Simplesmente o paraíso

Oiee pessoas ♥

Simplesmente o paraíso chegou ontem, mas eu estava tão ansiosa pela sua chegada (e com tantas saudades dos livros da Julia) que o devorei...e, bem... Cá estamos \0/

Título: Simplesmente o paraíso

Autora: Julia Quinn

Editora: Arqueiro (cortesia)

Páginas: 272

Edição: 1

Lançamento: 2017

Série: Quarteto Smythe-Smith #1

Sinopse: Honoria Smythe-Smith é parte do famoso quarteto musical Smythe-Smith, embora não se engane e saiba que o dito quarteto carece sequer do menor sentido musical e tem esperanças postas que esta seja a última vez que se submeta a semelhante humilhação. Esta será sua temporada e com um pouco de sorte conseguirá um marido.
Durante um jantar, põe seus olhos em Gregory Bridgerton, um dos mais jovens da família Bridgerton. Sabe que não está apaixonada, mas ele parece uma opção mais que válida.
Marcus Holroyd é o melhor amigo do irmão de Honoria, Daniel, que vive exilado na Itália. Ele prometeu olhar por ela e leva suas responsabilidades muito seriamente. Odeia Londres e durante toda a temporada, permaneceu vigilante e intermediou quando acreditava que o pretendente não era o adequado. Honoria e Marcus compartilham uma amizade, pouco atípica, fruto dos anos que se conhecem e que o torna parte da família.
Entretanto, um desafortunado acidente faz que ambos repensem sua relação e encontrem a maneira de confrontar o que surge entre eles, se tiverem coragem suficiente.

Resenha

Honoria Smythe-Smith faz parte do quarteto Smythe-Smith do ano de 1824, mas ela já tinha passado pela tortura de se apresentar perante a sociedade londrina antes, e, mesmo sabendo que tanto ela quanto suas primas eram horríveis (Iris e Sarah nem tanto), o recital era uma tradição familiar, portanto, não poderia não se apresentar.

Tanto ela quanto as primas têm esperanças de estarem noivas até o final da temporada, pois logo serão consideradas solteironas e, caso se casem, se livrarão da humilhação, também conhecida como recital, que se aproxima.

Marcus Holroyd cresceu numa casa vazia, a mãe e o pai tão ausentes que ele convivia mais com os tutores do que com a própria família. Mas sua solidão teve fim quando conheceu Daniel Smythe-Smith e passou a frequentar a casa do amigo. Agora, já adulto e sendo um conde, ele cumpre a promessa que havia feito ao melhor amigo, exilado na Itália após um escândalo: a de tomar conta de Honoria, a irmã mais nova de Daniel, e impedi-la de se casar com oportunistas e idiotas em geral. Com a nova temporada chegando, ele terá que ficar em Londres (mais uma vez) e vigiar Honoria, mas as coisas vão sair um pouco dos trilhos...

Eles nem se viam muito nos últimos anos, a não ser nas últimas semanas, é claro, mas Honoria sempre soubera que ele estava ali. O mundo era um lugar melhor só por saber que Marcus estava nele. – página 113

Um encontro inesperado no meio da chuva e um acidente fazem com que Marcus fique doente, e, sentindo-se culpada e mortalmente preocupada (afinal, ele era seu amigo e o melhor amigo de seu irmão), Honoria arrasta sua mãe até a mansão do conde, e lá elas tentam ajudá-lo a se recuperar. Maas, claro, passar alguns dias tão próxima de Marcus fará com que Honoria sinta coisas que nunca sentiu antes, e nós, amantes de romances, vamos nos divertir muito com isso.

Eu furei a fila, confesso. Tinha uma pilha de livros para serem lidos, mas no momento em que abri a caixa de papelão que a editora enviou, e vi o livro (com sua capa tão linda e premissa chamativa) não resisti e fui lê-lo. Devia ter enrolado, principalmente para fazê-lo durar mais, mas não consegui. Devorei tudo de uma vez, e quando percebi, já tinha acabado e queria ler os outros três.

Honoria via além de tudo aquilo, além do isolamento dele, dentro da solidão de Marcus. Ela vira isso – não, ela vira ele – de um modo que nem o próprio Marcus compreendia. Marcus não percebera quanto sua vida era solitária até Honoria voltar a fazer parte dela. – página 161

Os personagens são maravilhosos, e eu, sinceramente, não sei como a autora consegue criar e desenvolver tantos! Não só Honoria e Marcus, mas também os familiares (principalmente as primas, que protagonizarão os próximos livros), e somos presenteados com a presença dos Bridgertons aqui (só Colin e Gregory, mas já é alguma coisa...haha’). Gostei tanto dos personagens principais que virava as páginas sorrindo que nem idiota (só percebia que estava sorrindo bem depois), e várias vezes, reli algumas só para rir mais uma vez ou sorrir de novo. É cada situação, cada comentário! Meu Deus, Julia Quinn é um gênio dos romances de época e do bom humor.

A forma como Honoria e Marcus agem quando estão perto um do outro é tão apaixonante! Ele é bem-humorado, mas só na presença dela. Do contrário, parece mal humorado e carrancudo, principalmente quando está tentando afastar os pretendentes dela. E eu confesso, mal via a hora de ele mesmo se tornar um deles...haha’ só fiquei surpresa quando os dois foram percebendo que os sentimentos em relação ao outro estavam mudando, pois não imaginava que ceeertas coisas iriam acontecer.

Tocou os lábios com os dedos, como se de algum modo pudesse senti-la ali. E sentiu. Era a coisa mais incrível. Ainda sentia o biejo dela. Sua boca ainda pulsava com o toque dos lábios dela. Honoria ainda estava com ele. E Marcus tinha a estranha sensação de que sempre estaria; - página 152

A escrita da autora continua impecável, como sempre. E, mais uma vez, apaixonante! (não me canso de usar essa palavra quando falo sobre seus livros). Não faltam momentos onde a autora mostra a importância da família, seja com Honoria e as tradições (horríveis e humilhantes) de sua família, ou com Marcus, que sempre considerou os Smythe-Smith como sua família, já que crescera num ambiente tão frio e hostil. A amizade também se faz muito presente aqui, principalmente entre as meninas do quarteto, e um pouco com Daniel e Marcus... e, bem, Honoria.

Eu amei esse livro, sem mais. Estou doida para ler os próximos, principalmente porque já estou com saudades dos personagens, e doida para ver Sarah e Iris se apaixonando e deixando o quarteto que tanto odeiam...haha’ e também porque estou imaginando se vou encontrar mais algum Bridgerton no meio das histórias, e realmente tenho esperanças de que isso aconteça.