Já fazia um tempo que eu estava doida para ler os livros da "nova" série de J.A. Redmerski, autora de Entre o agora e o nunca e Entre o agora e o sempre, mas, mesmo tendo curiosidade de ler A morte de Sarai, ao mesmo tempo não queria, pois imaginei que seria um livro um tanto pesado por conta de abordar o tráfico de drogas e mulheres. Bom, não foi bem assim.
Título: A morte de Sarai
Autora: J. A. Redmerski
Editora: Suma de letras
Páginas: 256
Edição: 1
Lançamento: 2015
Série: Na companhia de assassinos #1
Sinopse: Sarai era uma típica adolescente americana: tinha o sonho de terminar o ensino médio e conseguir uma bolsa em alguma universidade. Mas com apenas 14 anos foi levada pela mãe para viver no México, ao lado de Javier, um poderoso traficante de drogas e mulheres. Ele se apaixonou pela garota e, desde a morte da mãe dela, a mantém em cativeiro. Apesar de não sofrer maus-tratos, Sarai convive com meninas que não têm a mesma sorte.
Depois de nove anos trancada ali, no meio do deserto, ela praticamente esqueceu como é ter uma vida normal, mas nunca desistiu da ideia de escapar. Victor é um assassino de aluguel que, como Sarai, conviveu com morte e violência desde novo: foi treinado para matar a sangue frio. Quando ele chega à fortaleza para negociar um serviço, a jovem o vê como sua única oportunidade de fugir. Mas Victor é diferente dos outros homens que Sarai conheceu; parece inútil tentar ameaçá-lo ou seduzi-lo.
Resenha
Quando tinha 14
anos, a jovem Sarai foi obrigada a
acompanhar a mãe até o México, onde
passaram a viver com o namorado de sua mãe, Javier, que era um traficante de drogas e de mulheres.. Quando a
mesma morreu, Sarai foi feita de
escrava sexual de Javier, que a
tinha como sua preferida, então Sarai
ainda tinha alguns “privilégios” que outras garotas não tinham. Nove anos
depois, ela continua presa na fortaleza, no meio do deserto, sem esperanças de
um dia escapar. Até que um estadunidense, o único que vira em todos aqueles
anos, aparece para conversar com Javier,
e ela vê uma chance de finalmente fugir.
Victor é
um assassino profissional. Recrutado aos nove anos de idade pela Ordem, ele é um homem de trinta e
poucos anos que mata por dinheiro, e esse é o motivo de ter ido até Javier Ruiz. Mas ele não imaginava que, ao sair da fortaleza, encontraria
uma jovem escondida no banco de trás de seu carro. Claro que ele poderia tê-la
matado ou até mesmo chamado os capangas do traficante, mas não o fez. Pelo
contrário, Victor, em algum momento
da história, decidiu que valia a pena proteger Sarai.
Gostando ou não, Victor é minha única proteção até eu cruzar aquela fronteira, e vou ficar com ele o tempo que puder, apesar de precisar desesperadamente fugir dele também. – página 41
Eu estava bastante curiosa para ler esse livro,
tanto por ter adorado Entre o agora e o
nunca e Entre o agora e o sempre,
quanto por ter lido várias resenhas que falavam super bem dessa nova série da autora. O início estava maravilhoso,
aquela tensão toda de ver Sarai
sendo perseguida e Victor
protegendo-a porque sabia que poderia usá-la a seu favor. Tudo estava
maravilhosamente bem, Sarai era uma
moça destruída pela vida, comportava-se de forma justificável e tudo o mais,
tinha medo de ser encontrada e morta. Victor
parecia um assassino a sangue frio que não sorria, não conversava e não ligava
para nada além dele.... Até que tudo mudou. E não para melhor.
Eu não consegui gostar dos personagens. Me senti na
pele da Sarai até o momento em que
ela parou de se importar com sua vida e só queria ficar com Victor, só porque o achava atraente e
porque ele a protegeu. Proteger é uma palavra forte... Ele a aturou e a impediu
de ser morta. Que pessoa em sã consciência escolheria ficar ao lado de um
assassino frio a ter uma vida normal? E porque Victor, com trinta anos de idade
e não sei quantos assassinatos no currículo, agia como um personagem que se vê
em tantos YAs da vida? Vi uma blogueira comentando a mesma coisa no Skoob quando fui adicionar o livro, e
ela não foi a única pessoa a não gostar do rumo da história. Isso aconteceu
comigo, e aconteceu com muitos outros.
Só tenho certeza de que estou viva graças a Victor. Estou em casa, em Tucson, graças a Victor. Estou livre de uma vida que não escolhi graças a Victor. Assassino de aluguel frio ou não, ele salvou minha vida. – página 93
Acontece que a série saiu do tráfico de
drogas/humano e foi parar em um romance estranho entre um assassino
profissional e uma garota apaixonada por ele, que queria seguir seus passos e
que praticamente esqueceu de todo o resto. Sarai
se importava com as outras garotas no início, mas ela simplesmente se esqueceu
de todas elas, não procurou justiça por ninguém. Só queria seguir Victor, e ele, por razões que eu ainda
não entendi, parecia querer que ela fosse junto. Era como se Sarai fosse outra
pessoa, como se tivesse esquecido que, para começo de conversa, ela precisava
fugir e ir para longe tanto de Javier
quanto de Victor.
Ainda assim, foi um livro que eu li muito rápido,
tanto por querer saber qual seria o desfecho (imaginando que seria emocionante
e que teria balas para todos os lados, meio que Queen of the South) e também porque a escrita da autora é viciante,
meio que uma Anna Todd da vida.
Não me entendam mal, a premissa é interessante e a
autora desenvolveu o começo muito bem, mas no momento em que Sarai começou a sentir ciúmes de Victor e querer ficar com ele, parecia
que eu estava lendo um livro com a fórmula mocinha
apaixonada + bad boy + romance perigoso, e isso me desanimou bastante. Nem
mesmo quero ler o segundo livro, ou, pelo menos, não o comprarei.
Ele me observa em silencio, como se eu fosse algo a ser devastado e depois finalmente... morto. Apesar do medo crescente, ainda quero estar exatamente onde estou, presa nos braços impiedosos de um assassino. – página 168
Enfim, não considero A morte de Sarai uma total decepção, pois, como já disse, o começo
me deixou vidrada e eu gostei bastante, e também porque a escrita da autora é
muito boa. Mas me decepcionei no quesito personagens, e mais ainda com esse
“romance” no meio. Entendo que o livro é um NA da vida, mas eu esperava que fosse uma história mais séria, com
um romance mais... Tolerável?
De qualquer forma, pelo menos agora sei que preciso
MESMO ficar longe dos romances NAs e
YAs, pois, sinceramente, não aguento
mais bad boys e mocinhas bobas na
minha vida *-*
Oi Dry!
ResponderExcluirEu tenho muita vontade de ler esse livro, mas fiquei com um pezinho atrás quando você mencionou que a série saiu do tráfico de drogas/humano e foi parar em um romance estranho entre um assassino profissional e uma garota apaixonada por ele. Acho que vou ter que esta´bem curiosa para encarar uma mocinha apaixonada por um bad boy bem perigoso. Não descarto totalmente a dica, mas guardarei para outro momento. Parabéns pela dica.
Bjos
Olá, esse enredo é muito intrigante, quero muito conferir.
ResponderExcluirAdorei a resenha e já anotei a dica.
Abraços
Isso é bem comum, hem? Os autores começarem com algo bem interessante e original, mas acabar indo para o romance.
ResponderExcluirÁs vezes é mesmo chato, porém, acredito que, por eu amar romances, não irei me incomodar tanto. Por isso, dica anotada :)
Não conhecia esse livro e achei bacana a premissa, por isso vou procurar ele para ler futuramente. Ótima resenha!
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