjos ou garotos super-humanos para nos salvar. Um lugar onde as pessoas morrem e a música se desintegra e tudo é um saco. O peso da realidade nos meus ombros é tão grande que às vezes me pergunto como ainda consigo erguer os pés para caminhar. – página 36
Estou com ela aqui pra ler, mas estava adiando a leitura por achar que ia encontrar um drama bem pesado. Apesar de ter sua dose de drama, acho que o livro acaba surpreendendo e o melhor é que os personagens não ficam apenas se lamentando e chorando feito coitadinhos.
ResponderExcluirBeijos.
Oi, Dryhzinha, meu amor! Tudo bem????
ResponderExcluirEu tinha visto esse livrinho na livraria aqui pertinho, aí o que aconteceu, vi biscoito e acabei comprando mais HUAHAUAHUA, mas enfim, eu tenho até vontade em ler esse livro, capa bem bacana e eu vejo duas coisas nela, amo! O enredo parece ser bem bacana, mesmo com o problema das partes monótonas! JÁ QUERO, HEIN!
VÍCIOSVÍCIOS, http://www.entreutopias.com/
Ahh, eu amei esse livro! Também demorei pra ler e já não aguentava mais esperar, de tanto que falavam bem hahaha Drew foi minha paixão também, é o típico popular da escola que na verdade tem um coração muito bom, clichê, mas amável.
ResponderExcluirBeijoss
www.vidaemmarte.com.br