Paris do Oriente

Olá a todos!

Hoje eu trago a resenha de Paris do Oriente, um livro que me surpreendeu bastante e rendeu preciosas horas de leitura.

Título: Paris do Oriente

Autora: Belinda Alexandria

Páginas: 448

Editora: Fundamento (cortesia)

Sinopse: Em um bairro na cidade chinesa de Harbin um refúgio para famílias russas que fugiram da revolução comunista , Alina Kozlova tem que tomar uma decisão importantíssima se quiser que sua única filha, Anya, sobreviva. São os últimos dias da Segunda Guerra Mundial e a situação na cidade é tensa. Mãe e filha se veem tragicamente separadas: Anya, com apenas 13 anos, vai para Xangai, enquanto Alina é levada de volta para a Rússia.

Para Anya, o que poderia ser salvação acaba se tornando o início de uma montanha-russa de descobertas, emoções, tragédias e mudanças intensas, quase inacreditáveis. Entre alegrias, tristezas, uma paixão avassaladora, fugas e recomeços, a única coisa que não muda em Anya ao longo dos anos é a certeza de que um dia ela e sua mãe vão se reencontrar.

Resenha

A história de Paris do Oriente se passa em Harbin, durante o quase término da Segunda Guerra Mundial e também com antecedentes ligados a revolução russa. Anya acabou de perder seu pai, ela e sua mãe, Alina, são refugiados russos em Harbin.

Após Anya perder seu pai, os japoneses perdem a guerra na China e são obrigados a se render, enquanto isso os Russos tomam conta de quase toda Harbin, fazendo que todos os refugiados russos voltem. Alina tem que tomar uma difícil decisão, voltar para Rússia e deixar sua filha na mão de desconhecidos. Anya e sua mãe são separadas em uma estação de trem, porém, amigos dos pais de Anya resgatam ela e a levam para Xangai, onde ela vai morar com uma família rica, e talvez ter o futuro reescrito.

Belinda Alexandria construiu a história no ponto de vista de Anya, que vai crescendo e amadurecendo durante a história, isso tornou a narrativa mais fluída. Ultimamente, eu tenho visto vários romances com tramas familiares envolvendo guerras, por isso eu espero muito de uma história assim, e posso afirmar, não me arrependi de ler.

Anya espera muito poder reencontrar sua mãe, esse é climax da história e o que talvez prenda o leitor durante a história. Os principais personagens são os que giram em torno de Anya depois dela ser separada de sua mãe, como Sergei, não demora muito para que todas as coisas comecem a fluir na história. O momento que mais me emocionou na história foi o aniversário de Anya, onde ela e mãe dela comemoram em casa, mesmo sabendo que um dia, elas podiam ser separadas.

A lembrança do ano anterior voltou. O forte rio Songhua congelado;os gritos alegres das crianças que tentavam ficar em pé nos patins; os jovens namorando em pares.

Eu nunca havia lido nenhuma história que se passasse em Harbin na China, esse talvez tenha sido um dos diferenciais da histórias e também algo que atraiu minha atenção. A história fluí muito rápido e não fica entediante em nenhum momento, Anya não é aquela personagem chata, na verdade, é possível aprender muitas coisas com a experiência dela, principalmente sobre a esperança de reencontrar uma pessoa que você tanto ama.

Como eu já disse acima, uma das coisas que mais me comoveu foi a espera de Anya por sua mãe, foi a cada eu linha eu ter que torcer por um final feliz para a família, e também foi perceber como eu posso aplicar isso no meu dia. Belinda Alexandria faz um jogo de palavras na história, misturando a cultura russa com a chinesa,tendo também, algumas expressões em russo.

- Harashó, Harashó - meu pai aplaudiu 

Estou muito ansioso para ver a Fundamento trazer novos livros da Belinda Alexandria, com certeza os títulos vão mudar um pouco o conceito que nós temos de "romances de guerra". A edição está super legal, a fonte é boa e os detalhes nas bordas também, só não achei a escolha de capa muito boa, a edição estrangeira ficou melhor.

Eu recomendo Paris do Oriente para todos os leitores que assim como eu, querem um livro diferente e com uma trama interessante. Paris do Oriente é um livro cheio de prosa e maravilhas do oriente, trazendo esperança para um leitor quebrado pela linda história de Anya.