Título: A garota na teia de aranha
Autor: David Lagercrantz
Editora: Companhia das letras (cortesia)
Páginas: 472
Edição: 1
Lançamento: 2015
Sinopse: Lisbeth Salander e Mikael Blomkvist estão de volta na aguardada e eletrizante continuação da série Millennium. Neste thriller explosivo, a genial hacker Lisbeth Salander e o jornalista Mikael Blomkvist precisam juntar forças para enfrentar uma nova e terrível ameaça. É tarde da noite e Blomkvist recebe o telefonema de uma fonte confiável, dizendo que tem informações vitais aos Estados Unidos. A fonte está em contato com uma jovem e brilhante hacker - uma hacker parecida com alguém que Blomkvist conhece. As implicações são assombrosas. Blomkvist, que precisa desesperadamente de um furo para a revista Millennium, pede ajuda a Lisbeth. Ela, como sempre, tem objetivos próprios.
Resenha (contém spoilers de Os homens que não amavam as mulheres, A menina que brincava com fogo e A rainha do castelo de gelo)
“Quem espiona a população acaba sendo espionado pela população. Essa é uma lógica fundamental da democracia.” – página 60
Passados seis anos após A rainha do castelo de gelo, a revista Millennium está por um fio e Mikael
Blomkvist ainda procura um furo para salvar sua reputação. Criticado à beça
pelos jornalistas “mais jovens”, ele precisa de algo explosivo que lhe faça jus
ao nome.
Enquanto isso, Lisbeth
Salander invade o sistema de uma empresa secreta estadunidense, coletando
informações sigilosas que vão nos ser apresentadas algum tempo depois.
Confesso que não sabia o que esperar desse livro,
tive um pouco de receio de lê-lo por ter sido escrito por outra pessoa, e até
agora não entendo porque David
escreveu uma continuação. O desfecho de A
rainha do castelo de gelo havia sido perfeito para a trilogia. É claro,
deixou algumas perguntinhas no ar, mas ficou ótimo. A garota na teia de aranha me pareceu um pouco forçado, e também
um tanto confuso.
“O que vamos fazer?” “O que fazemos de melhor, Mikael: lutar.” – página 99
A escrita do autor é mais rápida que a de Stieg, disso eu não posso reclamar. E David também conseguiu deixar a
história menos cansativa (quem leu as resenhas dos três primeiros livros aqui
no blog viu o quanto eu reclamei da escrita cansativa de Larsson), mas me pareceu que os personagens perderam um pouco sua
essência. Aqueles não pareciam Mikael
e Lisbeth que conhecemos nos outros
livros.
Lisbeth,
como sempre, é um mistério. Tudo o que ela faz tem um motivo especial, e esse
motivo só nos é apresentado muito tempo depois. Ela não parece mais a Lisbeth fodona, mega inteligente e independente dos outros livros, e isso me
decepcionou um pouco.
Lisbeth estava acostumada a resolver os problemas do seu próprio jeito. – página 160
Um ponto positivo desse livro, é que finalmente
conhecemos a irmã gêmea de Lisbeth, Camilla, quem eu adoraria desconhecer,
agora que já finalizei o livro. Ainda estou um pouco revoltada com o que ela
fez, e sentindo saudades de um personagem que não tem destaque algum na série,
mas que tornou-se o meu favorito simplesmente por estar lá.
Outro personagem que merecia mais destaque é August, um garotinho autista com uma
inteligência que supera até mesmo a de Lisbeth,
e que corre perigo durante o livro todo, deixando o leitor com o coração na
boca. Não achei que ele fosse tão importante no início, afinal, era o pai dele
quem tinha um xis marcado na testa, mas acontece que August se mostra mais interessante a cada página, e também, mais
importante.
Como disse antes, a escrita do autor é mais rápida
e simples, apesar de parecer que ele tentava copiar a de Stieg em alguns pontos. David
pecou com os personagens, e infelizmente, me deixou um pouco mais confusa do
que Stieg costumava deixar, então o
livro não foi lá uma leitura maravilhosa. O grande número de personagens também
contribuiu para fazer eu me sentir um pouco lerda enquanto lia, e eu fiquei
surpresa com a aparição de Pernilla,
filha de Mikael que só deu as caras
no primeiro livro. Para ser sincera, nem lembrava que ele tinha uma filha, já
que o autor não a mencionava.
“Vivemos num mundo doente, Mikael. [...] Um mundo em que para você se manter saudável você precisa ser paranoico.” – página 330
Enfim, A
garota na teia de aranha é um livro bom, mas, por mais que seja menos
cansativo que os anteriores, fica bem para trás. Já disse que não gostei muito
do final, nem do jeito como as coisas acabaram para alguns personagens, mas vou
parar de reclamar e aceitar o que aconteceu, porque, pelo o que parece, mais
dois livros foram confirmados, então é isso aí.
Oi! Eu não entendi muito bem trata-se de uma série?! Eu não conhecia e achei bem interessante. Sua resenha ficou muito bem escrita, cheia de detalhes e por ser uma continuação entendo a presença de spoilers. E que pena que a leitura não foi tão agradável.
ResponderExcluirBeijos!
asassecretas.blogspot.com.br
sim, é uma série com quatro livros até agora, sendo os 3 primeiros de um autor, e os próximos de outro :)
ExcluirOlá!
ResponderExcluirComo não li os anteriores, só li sua opinião. Acho que darei uma chance por ser uma série de um autor nórdico e lá pra esses lados, há bons autores sempre contando ótimas histórias.
resenhaeoutrascoisas.blogspot.com
espero que você goste dos livros, Kamila ♥
Excluirobrigada, Thalita ♥
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