Preparados para conhecer um livro intensamente belo? A Carol Castro leu o livro Dupla Exposição, publicado pela editora Anfiteatro (Rocco) e trouxe suas impressões. Vamos conhecer a obra?
Título: Dupla Exposição
Autoras: Paloma Vidal, Elisa Pessoa
Editora: Rocco (Anfiteatro) - cortesia
Páginas: 106
Edição: 1
Lançamento: 2016
Autoras: Paloma Vidal, Elisa Pessoa
Editora: Rocco (Anfiteatro) - cortesia
Páginas: 106
Edição: 1
Lançamento: 2016
Sinopse: Com histórias de Paloma Vidal e imagens de Elisa Pessoa, Dupla exposição tem sua melhor definição nas palavras de Maria Esther Maciel, que assina o texto de introdução do volume: “um ousado experimento narrativo-visual, no qual os aspectos sensoriais da escrita se intensificam nos matizes e no movimento cromático das imagens, sem que estas fiquem a serviço daquela e vice-versa”. O livro inaugura a coleção Duplex, um espaço para obras que promovem o diálogo entre diferentes formas narrativas, dentro do selo Anfiteatro. Passeando por temas como memórias de infância, cenas do cotidiano, registros de sonhos e viagens, os contos e as imagens se potencializam mutuamente, num jogo de afinidades e dissonância, aproximações e desvios que resulta numa instigante experiência de leitura.
Obs.: Se quiserem ler ouvindo música, indico: [Céu – A Menina e o Monstro]
*
Sinto não ter feito uma resenha como dos outros livros, esse é diferente, é poético, é lindo, é sensível, é você querer ser amigo de pessoas assim, de viver as suas vidas, de ser o observador atento, de pensar em sair pra ver a vida lá fora mesmo na chuva, de ouvir músicas que te façam querer dançar por dentro. Sinto não resenhar como romances complicados, sinto se esperou por ela assim, e peço por favor, leiam, leiam-na, leiam o livro, leiam até ficarem extasiados, porque lendo uma vez nunca mais o esquecerão.
“A gente é permeável ou impermeável?”
Acho que depois de ler essa belíssima compilação de histórias, que eu também fiz parte, já não sei dizer se sou ou não impermeável. No começo (se não estiver acostumado com esse tipo de leitura) achei meio estranho, eram pessoas falando de pessoas que, ao mesmo tempo, eram personagens, mas eram reais; e você vai amá-los e querer ser amigo deles, vai querer ver de longe, de perto, sê-los; ser essa vida, esse momento, mas não vai poder e vai sofrer como eu sofri por só poder ler. É tão bonito, poético e simples.
“Tudo aqui parece irreal”
A viagem que se faz junto com as pessoas, os lugares... Já começo a sentir falta de ver o mundo através dos lindos olhos de Elisa Pessoa e Paloma Vidal, nada do que você ler aqui e lá (o livro) vão te deixar, mas vão ir e farão com que se sinta feliz por ter lido, e triste ao mesmo tempo, porque ver Srta. Moore e não querer se parecer com ela seria loucura; ou se sentir molhada naquela piscina de raias disputadas lhe dará perguntas que não se respondem facilmente. Talvez inventar um filho para ir a uma exposição e poder dialogar/refletir com você mesma seja mais fácil depois do “Sun in an Empty Room”, e saberá que mesmo depois de partir, não vai acabar, porque aquilo que leu parecia uma cena teatral, mas só porque a que vós escreve tem uma alma pra atuações, e poderia ser muito bem qualquer conversa (não qualquer daquelas frívolas, mas qualquer daquele tipo que te chora por dentro, que vai sem ir), e agora o “que” se faz mais presente que o “se”.
Talvez o leitor tenha se sentido perdido, e quis parar de ler essa resenha que não lhe fala nada sobre o livro, mas se só um pouco tiver te tocado, gostaria de dizer que a mãe que levou seu filho para ver os esquilos não conseguiu, porém vieram pássaros e eles riam junto com a criança que comia biscoitos. É O LIVRO MAIS LINDO QUE LI.
Só elas podiam dizer como foi ser alguém lá fora, mesmo quando não conseguiam dizer seu nome direito porque já não era mais “Santos” e sim “Santós”, lá falavam em francês, e ele só esperava a carta de um pai, que o carteiro com um bigodinho ridículo não lhe entregará, foi difícil e no fim todos olhavam para o chão.
Margo, um nome tão legal quanto esse não poderia passar por tantas coisas como aqui em Dupla Exposição, entretanto passou, e mesmo não indo, foi, e levou consigo álbuns vermelhos da Kodak, máquina fotográfica, guia Michelin de 35 anos atrás, e um casaco com um caderno de anotações no bolso, e esqueceu todos eles porque foi ouvindo atentamente o guia de humanos/ovelhas durante todo o caminho.
Às vezes penso que livros assim deveriam vir com uma notinha de rodapé te dizendo: “Não se apaixone, somos apenas livros”, é inevitável ver como pessoas incríveis escrevem para te conquistar e quando acabam parece que levaram sua alma embora, só não chorei porque não queria estragar as páginas. E, mesmo depois daquele tempo para escrever a resenha, eu ainda não sei se ela sairá seca.
Carol Castro
Ótima Resenha!
ResponderExcluirO livro é bem curtinho e parece ser uma leitura muito boa! Fiquei interessado. Lerei com certeza no futuro.
Att,
Gabriel Jose
Blog Combo Pop
http://blogcombopop.com.br/category/livros/
Nossa, sua resenha faz a gente viajar pra dentro da história! Muito sensivel e uma combinação profunda entre escrita e desenho. Deu vontade de experimentar!
ResponderExcluirAbração, Drica!
Nossa, sua resenha faz a gente viajar pra dentro da história! Muito sensivel e uma combinação profunda entre escrita e desenho. Deu vontade de experimentar!
ResponderExcluirAbração, Drica!
Olá,
ResponderExcluirPela sua resenha fica nítido o quanto gostou do livro. Infelizmente, o livro não me chamou a atenção, gosto de livros sensíveis e tocantes, mas por algum motivo esse livro não me atraiu :/
Beijos,
http://entreoculoselivros.blogspot.com.br/
Uau... Isso que é ser tocada por um livro. Sua resenha foi diferente das anteriores? Sim, mas foi feita de forma belíssima, focando em seus sentimentos e nos deixando com vontade de ler e descobrir como uma obra te fez sentido dessa forma.
ResponderExcluirOii, tudo bem?
ResponderExcluirInfelizmente dessa vez a obra em si não despertou meu interesse, mas parabéns pela resenha, fico feliz que ele tenha te contato tanto!
Beijinhos da Morgs!
Olá,
ResponderExcluirFiquei confusa com a resenha kkkkkkkkkkkkkk
Não sou muito de fazer leitura de tal gênero e fiquei meio desnorteada com a forma que a resenha foi escrita, mas achei bem interessante e me deixou um pouco intrigada para conhecer um pouco mais sobre uma obra tão bela e tocante.
http://leitoradescontrolada.blogspot.com.br/
Olá,
ResponderExcluirAdorei o seu jeito de escrever essa resenha, conta tanta poesia. Achei incrível. Não consegui saber claramente sobre o que fala o livro, mas consegui entender o que se passa em alguns trechos. Fiquei bastante curiosa até por causa da sua resenha mostrar o tanto que você se apegou a ele. Vou adicioná-lo na lista de desejados com certeza kkk'
Beijos,
Delírios Literários da Snow
Olá!
ResponderExcluirSua resenha ficou maravilhosa, amei as suas divagações, deram um toque super especial ao que você escreve! Acho que vou seguir a sua dica e ler essa obra que parece ter te conquistado tanto, espero me apaixonar também.
Beijos.
Amo livros com toques mais poéticos, trazem uma leveza no mesmo tempo que nos abalam com a realidade e isso é lindo. Essa resenha ficou maravilhosa, parabéns.
ResponderExcluirÉ, definitivamente não é o meu estilo, foi até difícil compreender a resenha rsrs. Mas, que bom que o livro te conquistou de tal maneira. :)
ResponderExcluirOi Carol, é o livro definitivamente não é pra mim, e pra falar a verdade, nem o conhecia, mas a sua resenha está linda e foi lindo ver a forma como o livro te envolveu.
ResponderExcluirbeijos