Andei meio sumida porque não sabia bem o que postar por aqui, e também porque estava empacada em várias leituras e não conseguia terminar nenhuma. MAS, hoje finalizei O navio das noivas, da Jojo Moyes (resenha agorinha <3) e planejo continuar lendo os livros que me empacaram até terminar todos.
Ah, e tem sorteio rolando lá na página do blog e uma no Instagram.
Autora: Jojo Moyes
Editora: Intrínseca
Páginas: 384
Edição: 1
Lançamento: 2016
Sinopse: Austrália, 1946. É terminada a Segunda Guerra Mundial, chega o momento de retomar a vida e apostar novamente no amor. Mais de seiscentas mulheres embarcam em um navio com destino a Inglaterra para encontrar os soldados ingleses com quem se casaram durante o conflito.
Em Sydney, Austrália, quatro mulheres com personalidades fortes embarcam em uma extraordinária viagem a bordo do HMS Victoria, um porta-aviões que as levará, junto de outras noivas, armas, aeronaves e mil oficiais da Marinha, até a distante Inglaterra. As regras no navio são rígidas, mas o destino que reuniu todos ali, homens e mulheres atravessando mares, será implacável ao entrelaçar e modificar para sempre suas vidas. Enquanto desbravam oceanos, os antigos amores e as promessas do passado parecem memórias distantes. Ao longo da viagem de seis semanas — apesar de permeada por medos, incertezas e esperanças — amizades são formadas, mistérios são revelados, destinos são selados e o felizes para sempre de outrora não é mais a garantia do futuro que foi planejado.
Resenha
Difícil não acreditar quando se pensa que não havia como, depois de separados por milhares de quilômetros, continentes e vastos oceanos, estarmos destinados a nos encontrar de novo. – página 11
Após o final da Segunda Guerra Mundial, os países vencedores finalmente puderam
respirar. No ano de 1946, vários
navios partiram da Austrália com
destino a outros países, levando as esposas de soldados estrangeiros (que
haviam se casado com as nativas durante a guerra) para seus maridos. O Victoria era o último deles, e além de
transportar seus oficiais e marinheiros, o porta aviões levaria mais de 600 australianas a bordo rumo à Inglaterra. Aquela seria a última
viagem do navio, e não poderia ter sido mais marcante.
O livro foca em quatro personagens (narrativa em
terceira pessoa) femininas sendo levadas para viver com seus maridos em um
lugar desconhecido, deixando para trás suas famílias e tudo o que lhes era
conhecido. Elas são: Margaret, uma
adolescente grávida; Avice, uma
garota da alta sociedade; Jean, uma
adolescente fogosa sem escrúpulos; e Frances,
uma enfermeira quieta que parecia esconder um grande segredo. As quatro acabam
dividindo uma cabine durante a viagem, e apesar de não se tornarem todas
amigas, passam por muitas coisas juntas.
Além disso, Jojo
também nos traz algumas partes onde fala sobre o capitão do navio e um certo
fuzileiro que conquistou meu coração (e o de uma outra pessoa também). A
história se passa em seis semanas, e mais o prólogo, que acontece vários anos
após a viagem. Achei bem bacana a autora ter explorado os sentimentos das
personagens principais e também de outras mulheres que estavam noivas de homens
praticamente desconhecidos, e que se encontravam na mesma situação. Deixou o
livro mais profundo.
Você?, ele teve vontade de perguntar, incrédulo. Você não começou a guerra. Não foi responsável pelos estragos, pelos membros amputados, pelo sofrimento. Você é uma das coisas boas. É uma das razoes pelas quais continuamos seguindo em frente. Você, de todas as pessoas, de todas as mulheres deitadas aqui, é a única que não tem o que corrigir. – página 211
Maaaas... E esse é um grande mas... Eu demorei para
gostar da história, se me lembro bem, apenas as últimas cem páginas conseguiram
me envolver e me agradar. O resto eu meio que enfiei garganta abaixo, principalmente
o começo. Acontece que a autora dá muitas informações irrelevantes para a
história, e isso acaba deixando a narrativa mais cansativa e enrolada,
demorando muito para chegar num ponto em que o leitor sinta que está fazendo
uma boa leitura.
Eu não consegui gostar das personagens num geral até
quase o final, mas só Margaret e Frances conseguiram fazer com que eu
sentisse alguma coisa, fosse raiva ou afeição. De todas as personagens do livro
todo, eu só consegui gostar do tal fuzileiro mencionado lá em cima (cujo nome
só é revelado na ÚLTIMA página do livro, o que foi uma jogada e tanto) e da Frances, por guardar um segredo tão
pesado e ser julgada por ele. E ela era incrível, além disso.
“Porque não podemos ter passado por tudo isso em vão, não é mesmo? Vamos fazer com que tudo dê certo.” – página 347
Apesar de ser cansativo e trazer muitas informações
e descrições desnecessárias – quem gosta de muito detalhe pode gostar disso – O navio das noivas foi uma boa leitura,
eu adorei o final (até chorei, confesso) e adorei também as mensagens que ele
traz. Me identifiquei com alguns dos sentimentos pelos dos quais as personagens
estavam sentindo e consegui entender seus medos, afinal, elas haviam se casado
com homens de outros países, deixaram suas casas para trás, entraram num navio
e cruzaram o mar para encontrar seus noivos.
E se eles desistissem? E se morressem? E se algo acontecesse?
E se eles desistissem? E se morressem? E se algo acontecesse?
O navio das noivas foi bem construído, bem
pesquisado (a autora fala sobre isso antes da história começar) e alguns
personagens são bem marcantes. Mas não foi uma história AI MEU DEUS QUE LIVRO,
até porque, como eu mencionei lá em cima, demorei muito para conseguir me
envolver com a história e querer continuar lendo. Mas se me lembro bem, o mesmo
aconteceu quando li “A garota que você deixou
para trás”, então acho que é uma coisa da autora mesmo, essas descrições todas.
Felizmente a trilogia Como eu era antes de você fugiu disso...hehe’
Imaginar o desconhecido demandava enorme esforço. De qualquer jeito, era ainda mais difícil pensar no passado. – página 156
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