O crime do vencedor

Oláá pessoas ♥

Marie Rutkoski conseguiu me deixar curiosa com o final do primeiro livro da trilogia, mas o início do segundo me desanimou.... até que as coisas começaram a esquentar.

Título: O crime do vencedor

Autora: Marie Rutkoski

Editora: Plataforma 21 (V&R)

Páginas: 360

Edição: 1

Lançamento: 2016

Série: Trilogia do Vencedor #2 (Resenha A maldição do vencedor)

Sinopse: Existe a tentação e existe a coisa certa a se fazer. E está cada vez mais difícil para Kestrel fazer a melhor escolha.
Um noivado imperial significa uma celebração após a outra: cafés da manhã com cortesãos e dignatários influentes, bailes, fogos de artifício e festas até o amanhecer. Para Kestrel, porém, significa viver numa gaiola forjada por ela mesma. Com a aproximação do casamento, ela deseja confessar a Arin, seu ex-escravo e atual governador de Herran: só aceitou se casar com o príncipe herdeiro do império em troca da liberdade dele, Arin. Mas será que Kestrel pode confiar nele? Ou, pior: será que pode confiar em si mesma?
No jogo do poder, Kestrel está se tornando perita em blefes. Age como uma espiã na corte. Se for pega, será desmascarada como traidora de seu próprio império. Ainda assim, ela não consegue deixar de buscar uma forma de mudar seu terrível mundo... e está muito perto de descobrir um segredo tenebroso.

Resenha (contém spoilers de A maldição do vencedor)

 Escolhi você, Kestrel, e vou transformá-la em tudo o que meu filho não é capaz de ser. Uma pessoa digna de assumir meu lugar. – página 15

Primeiramente: eu retiro tudo o que eu disse de negativo sobre a Kestrel. Claro, no início ela se achava superior aos herranis e tal, mas foi por causa da maneira como foi criada, e ver o que ela fez no final do primeiro livro, sacrificando sua felicidade para salvar Harren e o povo herrani da morte certa, fez com que ganhasse meu respeito. E ver tudo o que ela fez agora neste segundo livro só me fez gostar ainda mais dela.

No final de A maldição do vencedor, vemos Kestrel fugindo de Arin e dos demais herranis e alcançando o Imperador. Bem, ela fez um trato com ele, salvando Herran e colocando Arin como governador do país, em troca, casaria-se com o príncipe e seria imperatriz num futuro próximo. Mas a vida no palácio, sob os olhos acusadores e assustadores do Imperador, era bem mais difícil do que ela imaginou. Kestrel não tinha amigos, não tinha aliados, não sabia em confiar. O príncipe parecia não gostar dela (afinal, nem pudera opinar a respeito do casamento), o Imperador procurava por fraquezas e as explorava para mostrar quem mandava no pedaço, e Arin....bem, ele estava longe.

Contudo, quem conhece Kestrel sabe que ela não é de baixar a cabeça. Como a boa estrategista que é, e filha de quem é, ela passa a jogar o jogo do Imperador, descobrindo segredos que podem ajudar ou prejudicar Arin, envolvendo tanto Valória, quanto Herran e o Oriente (Draca), ao mesmo tempo em que se aproxima do príncipe Verex e percebe que suas escolhas só ficarão mais difíceis de ali para a frente. Se ela escolher ajudar Herran, estará traindo seu povo? Mas como pode deixar que Valória aniquile os outros povos?

Além disso, ela ainda precisa lidar com seu pai, que continua tratando-a da mesma forma que sempre o fez, e isso foi triste de ver, pois Kestrel estava sempre pensando em sobre como fazê-lo admirá-la, sentir orgulho dela... Mas a honra do general e sua lealdade para com seu país parecia ser mais forte e importante do que a própria filha, a quem ele tratava como se fosse qualquer soldado. E nem mesmo soldado ela era! Outra coisa que me doía era ver quão disposta ela estava a guardar segredos, deixando até que Arin pensasse mal dela. Tudo para protege-lo ♥

E o que ela mais queria era ser pequena de novo, poder chama-lo de papai, alcançar apenas seu joelho, porque ela lembrou, como um clarão causado pela abertura repentina de uma cortina, de como ela corria e dava de cara com as pernas dele quando era bem pequena, e o abraçava e podia jurar que ele ria. – página 342

Eu tinha iniciado O crime do vencedor assim que finalizei o primeiro livro, pois o final de A maldição do vencedor tinha sido arrebatador... Mas parei nas páginas 30 e poucas, não estava “me conectando” com a história, então deixei o livro de lado e ele lá ficou... Até o momento em que olhei para essa belezura e decidi: vou ler, estou curiosa para saber o que Marie Rutkoski escreveu aqui. E.... eu fiquei boba.

Ela não só mudou a minha opinião a respeito de Kestrel, como fez com que eu admirasse a protagonista mais do que admiro Arin, e olha que eu o admiro muito! Também fez com que eu ficasse horas lendo o livro e nem percebesse, de tão entretida que estava. Quase acreditei que as páginas estavam se virando sozinhas quando o livro acabou, mas acho que a magia estava mesmo era na escrita da autora...haha’ Os personagens também amadureceram, pelo o que eu pude perceber, e a história conseguiu se tornar complexa e bem estruturada de uma forma não-cansativa e completamente original. Adorei!

Estou muito curiosa para ler o terceiro livro, principalmente depois de um final como este. Fiquei chocada, boba, de queixo caído. Estou torcendo muito para os personagens, tanto para que se entendam quanto para que resolvam os conflitos entre os três reinos e que tudo fique certo no final. Mas eu tenho certeza de que não vai ser assim tão fácil, então estou morrendo de medo de alguém (de quem eu gosto) morra. Só lendo para saber, né? Que venha então “O beijo do vencedor” (e eu realmente espero que saia beijo...haha’)

Arin trocaria seu coração por um nó trançado de barbante se isso significasse que ele nunca mais precisaria ver Kestrel. – página 19