Na escuridão dos dias

Título: Na escuridão dos dias
Autora: Cristina Deutsch
Páginas: 209
Edição: E-book
Lançamento: 2015
Sinopse: Na escuridão dos dias” é uma ficção histórica que traz como cenário a Guerra de Secessão da Iugoslávia. Quando nacionalistas tentaram impedir que a Bósnia-Herzegovina se separasse do que restou da antiga Iugoslávia em Abril de 1992. Milla, uma menina ruiva e Sardenta, ainda tão pequena precisou conviver com os martírios causados por esse evento. Ao findar a fase sangrenta em seus país ela percebe que sua vida não seria mais como antes, ao conhecer a omissão e deslealdade. Alguns anos se passaram e Milla já adulta encontra o que toda mulher sonha: o grande amor da sua vida, e com Fateen viverá uma paixão que terá altos e baixos, e descobrirá no momento certo toda a verdade sobre seu passado, e, essa revelação mudará suas prioridades.

Resenha

A guerra de Secessão da Iugoslávia tirou tudo de Milla: sua família, sua casa e sua liberdade. Ela perdeu os pais e, quando as coisas finalmente se acalmaram, precisou viver com o tio, Branko e sua tia Elina, além de suas duas primas, que a tratavam como uma Cinderela, e por consequência, não era tão bela quanto as outras. Mas isso nunca a impediu de viver, pois ela havia ganhado uma nova chance e estava disposta a aproveitá-la. Uma chance que seus pais e milhares de pessoas não tiveram: a liberdade.

Dizem que todos têm o direito de lutar por aquilo que acha mais vantajoso para si próprio e para os seus e foi o que fizemos, lutamos pelo nosso direito de liberdade, independência e perdemos tudo o que nos era mais valioso.

Milla carregou a marca e as consequências da guerra dentro de si durante todo o livro, e eu fiquei feliz em ver que ela foi amadurecendo e lutando cada vez mais, porém algumas atitudes suas me deixaram um pouco decepcionada como leitora. Ela conhece um homem rico, e, após muita insistência do que sobrou de sua família, acaba se casando com ele. Milla é muçulmana e segue uma cultura, e o homem também, mas é uma cultura diferente da que ela está acostumada, e sabendo como o mundo é e como as mulheres orientais são tratadas como lixo, deveria ter imaginado que nem tudo seriam flores para ela. Fateen havia lhe informado sobre suas três esposas, mas Milla achou que eles morariam sozinhos numa casa, sem outras esposas e outros filhos juntos. Também achou que sua opinião valeria de alguma coisa naquele lugar onde todos a odiavam por ela ser estrangeira. Ela se apaixonara por Fateen mesmo após ele ter deixado bem claro ser sexista e conseguir tudo o que queria, inclusive ela.

Tínhamos nossa liberdade de novo, porquanto não sabíamos como usá-la.

Fateen é um personagem tão chato que eu acho que nem vale a pena falar dele, mas ressalto que já esperava tal ações vindas dele só pelo fato de se achar o maioral e tratar suas esposas como propriedades que ele compra e joga fora quando bem entende. Ainda não entendo porque Milla se casou com ele. Ok, era uma escapatória para o serviço de empregada que ela fazia na casa dos tios, mas ela realmente achava que ele era o amor de sua vida, e que ela seria tratada como igual numa região onde a mulher não vale nada?

“Quem não pode com inimigo, deve unir-se a ele”

O livro em si é muito interessante, mas já que a sinopse fala principalmente da guerra e os acontecimentos da mesma não ocupam nem 100 páginas do livro todo, acho que a autora poderia ter abordado mais esse tema, principalmente por ele ser real e deixar o leitor pasmo diante dos acontecimentos. Os personagens secundários não me agradaram nem um pouco, e eu acho que era esse mesmo o objetivo, já que todos eles só faziam coisas ruins com a protagonista, que também não é lá a melhor personagem do mundo, mas que conquista quem está lendo por ser tão forte.

Talvez tenha sido necessário passar por um testemunho tão negativo para eu descobrir o quanto sou forte.

Uma coisa que me incomodou bastante nesse livro é a narração, e os dezenas de erros que eu encontrei nas 200 páginas. Às vezes eu simplesmente não conseguia entender o que estava acontecendo, e fiquei pasma quando vi uma indicação de revisor no fim do livro. Se esse livro foi realmente revisado eu não sei, mas não parece. A narração também não me agradou muito, quase não existem pausas (sem divisão de capítulos), e alguns acontecimentos ocorreram tão depressa que eu ficava perdida de vez em quando e precisava reler a página para entender o que estava acontecendo.
Enfim, é um livro bom, mas ainda tem um longo caminho a percorrer. A história é interessante e realística, eu não sabia que uma guerra como essas tinha acontecido naquele tempo (1992-1995) e ler Na escuridão dos dias foi como uma aula de história, e esse é um ponto positivo. Eu esperava um pouco mais da história e dos personagens, mas foi bom para passar o tempo.



7 comentários

  1. Bom dia Dryh!
    Antes de qualquer coisa, obrigada por aceitar ler e resenhar o livro. Quanto ao texto conter erros, creio que não existe no mercado um completamente correto, sempre passa num texto grande, alguns, isso quase inevitável, todavia acontece, infelizmente. Entretanto, neste caso a falha aqui foi minha, enviei pra vocês parceiros o "rascunho", embora eu creia ter enviado um email, falando a respeito aos parceiros assim que descobrir sobre o incidente. Ao enviar o texto, coloquei lógico os agradecimentos quanto a imagem e a revisão sem observar que estava finalizando o texto errado, por sorte, uma blogueira me escreveu perguntando sobre alguns detalhes e ai, foi quando me dei conta de que o texto que vocês receberam não era o definitivo. Não duvido que venham a encontrar erros digitais, concordância...no livro atual, mas não creio que venham a encontrar tanto quanto vocês, como já mencionado, trata-se do rascunho. Desculpa, minha falha. Gostei de conhecer sua opinião, no entanto, falar somente da guerra iria fazer um livro de história, me baseie em fatos reias, contudo, a maior parte não passa de ficção, além do mais, penso que ficaria muito doloroso só explorar a guerra durante toda a narrativa. Em relação a narrativa, uns escrevem em capítulos, outros não e eu pareço fazer parte dos "outros", ainda sou iniciante e sei que tenho muito que aprender e, por isso toda opinião, seja ela positiva ou negativa é para mim muito importante, mesmo sabendo que não irei agradar a todos. Mais uma vez muito obrigada por dedicar seu tempo ao meu livro, espero que do próximo você goste mais. Tenha um lindo e lido dia!Beijos literários da CD.

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  2. Oi, sua linda!
    Não gostei da capa do livro, mas nem de capa vive um livro. Estou encantada com o enredo. Amodoro livros que têm guerra no meio...
    Conforme fui lendo a resenha, só fiquei mais empolgada, principalmente com a parte do casamento... Talvez, depois de ler o livro, eu fizesse uma leitura diferente da suas, mas não sei, eu não o li... só estou empolgada! :D
    http://www.poesianaalma.com.br/

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  3. Olá,
    Livros desse estilo não combinam muito comigo, mas gostei de saber mais sobre ele!
    Vivi
    http://corujasdebiblioteca.wordpress.com

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  4. Vixe, rsrs, acho que vou passar longe desse livro, não tenho paciência para livros mal revisados, sempre fico com raiva e desisto da leitura...
    www.muchdreamer.blogspot.com.br

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  5. Achei o enredo um pouco conturbado, misturou muitas coisas e a sinopse em si não conseguiu me fisgar, acho que não lerei este livro. Pena que você não curtiu a história em.

    Abraço,
    Diego de França
    http://www.leitorsagaz.com.br

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  6. Olá Dryh!
    Assim que vi a capa e a sinopse do livro eu gostei. Mas quando li o final da resenha me desanimou completamente. Uma pena o livro ter sido tão mau revisado.
    Beijinhos!
    http://eraumavezolivro.blogspot.com.br/

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  7. Oi Dhry!
    Não gostei muito do enredo no geral mesmo, mas como vc disse é uma leitura boa para passar o tempo e como é em ebook, nunca diga nunca, que sabe um dia leia! Beijos
    http://overdoselite.blogspot.com.br/

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