O Quinto Evangelho

Olá a todos!

Hoje eu trago a resenha de um livro que eu gostei bastante, é O Quinto Evangelho do escritor Ian Cldwell.

Título: O Quinto Evangelho
Autor: Ian Caldwell
Editora: Record (cortesia do Grupo Editorial Record)
Páginas: 560
Edição: 1
Lançamento: 2016

Sinopse: Nos últimos meses do pontificado de João Paulo II, uma misteriosa exposição é montada nos Museus do Vaticano. Seu curador, Ugo Nogara, alega ter descoberto um grande segredo sobre o Sudário de Turim, porém, uma semana antes da abertura da polêmica mostra, ele é encontrado morto nos jardins da residência de verão do papa. Na mesma noite, a casa dos padres Alex e Simon Andreou, amigos de Ugo e seus ajudantes na exposição, é invadida por um estranho. A polícia não consegue encontrar um suspeito, e Alex inicia sua própria investigação. Para encontrar o culpado, ele precisa descobrir o segredo mantido por Ugo a qualquer custo. Mas, à medida que começa a compreender a verdade, ele percebe que suas ações podem trazer consequências imprevisíveis para o futuro da Igreja Católica.

Resenha

O Quinto Evangelho, antes de tudo, é um livro ficcional baseado em fatos reais, já vou explicar mais à frente o que isso significa. Alex e Simon são irmãos, os dois pertencem à Igreja Apostólica Romana, porém seu tio, de cargo importante no Vaticano, pertence a um grupo que fica no meio da Igreja Apostólica Romana e a Ortodoxa.

Os irmãos cresceram juntos no Vaticano, o que despertou ainda mais a minha curiosidade para com a leitura, porque se formos ver, o país é realmente pequeno. Para entendermos a história do livro, precisamos saber que houve, e ainda há uma separação entre as igrejas, a Igreja Católica Romana e a Igreja Oriental, que é a igreja Ortodoxa.

Alex se tornou um professor e tem um filho pequeno em mãos, sua mulher fugiu, (mesmo alguns alegando que ela tenha se matado tomando antidepressivos). Ele recebe ajuda de uma freira indicada por seu irmão. Simon se tornou uma espécie de embaixador do vaticano, o que justifica a sua importância no thriller tecido por Ian.

Ugo Nogara, um artista, estava prestes a realizar uma exposição de arte no Museu do Vaticano, porém, uma semana antes, é morto e encontrado nos jardins de verão do Papa. Simon é quem o encontra e liga imediatamente para Alex.

Jardins de verão

Antes da exibição de Ugo, o papa em exercício, havia mostrado desejo e esforço em unir as duas igrejas católicas. Seria a morte e exibição de Ugo relacionada a esse desejo? A casa de Alex é invadida após a morte de Ugo e a polícia não consegue encontrar nenhum suspeito, quem decide tomar as rédeas da situação é Alex, que vê a vida do irmão em perigo.

O Quinto Evangelho também, após pesquisas realizadas por mim, pode ser chamado de Diatessaron, que é a reconciliação das duas igrejas. Ian, o autor do livro, vai tecer a busca de Alex por respostas a partir do mistério entre essas duas igrejas.

É importante ressaltar que Simon exercia cargo de embaixador e durante uma das tentativas do papa de reconciliação, ele o acompanhou em Atenas. Esse fato que eu acabei de descrever é o que torna Simon o centro para as buscas de Alex.

Como em todo bom thriller , Alex não faz ideia de que sua busca por respostas não envolve apenas seu irmão, mas sim o futuro da igreja católica ao redor do mundo. Ian Caldwell precisou de quase dez anos de pesquisas para poder escrever seu romance, além do autor também ter contribuído para o livro The Rule of Four.

Um padre pode perdoar um estranho com tanta rapidez quanto que um garoto não consegue imaginar como será difícil perdoar seus próprios inimigos um dia.

Atualmente eu tenho visto uma enxurrada de livros com teorias da conspiração, o que não é tão ruim assim, mas há um porém. Muitos escritores têm a tendência de transformar esses livros em ficção e acabando esquecendo de que no final, a base do livro é apenas uma teoria, autores como Dan Brown são excelentes nisso. Esse fenômeno acaba deixando o livro monótono, pois parece que a todo momento o personagem principal busca a verdade e a "essência" da vida em alguma livraria de Paris.

O Quinto Evangelho, felizmente não segue o fenômeno que relatei acima, o livro consegue com certa maestria envolver o leitor na trama "papal", enquanto ao mesmo tempo, consegue provar para muitos historiadores que tem base histórica. A narração não é o ponto forte do autor, mas se forem feitas pesquisas após a leitura, pode-se comprovar que o autor se esforçou por trás desse resultado.

Eu recomendo O Quinto Evangelho para aqueles que assim como eu, odeiam bobalhões conspiratórios e querem um thriller que traga bons suspiros e entendimento quanto à divisão das duas igrejas. O Quinto Evangelho é um bom romance com um nuance de thriller e uma maestria nem tão evidente para um escritor que ainda está em seu segundo livro.