O post de hoje atrasou um pouco, mas consegui dar um tempinho na leitura de Mercy para fazê-lo \0/ No De olho no autor de hoje, teremos a presença da Juliana Daglio, também conhecida como Menina Libélula, e autora de Uma canção para a Libélula (resenha).
1. Como foi seu primeiro contato com a leitura?
J.D.: Com meu livrinhos de Contos de Fada, e também com os da série Vagalume. Tinha umas histórias que me faziam viajar tanto, que eu me sentia num mundo paralelo. Acho que posso dizer que a leitura faz parte da formação da minha personalidade.
Acho que desde que aprendi a ler, por volta dos 4 ou 5 anos. Meu pai usava esses Contos de Fada para me ensinar a ler, pois ele queria que eu aprendesse antes de entrar na escola para “não sofrer” (até hoje não entendo isso). Então desde sempre me vi imersa no mundo da leitura.
J.D.: A personalidade dos meus personagens não são inspiradas em ninguém específico. Tentem pegar um pouco de tudo que estudei o observei sobre personalidades dos seres humanos, e fui criando tudo a partir de uma tela vazia. Há muito de mim em cada um deles, e um pouco das pessoas que eu conheço.
Quanto à aparência, tem uns personagens com os quais eu sonhei de um jeito específico. A Vanessa tem suas formas inspiradas em uma atriz que eu adoro e o personagem Nathan também. Mas não posso contar pra não estragar a imaginação de vocês.
3. Uma canção para a Libélula é um livro com grande carga emocional. Como você se sentiu ao escrever a história de Vanessa?
J.D.: Bom... Foi muito difícil em todos os sentidos. Comecei cedo, com 19 anos, e ainda não era muito matura. Havia muita carga emocional em mim, e ela se transformou em palavras das quais muitas vezes eu não conseguia dar conta. Acabava de escrever um trecho totalmente emocional, o lia e pensava: não fui eu quem escreveu isso!
Algumas vezes eu passava dias me sentindo como a Vanessa. Tem uma parte especifica no segundo livro que ela passou por uma descoberta que pode chocar muitas pessoas, e eu passei dias sonhando que tentava resolver tudo pra ela. Só que a Vanessa e eu somos diferentes, e eu tive que separar isso para poder dar continuidade na minha vida e na história dela.
Gente, eu poderia falar disso por horas e horas. Foi uma experiência incrível e nada se compara a ela. Espero que vocês possam sentir na pele o resultado disso tudo.
J.D.: Levou, ao todo, cinco anos para o livro sair de sua primeira linha até tomar sua forma definitiva. Ainda hoje, revisando a parte II para levar a gráfica, sinto que ele ainda não está terminado.
5. Quais são as dificuldades para que um autor consiga ter seu livro publicado e conhecido no mercado literário brasileiro?
J.D.: Publicar um livro nos dias de hoje não é fácil. Algumas editoras são muito caras, outras muito seletivas, outras são os dois! Mas fiquei muito feliz quando finalmente consegui uma oportunidade, e comprovei que não, a luta pela literatura nacional não para na publicação. Todos os dia temos que trabalhar para divulgar, para encontrar novos meios, e sempre inovar nossa forma de alcançar o público.
Os leitores são muito exigentes e buscam da vez mais obras de qualidade. O problema é que a maioria pensa que só podem encontrar isso nas internacionais. Estou confiante e empenhada nesse propósito de mudar o cenário, ao menos um pouquinho. Se puder mudar isso pra uma pessoa, já considero a missão cumprida. Ademais, eu confio demais nos meus colegas escritores, e eu sei que juntos somos uma força.
6. Para você, qual a melhor coisa em escrever?
J.D.: A sensação de criar um mundo e poder viver nele é incrível! Poder conduzir a história, e de repente perceber que ela que te conduz, ver os personagens controlando tudo e usando seus dedos para ganhar vida! Eu nem sei como colocar isso em palavras, mas posso dizer que escrever nos faz sentir parte de um propósito, com uma missão de levar algo pra vida das pessoas.
7. Sei que essa pode ser uma pergunta difícil, mas qual seu livro preferido? Pode ser um dos seus, ou de algum colega escritor...
J.D.: Meu livro favorito é “A Menina que Roubava Livros”. Essa é uma pergunta que consigo responder rapidinho, pois minha experiência com esse livro foi uma das mais marcantes de minha vida. Digamos que ele mexeu comigo em lugares da minha alma que nunca haviam sido mexidos. É o livro da minha vida.
8. Se fosse um personagem, qual seria? Por quê?
J.D.: Eu seria Liesel Meminger, a Roubadora de Livros. Somos iguais em nossa paixão por palavras e na impetuosidade. Quando vi que a Morte contava a história de Liesel, percebi que tinha encontrado em ambas, narradora e Liesel, uma identificação muito profunda.
9. Além de escrever, você também lê bastante?
J.D.: Leio muito! Estou sempre um com livro na bolsa e tenho uma meta diária de leitura que levo com prazer em cumprir. Leio pra me abastecer, e isso é algo de que não abro mão.
10. Qual livro nacional você recomenda? Por quê?
J.D.: Tenho muitos pra recomendar! Brilho da Minh’alma e Encantos – Joyce Xavier. Ninho de fogo – Camila Deus Dará. Natasha – Flávia Andrade. A Luz de um isqueiro – Roberta Grassi. Todos do Eduardo Sphor e André Vianco!
11. Poderia nos contar um pouco do seu livro?
J.D.: Meu livro é uma obra de ficção realística que conta a história de Vanessa, uma pianista brasileira residente em Londres, que tem sua carreira chegando ao ápice quando é forçada a voltar para o Brasil enfrentar seus velhos fantasmas.
O assunto central do livro é a Depressão, porém pode-se encontrar outros diversos pontos no livro, como dramas familiares intensos, música, relacionamentos. Tentei mostrar, do ponto de vista da pessoa que sofre, os pormenores intensos dessa doença da alma que é tantas vezes incompreendida.
PS¹: Uma canção para a Libélula parte II chega em Junho \0/
Oi, desejo muito sucesso para a autora e quero enfatizar que a capa do segundo está divina!! Parabéns pela belíssima entrevista. Beijos
ResponderExcluirhttp://marlicarmenescritora.blogspot.com.br/
Olá!
ResponderExcluirAdooorei a entrevista!
A Juliana parece ser tão simpática ♥ Adoro pessoas simpáticas kkkkkkkk
Não li ainda A menina que roubava livros, mas o jeito como a autora descreveu me deixou curiosa *-*
Tenho muita curiosidade em ler os livros da Juliana *-*
As capas são lindas rs ♥
Beeeeeeijos!
http://cupcakedeletras.blogspot.com.br/2015/03/resenha-entre-nos.html
Tenho muita vontade de ler esse livro. Que capa linda!
ResponderExcluirDepois da entrevista da autora e saber como foi a construção das personagens a vontade aumentou. a ideia de ir amadurecendo a escrita no interior dela é linda, poética e importante.
http://www.poesianaalma.com.br/
Dryyyyyyyyyyy!
ResponderExcluirEu adorei estar aqui mais uma vez. Logo eu volto, e não pretendo ir embora.
Obrigada pela oportunidade. Beijos a você e todos os leitores :D
<3
Ahhhhh! Que amor de entrevista!
ResponderExcluirFiquei super empolgada para ler o livro, e agora que sou parceira da autora, posso fazer isso logo!
A literatura nacional está ganhando um espaço cada vez maior e isso é fato, mas o trabalho por trás da publicação deve ser bem difícil :/ Infelizmente algumas editoras ainda tem preconceito com nossa literatura, acho que pensam que não vai vender, azar deles pois os nacionais estão vendendo SIM e muito!
Enfim, parabéns pela entrevista!
Beijos
http://umaleitoravoraz.blogspot.com.br/
Oi Dryh, sua linda, tudo bem?
ResponderExcluirFeliz Páscoa!!!!!!!!!
Em poucas linhas, dá para perceber toda a intensidade e sensibilidade da Juliana. Pelas resenhas que eu li, ela tratou da depressão de uma forma totalmente diferente, intimista, pessoal e poética. Não vejo a hora de conhecer o seu trabalho. Sucesso para ela. Adorei a entrevista.
beijinhos.
cila.
http://cantinhoparaleitura.blogspot.com.br/
Olá Dhry!
ResponderExcluirAdoro ver suas entrevista aqui no blog.
A Juliana é uma fofa e recentemente fechei parceria com ela. Estou louca para ler o seu livro e conhecer a história que tantos falam.
Adorei a entrevista.
Beijinhos!
http://eraumavezolivro.blogspot.com.br/
Oi linda, tudo bem?
ResponderExcluirEu participo de um book tour desse livro, mas sou a ultima da lista, então vai ser bem mais demorado chegar até a mim rsrsrs, mas o espero com ansiedade... A autora é super simpática e decidida... adorei saber um pouco mais sobre ela... acredito que vai ser um livro que eu vá gostar, mesmo fugindo um pouco da temática da qual eu esteja acostumada... mas mesmo assim o enredo me chamou atenção... concordo com a autora sobre a inserção dos nacionais... mas sim podemos mudar isso... Xero!
parabéns pela entrevista ficou bem legal!
ResponderExcluirA autora assim como muita gente (das que conheço) começaram a se envolver com o mundo da leitura quase da mesma maneira....
As capas dos livros são lindas e desejo muito sucesso para ela
bjos
Pah
Lendo e Escrevendo
OIe, tudo bom?
ResponderExcluirNossa, 5 anos no processo de escrita...caramba. Estou admirada com a autora pela sagacidade que ela tem. Achei muito bacana ela citar a série Vagalume.
Ah...amei a capa desse livro.
Beijos,
http://livrosyviagens.blogspot.com.br/
Oi amada! Eu amo o trabalho dessa super autora, o livro dela é incrível, forte, intenso e profundo, parece que ela conhece profundamente todas as nuance da depressão mesmo, e por ser uma profissional essa é bem verdade! Parabéns a ambas pela entrevista! Bjus
ResponderExcluirhttp://overdoselite.blogspot.com.br/