Batendo à porta do céu

Oiee pessoas ♥

Há tempos eu estava querendo ler esse livro, mas ele nunca estava disponível no estoque da editora para solicitação, então fui vendo mais e mais pessoas gostando da história, e a minha curiosidade foi aumentando. Até que eu finalmente o recebi (junto com uma carta linda, como sempre ) da editora Biruta ♥

Título: Batendo à porta do céu
Autor: Jordi Sierra i Fabra
Editora: Biruta (cortesia)
Páginas: 312
Edição: 1
Lançamento: 214
Sinopse: Uma jovem estudante de medicina decide abrir mão de seu conforto, de sua família e de seu namorado para trabalhar como voluntária em um hospital na Índia, durante as suas férias de verão. Em sua jornada, Sílvia conhece as peculiaridades de um país muito diferente do seu, convive com a pobreza e conhece pessoas que se tornarão muito especiais e importantes em sua vida, como o voluntário Leo, a médica Elisabet Roca, as pequenas Viji e Narayan e o misterioso Mahendra. Inspirado em um caso trágico de uma voluntária espanhola, Batendo à Porta do céu expõe as reflexões da jovem Sílvia ao se deparar com a precariedade da infraestrutura indiana, as perdas, o medo e si própria. Sílvia mergulha em um momento de autoconhecimento, em que se questiona sobre o amor e suas variações, sobre a importância do apoio da família e sobre o valor da vida. Sua vontade de evoluir como médica cresce, ao mesmo tempo em que suas convicções vão sendo fortalecidas.

Resenha

“Ninguém vai mudar o mundo. O importante é fazer algo no lugar onde estamos.” – página 39

Sílvia é uma estudante de medicina apaixonada pela profissão que exerce, mas ela também está cansada de viver nas sombras de seus pais, os médicos mais famosos da Espanha, e ficar um tempo longe do namorado também não seria ruim. Determinada, ela viaja para a Índia como voluntária num hospital ao sul do país, onde, além de dar de cara com uma cultura e um estilo de vida completamente diferentes do seu, ela faz amigos e amadurece não só como médica, mas também como pessoa.

A família de Sílvia não apoiou sua decisão, em especial, seu pai. E seu namorado, Arthur. Ninguém parecia entender os motivos de uma jovem tão linda, estudiosa e rica desejar ir para um “país de terceiro mundo” cuidar de doentes em meio à pobreza, mas ela não tinha tempo para explicar, passaria o verão atuando no Rural Hospital Trust (RHT) aprimorando seus conhecimentos médicos e de quebra conheceria outras línguas, outras pessoas, outras culturas.

“Pela primeira vez na vida estou realmente bem, e com muita vontade de fazer alguma coisa.” – página 32

Não foi fácil, primeiro porque trabalhar como médica já não era simples, mas trabalhar como médica em um lugar onde fazer uma ressonância ou até mesmo um raio-x era praticamente impossível, era uma missão e tanto. Junte isso ao fato de o único voluntário espanhol do grupo parecer odiar Sílvia, quando a moça já tinha muita coisa na cabeça, inclusive dúvidas a respeito de seu relacionamento com Arthur.

Como disse anteriormente, estava doida para ler esse livro há tempos, mas ele nunca estava disponível para solicitação, então eu só ficava imaginando o que encontraria...haha’ Histórias com intercâmbio e viagens em si me atraem muito, e uma história com um intercâmbio voluntário para a Índia foi algo que fez meus olhos brilharem, pois é algo que eu almejo muuito fazer. Mas acho que criei expectativas demais para a história, e esperei tanto dos personagens, do autor e do livro em si, que acabei um pouquiiinho decepcionada.

Gostei dos personagens, gostei de Sílvia, de Elisabet Roca (que é uma médica incrível que a “adota” como filha), de Leo (o voluntário espanhol que está sempre implicando com Sílvia) e dos outros personagens, mas eu esperava mais desenvolvimento a respeito do passado de Sílvia, de seus sentimentos. Não necessariamente um romance, (na verdade, eu torcia para que fosse mais sobre o amadurecimento/conhecimento pessoal da personagem do que romance em si), mas um maior desenvolvimento da protagonista. Também achei que encontraria mais sobre a cultura indiana, achei que veria descrições detalhadas da comida, da paisagem, dos afazeres de Sílvia e de todo o resto, mas o livro não é descritivo. Tanto que às vezes eu ficava um pouco perdida, pois parecia que os personagens estavam em um lugar e de repente eles estavam em outro.

“É preciso acreditar sempre. Se deixamos de acreditar, tudo se acaba. E te digo mais: é melhor acender uma vela do que lamentar a escuridão.” – página 71

Não foi um livro que me emocionou, me fez sorrir ou querer abraçar os personagens, senti que faltaram várias coisas para que tudo isso acontecesse. Ainda assim, me deixou inspirada. São tantas as frases inspiradoras e encantadoras que encontrei aqui, várias cenas me marcaram (principalmente as que tiravam o chão de Sílvia), e foi um livro bonito, no geral.
A editora (como sempre <3) caprichou muito na edição. As páginas são brancas e todas as três partes em que o livro é dividido são introduzidas por folhas em laranja e com escrituras, acredito, em hindu.

Consegui matar a curiosidade de ler Batendo à porta do céu, mas, infelizmente, não bateu as expectativas. Contudo, é um livro lindo e muito inspirador, e se eu já não estivesse doida para fazer trabalho voluntário na Índia, com certeza estaria após ler esse livro.

“Conte-me de que cor é o nosso céu porque a terra nem sempre é sólida sob nossos pés, e se perdemos o céu... o que nos sobra?” – página 238


17 comentários

  1. Ola
    Eu admiro muito o trabalho desenvolvido nas obras da editora, é um talento sem fim. Adorei poder conferir suas impressões sobre esse título e é claro que fiquei curiosa, de fato que bom que te deixou inspirada, apesar de não emocionada e nem ter correspondido as expectativas. De qualquer maneira, este é um estilo que eu adoro para fazer como leitura, e gostei da sua indicação.
    Beijos, F

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  2. Oi, Dryh!
    Sabe, eu adoro ler suas resenhas, pois, me identifico muito com suas palavras e parece que temos um gosto literário muito parecido ;)
    Não conhecia a obra em questão, mas, logo de cara já tive vontade de ler também, pois, a premissa me cativou muito. É uma pena você ter se decepcionado assim, mas, eu pelo menos, sempre que fico com expectativas demais acabo me decepcionando... Mas, quero ler mesmo assim! Hahaha...
    Beijos

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  3. Olá Dhry! O titulo do livro me chamou a atenção. E sua resenha despertou em mim, a vontade de ler este livro. Por sua resenha, frases e pela sinopse. Deu para ter certeza que este livro é maravilhoso. Adorei a dica.

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  4. Oi Dryh,
    nunca li nenhum livro que trouxesse um personagem se descobrindo através de "da dor alheia", e acho super válido esse tipo de abordagem, afinal isso é tão real, não é mesmo? Eu sempre quis fazer parte desses grupos de ajuda a países carentes, desde que me formi enfermeira sonhei m poder viajar e ajudar na África ou algum país assolado como ele, mas meus planos tiveram que ser adiados pois tive um filhinho que ainda está muito pequeno e precisa de mim. Enfim, eu leria o livro sem problemas, ainda mais pela carga inspiradora que você citou, é sempre bom ser inspirado por belas ações.

    Beijos!

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  5. Oi
    Deu pra ter uma ótima ideia do que é o livro. Não trabalho na área da saúde, mas fiquei super interessada e vou procurar já ler esse livro.
    Pena que ele não te agradou tanto assim pois e duro quando esperamos tanto do livro e acaba nao sendo tudo aquilo .
    A capa parecem lindíssimas o que só me convidam para a leitura.

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  6. A decisão de Silvia é realmente louvável, partir para um país com uma cultura diferente e ainda lidar com o sofrimento humano diante dos recursos escassos na saúde. Mesmo diante de suas considerações, fiquei curioso pelo enredo também e vou anotar a dica. Pena que o autor não foi mais descritivo com a cultura indiana, pois seria bem interessante.

    *☆* Atraentemente *☆*

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  7. Olá,

    Ainda não conhecia o livro, mas que bom que você conseguiu realizar a leitura que tanto queria. Também me atrai histórias com viagem e acho que assim como você, me sentiria atraída pelo livro, mas uma pena você ter se desapontado um pouco por esperar mais desenvolvimento da protagonista. Parabéns pela opinião sincera e acho que leria para também tirar minhas próprias conclusões. Amei a resenha!

    www.virandoamor.com

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  8. Oie! Tudo bem?

    Não conhecia a obra e muito menos a autora, mas achei a capa muito linda! Só não sei se o gênero fecha com o que sou acostumada a ler, mas com certeza futuramente irei dar uma chance a essa obra, principalmente por sua capa linda!

    Bjss

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  9. Oiii tudo bem???

    Que capa linda, mas fico triste por não ser isso tudo. Que bom que matou a curiosidade.
    Adore a resenha
    Bjus Rafa

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  10. oiii!!
    Que coincidência, eu também gosto muito de livros que envolvam intercâmbio, até porque eu também quero um dia ter essa experiência. Conheço pessoas que foram como voluntárias para dar aulas de inglês em outros países, é muito interessante. Eu também sou mestre em criar expectativas, por isso nem gosto de ler sinopse, por que normalmente eu sempre me ferro rs. Uma pena o livro não ter atingido suas expectativas, mas mesmo assim, acredito que a leitura é válida, mas com os pés no chão. Gostei muito de conhecer a obra e fiquei curiosa para saber mais da experiência da Silvia na Índia.
    Beijos

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  11. Olá Dryh,
    Ainda não conhecia esse título e confesso que não fiquei interessada em fazer a leitura.
    Gostei de conhecer suas impressões, mas fiquei decepcionada, pois o livro parece não ter sentimento e vida o suficiente :(
    Vou deixar a dica passar.
    Beijos

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  12. Olá,

    Não conhecia a obra, mas esse título me intriga bastante, pois só lendo sua resenha não consigo achar uma conexão com a história. Sempre evito ter expectativa, pois em demasia elas podem estragar uma leitura :/ Acheo essa premissa fantástica, toda essa coisa de sair da aba dos pais e ter se descobrir sozinha é bem legal, ainda mais num país tão exótico quando a India. Dica anotada e espero conhecer a história em breve.

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  13. Oi.
    A premissa do livro me atraiu muiiito. Eu também adoro enredos que envolvem intercambio, ainda mais para fazer trabalho voluntário, mas a falta de descrição me desanimou. Como assim o autor se propôs a escrever um livro ambientado na Índia e não caprichou nos detalhes? Na minha opinião, livros assim exigem uma descrição mais detalhada.
    Eu não leria agora, mas anotei a dica para referencia futura.
    Beijos.

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  14. Olá,
    Assim como você, obras que apresentam viagens ou intercâmbios também me atraem bastante. O único livro que li e acho que se passava na Índia foi Comer, Rezar, Amar e gostei bastante de conhecer um pouco mais sobre sua cultura.
    Desconhecia a obra e meus olhos ficaram brilhando para conferir esse trabalho voluntário que Silvia desenvolve e o que ela irá aprender com a viagem.

    LEITURA DESCONTROLADA

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  15. Que intrigante, ainda não conhecia esse livro! Gostei da capa e o local onde a história se passa. Porém, não gosto muito de histórias baseadas em fatos reais.

    Como você, tenho muita vontade de conhecer a Índia. É trsite quando um livro que temos muita vontade de ler quando, finalmente conseguimos, ele não alcança nossas expectativas. Mas que bom que, ainda assim, você conseguiu encontrar coisas boas nele!

    Abraços!
    www.asmeninasqueleemlivros.com

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  16. Olá!
    A editora Biruta tem um capricho e cuidado com seus livros.
    Uma pena que apesar de surpresa desejado não superou tuas espectativas não tr emocionou.
    As frases realmente são maravilhosas.
    Bom saber que apesar de várias falhas e da empatia com os personagens a leitura te inspirou.vou colocar em minha lista de leituras futuras amo livros inspiradores

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  17. Oie...

    Não conhecia este livro, na verdade, não conheço muitos livros da editora. Já vi alguns títulos, mas nunca me interessei muito para lê-los. Achei interessante a premissa, vou procurar mais sobre ele depois.

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