Wink Poppy Midnight

Oiee pessoal, tudo bem com vocês?

Wink Poppy Midnight chegou há poucos dias, e como eu adorei a capa (confesso) corri para lê-lo antes dos outros livros, que também chegaram. Só que eu acabei me decepcionando um pouco, e vou contar por quê.

Título: Wink Poppy Midnight

Autora: April Genevieve Tucholke

Editora: Galera

Páginas: 224

Edição: 1

Lançamento: 2017

Sinopse: Wink é a nova vizinha esquisita e misteriosa, com seus cachos ruivos rebeldes, suas sardas e suas roupas estranhas. Poppy é a rainha do ensino médio, com seu cabelo loiro perfeito, sua beleza estonteante e sua grande habilidade para a manipulação e crueldade. Midnight é o menino doce e inseguro que se vê entre as duas. Wink sabe contar muitas histórias de cor. Ela está ciente de que todas elas precisam de um herói para derrotar o vilão. Poppy não acredita em histórias. Ela acredita acima de tudo, em si mesma e acha que pode conquistar e derrotar qualquer coisa. Midnight até acredita em histórias, mas ele está certo de que nunca vai ser protagonista de nenhuma, mesmo que Wink pense o contrário. Ele não é bom em nada. Poppy é a rainha da escola. Wink é a menina excluída que parece viver em um mundo particular e fantasioso. Midnight é o garoto preso entre elas que se vê obrigado a lidar com as consequências de um trote sombrio. Mas o que realmente aconteceu? Alguém sabe a verdade. Alguém está mentindo. Mas quem?

Resenha

Todas as histórias mais esquisitas são verdade. – página 48

A família Bell é estranha. A Sra. Bell deixa os filhos andarem por aí desarrumados e fazerem o que bem entendem, enquanto ela lê cartas de tarô e mãos. Depois de o irmão mais velho ter ido embora – para a Amazônia, dizem os boatos – Wink é a mais velha, e como tal, cuida dos irmãos mais novos, os quais ela chama de Órfãos, por não terem pai. Ela é fissurada por contos de fadas, e em sua cabeça, é o que a vida é: um conto de fadas. Sendo assim, teremos o herói, o vilão e.... Quem é o terceiro elemento?

Poppy é o que mais se aproxima de uma vilã. Mimada, princesinha dos pais, manipuladora, perfeitinha... O que ela tem de belo, também tem de ruim. Acostumada a ter todo mundo na palma da mão, ela esconde a paixão secreta e obsessiva pelo mais velho dos Bell, e tenta se contentar com Midnight, um dos garotos que praticamente correm atrás dela. Até que ele começa a se afastar...

Midnight está tentando se acostumar com a falta da mãe e do irmão mais velho, Alabama. Ambos foram para a França, sem mais nem menos, deixando para trás ele e o pai. Apaixonado por Poppy desde que se lembra, ele decide que está cansado de estar sempre correndo atrás daquela que escolhe quando vai lhe dar atenção, e ter Wink Bell por perto (sua nova vizinha) parece ajuda-lo a esquecer a dona de seu coração. Mas Poppy não está acostumada a perder.

Quando se olha demais para a escuridão, a escuridão olha de volta para dentro de você. – página 101

Eu não sabia bem o que esperar deste livro, mas comecei a lê-lo assim que ele chegou, tanto por ter uma capa linda quanto pela sinopse; eu estava ansiosa para saber o que havia acontecido, e mais ainda em saber quem estava mentindo. Mas foi uma leitura bem arrastada, porque eu não consegui gostar nem torcer por nenhum dos personagens, e minha decepção foi maior quando percebi que tinha conseguido adivinhar o que ia acontecer já no começo.

Poppy é um pé no saco, e eu realmente não consegui entender por que Midnight era tão fissurado nela, ou por que deixava-se ser um mero fantoche dela. Achei interessante o livro ser narrado pelos três personagens principais, porque pelo menos assim eu pude conhecer a Poppy que os outros personagens não conheciam. Ainda assim, eu tive muita raiva dela por ser tão má a ponto de beirar o patético. É com um pouco de felicidade que digo que, quando fechei o livro, já não me sentia mais assim em relação a ela.

Em relação a Wink, eu não gostei nem desgostei. Ela era quieta demais, falava coisas sem sentido e só pensava em contos de fadas, o que me deixou com um pouco de medo – confesso – e também incomodada. Do nada, Midnight estava fissurado e estava sempre com ela, e, na maioria das vezes, eu me perguntava o que Wink estava fazendo naquela história.

Decidi mostrar o palheiro a Midnight. O palheiro é onde os fatos acontecem e as tramas se desenrolam, e eu queria que os fatos acontecessem e as tramas se desenrolassem. – página 51

E Midnight era um pobre coitado que ora ia atrás de Poppy, ora de Wink. Faltou um bocado de personalidade para que ele conseguisse ao menos conquistar minha afeição, mas como ele só fazia o que as duas meninas – paralelamente – queriam, praticamente nem dei bola para ele. Tudo bem que ele era tímido e inseguro, mas dizer “não” de vez em quando ou ter pelo menos um pouco de bom senso teria ajudado, né?

Eu me sinto MUITO estranha quando vejo que sou uma das poucas – ou a única – pessoa a não gostar de um livro. Estou me sentindo exatamente assim agora, pois vi que Wink Poppy Midnight ganhou quatro estrelas de várias pessoas no skoob, mas comigo, só duas. Eu não consegui gostar da escrita da autora, nem dos personagens e nem do rumo que a história tomou, muito menos do final – achei um pouco exagerado. Foi um livro que eu meio que empurrei com a barriga, e felizmente, ao menos para mim, é um livro pequeno.

Uma pena, pois eu realmente queria ter gostado do livro. Achei a capa simplesmente linda, e a editora caprichou na revisão – normalmente eu consigo encontrar algum erro na revisão, mas aqui, não -, mas não deu. Talvez agrade outros gostos e outras pessoas, mas não funcionou comigo.