Título: A
ilha de Bowen
Autor: César
Mallorquí
Editora:
Biruta
Páginas: 524
Edição: 1
Lançamento:
2014
Sinopse: Tudo começou com o assassinato do marinheiro Jeremiah Perkins, em um pequeno porto norueguês, e com um pequeno pacote, que ele enviou para Lady Elisabeth Faraday. Mas talvez a história tenha começado quando estranhas relíquias foram descobertas em uma antiga cripta medieval. Foi por causa disso que o mal‑humorado professor Ulisses Zarco resolveu embarcar em uma aventura a bordo do Saint Michel, enfrentando inúmeros perigos e o terrível mistério que envolvia a Ilha de Bowen.
O livro começa com a introdução
de uma expedição chamada Britannia
pelo Ártico. Sir John Foggart era o líder da expedição, e antes de sumir do
mapa, enviou para sua esposa, Lady Elisabeth, um pacote com suas novas
descobertas. Também disse a ela que, caso não tivesse mais notícias suas, que a
moça procurasse o professor Zarco, e
foi o que ela fez.
Após muita discussão, o professor
decidiu que ajudaria a moça a encontrar o marido, junto com os tripulantes de Saint Michel e seu novo fotógrafo, Samuel Durango, um rapaz de vinte e
três anos que já chegara a entrar no meio de uma guerra para bater fotos. Eles
então partem para a maior e mais perigosa aventura de suas vidas à procura não
somente do Britannia, mas também da
Ilha de Bowen, e das misteriosas
relíquias que lá foram encontradas, porém eles não imaginam o que os espera por
lá.
Além de introduzir a primeira
expedição, o autor também nos apresenta ao personagem Jeremiah Perkins, quem foi responsável por enviar o tal pacote à Lady Elisabeth, e sobre como ele foi
morto ao se recusar a revelar o destino final do Britannia. Confesso que achei essa parte um pouco cansativa e
confusa, estava quase deixando o livro de lado quando as coisas começaram a
ficar mais interessantes. Nessa parte também conhecemos o vilão e o mistério
que ronda o Britannia e seu destino.
Essa terra é muito estranha – diário de Samuel Durango, página 404
A Ilha de Bowen foi uma grande
surpresa para mim, não esperava um livro tão complexo e com tantos detalhes, e
melhor ainda, com personagens tão insuportáveis e amáveis ao mesmo tempo.
Acredito que o professor Ulisses Zarco
merece o maior destaque aqui. Ele é um homem arrogante, sarcástico, casca dura,
teimoso como uma mula e um machista do caramba, mas por dentro é uma manteiga
derretida e um coração de ouro. O seu jeito de ser foi o que mais me encantou
nesse livro, e sua teimosia salvou os personagens dezenas de vezes. Samuel Durango também é um personagem
incrível. Ele não é apenas o novo fotógrafo de Zarco, mas também O fotógrafo. Corajoso, um pouco misterioso e
tímido, é um daqueles personagens que parecem não ter nada de especial no
início, mas que deixam o leitor de queixo caído no final. Quem também merece
uns parabéns é Lady Elisabeth, uma
mulher maravilhosa e teimosa que deixa bem claro o tempo todo que não vai ficar
de bobeira só por ser mulher.
Os acontecimentos desse livro me
deixaram de boca aberta e ansiosa por mais, e como se já não bastasse tudo o
que os tripulantes do Saint Michel
passaram enquanto navegavam pelo mar, o autor ainda deixou uma surpresinha para
eles no final, que, para ser sincera, quase me fez chorar de frustração e
ansiedade. Algumas partes de A ilha de
Bowen são um pouco cansativas, especialmente no começo, mas à medida em que
a história vai correndo e as coisas vão ficando mais misteriosas e
interessantes, é impossível largar o livro até ele acabar. Para completar,
ainda temos algumas partes onde Samuel
escreve em seu diário.
- Encontramos coisas que não têm explicação – disse. – Precisamos tentar explicar. – página 384
A editora fez um incrível
trabalho na diagramação, e não digo isso apenas pela capa. É claro que eu
preferiria folhas amareladas, mas nem mesmo as brancas fizeram com que eu me
cansasse de ler. Com ilustrações e mapas que mostravam onde os personagens se
encontravam e introduções lindas nas divisões Livro 1 e Livro 2.
Enfim, não vou falar mais para
não contar nenhum spoiler, mas deixo
a dica para os apaixonados por ficção, mistério e máquinas mortíferas de metal.
Não se deixe intimidar pelas quinhentas e vinte páginas, pois A ilha de Bowen é tão instigante que
pode acabar num piscar de olhos.
- Correr perigos sem ter uma razão para isso é uma insensatez, mas, quando se tem um nobre objetivo... ah, meu amigo, as coisas mudam. – página 351
Cara, nunca tinha visto esse livro, e curti bastante a sinopse e o que vc disse. Colocando na listinha de leitura com certeza. Achei bem diferente e acho que nunca li nada da Editora Biruta O.o
ResponderExcluirOI, Dryh!
ResponderExcluirHonestamente, não é o tipo de história que me prende, mas a sua resenha ficou muito bem escrita.
Bjs!
Oi Dryh!
ResponderExcluirO livro já me chamou atenção pela capa e sinopse, e sua resenha incrível só me fez ter certeza de que devo lê-lo o quanto antes!
Parabéns pela resenha!
Beijos
Li
Literalizando Sonhos
Gente, eu amei a premissa do livro. Diferente do que já li, ao menos pela resenha...
ResponderExcluirA capa está fabulosa. Amodoro livros complexos, não sou chegada a coisa açucarada... Os quotes selecionados me deixaram curiosa sobre o discurso ideológico...
http://www.poesianaalma.com.br/
Eu gosto quando o livr começa devagar e depois vai engrenando e prende a gente com mistérios,suspenses e surpresas.... Não sei se é o meu gênero de livro,mas parece ser legal.
ResponderExcluirbjsss
Apaixonadas por Livros