Justa Causa

Recebi esse livro através do book tour realizado pela autora, Gislaine Oliveira, e queria primeiramente agradecê-la pela oportunidade de conhecer a obra.

Título: Justa causa

Autora: Gislaine Oliveira

Editora: Clube de autores

Páginas: 162

Edição: 1

Lançamento: 2014

Sinopse: Justa causa - Déia vai trabalhar em uma grande empresa e conhece Diego, o senhor multinacional. Ele é lindo e ela se apaixonaria fácil por ele se não fosse apaixonada pelo Lucas seu ex. E se, o chefe não fosse tão arrogante. O que acontece porém é que os dois terão que dividir o mesmo escritório e no meio de tantos papéis e documentos acabam descobrindo que tem muito em comum.

Resenha

... Virei para trás. Ah não. De novo não. Na terceira dá justa causa. – página 15

Andréia, ou Déia, tem 18 anos e está prestes a trabalhar em seu novo emprego. Ela é uma romântica que ainda está apaixonada pelo ex-namorado, Lucas, e manda mensagens para ele dia e noite como uma maluca, implorando para que eles voltem e dizendo que sempre estará lá para ele. O rapaz nunca responde, mas ainda assim, ela continua insistindo. As coisas mudam um pouco de rumo quando Diego entra em sua vida, seu chefe, sobrinho do dono da empresa. Diego é um homem que arrasa corações por onde passa, mas de alguma forma, ele parece ter se interessado pela protagonista, que aos poucos, vai se rendendo aos encantos do rapaz.

Definitivamente não. Só que o cara era um gato, não dava para negar. Aquele sorriso. Aquela barba por fazer, aquela pele tão branca. Uau. Pensando bem, eu poderia me apaixonar tranquilamente por ele. – página 8

Achei a personagem um pouco infantil para alguém que já tem 18 anos, ela age como boba às vezes e se precipita, mas o bom é que é muito divertida. O livro é narrado em primeira pessoa, e como a personagem é uma louquinha, a história fica mais divertida. O ruim é que os pensamentos dela se misturam muito com os acontecimentos, deixando o leitor um pouco confuso em algumas partes, mas rir com Déia foi muito bom. O fato de ela ficar correndo atrás de Lucas também me irritou um pouco, principalmente quando ela tinha Diego ao seu lado, ou Di, como ela passou a chamá-lo já no início. Não muito profissional, já que ele era seu chefe, mas chega a ser engraçado, já que ele parece não se importar.

Porque a gente era feliz. Eu acho. Eu era. E porque eu não consigo acreditar que uma pessoa possa simplesmente acabar tudo desse jeito. – página 13

Posso desmaiar? Posso beija-lo? Que homem é esse meu Deus? Eu fiquei ali, parada, olhando para ele. – página 53

Assim como muitos outros livros de comedia romântica, no início um dos personagens não se interessa muito pelo outro, e foi o mesmo com Justa Causa. Déia se sentia incomodada com o Senhor Diego a seguindo e atormentando sua vida, principalmente nos primeiros momentos, quando ele insistia para que o chamasse de senhor, mas aos poucos, passou a considera-lo um amigo (e acreditava que ele era gay), e logo mais, um possível namorado. É claro que sua mente fértil imaginava centenas de coisas, uma mais romântica que a outra.

Mas que capricho hein? Era o cara que ficava me perseguindo. Que droga. Só porque eu não o chamava de senhor? Me poupe. Senhor era meu pai. Ele era um menino de barba. Se fosse homem, não ficava atormentando a vida das próprias funcionárias. – página 20

Você poderia me cansar. Ah, poderia mesmo. Eu gostaria que meu chefe me cansasse. Aquela noite foi quase impossível dormir. A visão de um Di me pedindo em namoro com flores e bombons não saia da minha cabeça. – página 98

Justa causa tem um quê de livro hot, mas não é um daqueles livros que têm cenas de sexo a cada duas páginas. Na verdade, são pouquíssimas as partes em que os personagens fazem mais do que se beijar, mas achei que seria bom mencionar. Uma coisa que me incomodou muuito foram os erros, um mais grotesco que o outro. Um ou dois dá até para deixar passar, mas aqui foi impossível, e erros realmente me incomodam, então o livro ficou um pouco cansativo por conta disso, por mais que tenha menos de duzentas páginas.

Nossa. Aquilo era uma mudança no tom da conversa. Ele disse aquilo tão sério, olhando tão fundo dentro dos meus olhos, que poderia até soar como uma ameaça. Mas se foi a intenção, não deu certo. Aquilo para mim pareceu sexy demais para ser uma ameaça. – página 34

Justa causa é um livro fofo, divertido e bom para passar o tempo, mas não me conquistou. Não consegui gostar de nenhum personagem, achei Diego um pouco forçado e Déia não é nem de longe uma das melhores personagens que eu já conheci. Gosto bastante de clichês e comédias românticas, mas realmente, Justa Causa não me conquistou. Acho que fui uma das poucas pessoas que deram nota baixa para o livro, e estou me sentindo um alien por conta disso, mas não o leria novamente.

Não importava Lucas, não importava Cintia, não importava a falta de dinheiro. Não importava diferença de idade, nem nada. A única coisa que importava, é que éramos apenas nós dois ali. Eu, ele, e o resto construíamos. – página 156