Eve & Adam

Título: Eve & Adam

Autores: Michael Grant e Katherine Applegate

Editora: Novo Conceito

Páginas: 272

Edição: 1

Lançamento: 2014

Sinopse: Eve & Adam - Filha única da poderosa e fria geneticista Terra Spiker, Eve fica entre a vida e a morte depois de sofrer um acidente de carro. O processo de cura no misterioso laboratório Spiker transcorre com uma rapidez impressionante, o que desperta a curiosidade da menina. Antes que Eve estreite os laços com Solo, um rapaz que compartilha segredos com a corporação, a Dra. Spiker lhe propõe um desafio: Eve terá a chance de testar, em primeira mão, um software desenvolvido para manipular gens humanos. Ela poderá criar um namorado sob medida! Mas brincar de Deus tem consequências, e agora Eve vai descobrir até que ponto existe perfeição.

Resenha

Lembro que tinha curiosidade de ler esse livro desde que criei o meu skoob, mais ou menos pouco tempo depois da criação do blog. Encontrei a capa de Eve & Adam por um acaso e me apaixonei por ela, então fiquei aguardando ansiosamente que alguma editora o publicasse aqui no Brasil. Quando soube que a Novo Conceito o tinha acrescentado em seu catálogo de lançamentos, fiquei muito animada para ler, porém essa animação foi diminuindo cada vez que eu lia alguma resenha negativa dele, que eram praticamente todas. Bom, minhas expectativas não eram tão altas, e eu fico feliz por não ter esperado tanto do livro, ou acabaria me decepcionando muito mais.

Paro para pensar. Todo mundo devia ter defeitos. Não é isso que nos torna interessantes? Não é isso que nos impede de sermos cópias uns dos outros? – página 75

Eve se distraiu com uma maçã quando sofreu um acidente que acabou dilacerando sua perna. Ela observava aquela fruta vermelha quando um carro a acertou, e quando percebeu, estava no chão. Os acontecimentos após o acidente eram como um borrão, sua corrente sanguínea estava cheia de morfina e ela não se lembrava de muita coisa, a não ser que um rapaz desconhecido a tirara do hospital e a levara para a Spiker Biopharmaceuticals, unidade de pesquisa de sua mãe.

A Dra. Terra Spiker é conhecida pelos funcionários como Terror, uma mulher fria que se acha superior aos outros, como se estivesse numa nuvem, acima de todos. Ela não parecia se importar muito com a filha, mas ao saber do acidente, mexeu seus pauzinhos para que Eve tivesse alta no hospital e fosse para o centro de pesquisas, onde seria tratada adequadamente. Poucos dias após sua internação, a perna de Eve, que deveria parecer destroçada, estava lisa como se nunca tivesse sido esmagada. O que acontecera?

Poderia dizer que Terra me criou, mas isso não estaria certo. Ela não é uma mãe para mim. Ela me dá um lugar para viver, estudo e um emprego no laboratório. Ela me tolera. – página 26

O ponto alto do livro é quando a Dra. Spiker dá uma tarefa para a filha, que consiste em usar um programa novo para criar um ser humano perfeito, e Eve passa grande parte de seu tempo trabalhando em Adam, seu namorado perfeito. Por mais que essa parte tenha sido bastante interessante, acredito que poderia ter sido trabalhada mais a fundo, pois as coisas aconteceram rápido demais, e um assunto inteligente como este poderia render três ou mais livros. O mesmo com as modificações genéticas que a Spiker Biopharmaceuticals faz. Não são coisas que a gente vê em muitos livros, e foi meio que uma novidade para mim, mas uma novidade que passou tão rápido que eu não pude nem mesmo apreciar.

Os personagens também não são lá tanta coisa. O único que me chamou a atenção foi Aisling, melhor amiga de Eve, e “má influência”, de acordo com Terra. Ela é uma personagem divertida que parece não ter medo de nada, se arrisca pelo namorado traficante e está ao lado de Eve mesmo quando a amiga pisa na bola. Solo também é interessante, porém eu esperava mais ação da parte dele.

O livro é curto e flui rapidamente, porém, como eu disse anteriormente, poderia ter sido mais explorado, principalmente o final. Acredito eu que todo mundo goste de um final feliz, mas Eve & Adam tem um final feliz tão jogado e sem nada que eu preferia um final triste. Tudo acontece muito rápido e várias coisas ficam sem respostas. O que acontecerá com o centro de pesquisas? Com Adam? Com a própria Eve?

Enfim, é um livro bom, mas eu fiz bem em não criar muitas expectativas para ele. A história é boa e trata de um assunto interessante, porém ele ficou meio no ar e não foi tão explorado quanto deveria.

“...Não, mas podemos tentar. Afinal, o que estou fazendo aqui? Eliminando todas as imperfeições? ... Mas quem pode dizer o que é perfeito?” – página 150