O garoto que eu abandonei

Oiee pessoas, como vocês estão?

Há alguns dias eu postei aqui no blog a resenha de O garoto que tinha asas, e agora lhes trago a resenha do último livro da trilogia Encantados, da Raiza Varella. Apesar de o segundo livro ter me decepcionado bastante, Gustavo e Marcela deram um show e conseguiram fechar a série com chave de ouro, contando com a ajuda de Bárbara, protagonista do primeiro livro, O garoto dos olhos azuis. Ao clicar nos títulos dos livros anteriores acima, será encaminhado para as resenhas :)

Título: O garoto que eu abandonei

Autora: Raiza Varella

Editora: Independente

Páginas: 450

Edição: e-book

Lançamento: 2016

Série: Trilogia Encantados #3

Sinopse: O que você perdoaria por amor? Gustavo mantinha uma namorada secreta a meses com medo da reação de sua família e principalmente de Bárbara, sua irmã caçula, afinal ele sabia que ela não aceitaria facilmente esse relacionamento por ter um passado com a mulher que ele acredita amar. Quando o segredo vem à tona ele decide se casar com a moça doa a que doer, lançando ao vento um desafio tentador a Bárbara: Afundar o casamento a qualquer custo, mesmo para que para isso ela precisasse colocar o seu felizes para sempre com um certo garoto dos olhos azuis em risco! A solução? Recorrer a uma misteriosa mulher do passado do irmão. Ela não sabe nada sobre a moça misteriosa, a não ser que ela partiu o coração de Gustavo em um milhão de pedacinhos depois o abandonou. Se ele a amou ao ponto de escondê-la de todos será que ficaria balançado se a visse novamente? Marcela é morta por dentro. Uma detetive particular de humor ácido que não tem papas na língua, pesa mais do que gostaria, e guarda dentro do peito uma dor feroz e uma saudade absurda após perder toda a família em um acidente de carro, também é a Branca de Neve de um certo príncipe encantado. Será que ela será a arma certa para impedir o noivo de chegar ao altar?

Resenha - não contém spoilers dos livros anteriores.

Eu não sei se é possível se apaixonar duas vezes pela mesma pessoa, ou se nunca chegamos a esquecê-la, mas, naquele momento, não importava. Eu o amava.

Quando o segredo de Gustavo foi revelado, sua família lhe virou as costas. Isso porque Camila não era bem o que eles queriam como cunhada, e o fato de ela ter tentado arruinar o relacionamento de Bárbara com Ian não ajudou muito. Mas o rapaz estava cego por um amor que ele não merecia, e não iria ouvi-los, ainda que todos soubessem que o verdadeiro príncipe encantado da família merecia muito mais.

Marcela perdeu muito, e depois de viver com a mesma dor e culpa por anos, descobriu como fazer para ter alguma paz: beber. E também, concentrar-se em seus casos e flagras que lhe rendiam uns trocados. Trabalhando como detetive particular, ela se viu sendo puxada pelo passado quando foi contratada para seguir a namorada de Gustavo.

Eu já havia caído do cavalo uma vez, por que não me arriscar novamente?

Apesar de não ter gostado muito do segundo livro dessa trilogia, eu estava muito ansiosa para ler o livro de Gustavo, principalmente por ele ser o meu favorito dessa família de doidos. Gostei bastante do romance entre os personagens, apesar de achar suas atitudes bem idiotas às vezes...haha’ por que o pessoal demora tanto para perceber algo que está tão na cara?!

Pelo amor de Deus, acaba com o casamento do meu irmão! Essa é a única coisa que me vem à cabeça. - Bárbara

Gostei também de ver que a autora expandiu um pouco a narração, abrangendo mais personagens do que aconteceu nos livros anteriores. Deu uma dose ainda maior de humor, e deixou o livro ainda melhor. Só não consegui engolir a Anna, protagonista do segundo livro. Quem leu a minha resenha de O garoto que tinha asas viu que eu tive problemas em gostar tanto dos personagens quanto do livro, mas, felizmente, com O garoto que eu abandonei a situação mudou.

Marcela e Gustavo foram muito bem desenvolvidos, suas perdas e dores são sentidas pelo leitor, assim como seus medos e inseguranças. Os outros personagens (protagonistas dos outros livros) também aparecem por aqui, para matar a saudade, mas quem chega para marcar presença é Bárbara, que traz momentos reflexivos e outros divertidos consigo, me fazendo ter saudades do primeiro livro.

“Só temos o nome, uma foto que peguei em uma das redes sociais dela e o endereço. Mas não tem erro, assim que você ver um idiota inútil com cara de apaixonado com um metro e oitenta, cabelos e olhos castanhos e um nível de burrice que ultrapassa qualquer limite, vai saber que é meu irmão. Ah, ele também tem covinhas fofas, não que isso compense o resto. ”

O final da história me deixou um pouco surpresa, e eu até que gostei da forma como as coisas acabaram, mas achei que a autora poderia tê-lo desenvolvido melhor, abordando o assunto um pouco antes, para não parecer que foi simplesmente jogado na cara do leitor sem mais nem menos.

Essa é uma trilogia que definitivamente deixará saudades, tanto no quesito personagens quanto no da escrita da Raiza, que é muito divertida, leve e rápida. Contudo, assim como aconteceu com o livro anterior, aqui a revisão deixou a desejar, mas deu uma melhorada, o que é um ponto positivo.

Já estou com saudades dos meus príncipes dos cavalos brancos e minhas princesas não-indefesas. Já é uma trilogia que, apesar dos apesares, chegou na minha estante para marcar presença e conseguiu me marcar também, seja pelos momentos divertidos, os reflexivos ou até mesmo os que me faziam suspirar. Já quero mais!