O dueto sombrio

Oiee pessoas, tudo bem com vocês?
A resenha pode conter spoilers do primeiro livro, A melodia feroz, tá?

Título: O dueto sombrio
Autora: Victoria Schwab
Tradução: Guilherme Miranda
Editora: Seguinte (cortesia)
Páginas: 448
Edição: 1
Lançamento: 2018
Série: Monstros da Violência #2
Sinopse: Na sequência final de A Melodia Feroz, Kate Harker precisa voltar para Veracidade e se unir ao sunai August Flynn para enfrentar um ser que se alimenta do caos.
Kate Harker não tem medo do escuro. Ela é uma caçadora de monstros — e muito boa nisso. August Flynn é um monstro que tinha medo de nunca se tornar humano, mas agora sabe que não pode escapar do seu destino. Como um sunai, ele tem uma missão — e vai cumprir seu papel, não importam as consequências.
Quase seis meses depois de Kate e August se conhecerem, a guerra entre monstros e humanos continua — e os monstros estão ganhando. Em Veracidade, August transformou-se no líder que nunca quis ser; em Prosperidade, Kate se tornou uma assassina de monstros implacável. Quando uma nova criatura surge — uma que força suas vítimas a cometer atos violentos —, Kate precisa voltar para sua antiga casa, e lá encontra um cenário pior do que esperava. Agora, ela vai ter de encarar um monstro que acreditava estar morto, um garoto que costumava conhecer muito bem, e o demônio que vive dentro de si mesma.

Resenha

Então faça a dor valer a pena. – página 441

Com a morte de Callum Harker, a parte Norte da cidade V desmoronou: os monstros saíram de controle e, obedecendo às ordens de Sloan, o malchai que nascera a partir dos crimes de Harker, eles transformaram as ruas de Veracidade em rios de sangue humano. Mas para ele, ainda não é o suficiente; Sloan deseja ter total controle sobre Veracidade, e isso inclui a parte Sul, protegida por Henry Flynn e a FTF... Só que Sloan também quer outra coisa: Kate.

Kate, que fugiu para Prosperidade após os acontecimentos do livro anterior, e que se tornou uma espécie de caçadora de monstros. Engana-se quem acha que só Veracidade possui monstros: a violência anda crescendo muito em Prosperidade, e não bastando os monstros criados a partir de atos humanos violentos, um novo ser surgiu: um ser que mal pode ser visto, mas que causa estragos enormes! E Kate está determinada a destruí-lo, nem que para isso tenha que voltar para sua cidade natal.... Nem que para isso tenha que enfrentar seus próprios monstros.

Na mente de Kate, August parou de lutar por causa dela. Sucumbiu às trevas por causa dela. Sacrificou uma parte de si – sua humanidade, sua luz, sua alma – por causa dela. Kate conseguia lidar com o próprio sangue. Mas não precisava do sangue de outras pessoas em suas mãos. – página 38

August é o líder de seu próprio grupo na FTF, ajudando a combater novos monstros e trazendo os humanos da cidade Norte em segurança para o Sul. Com as monstruosidades batendo à porta de suas casas, as pessoas que viviam no Norte tentaram fugir para o Sul, e muitas conseguiram. Mas várias haviam cometido crimes violentos contra outras pessoas, e o trabalho de August era impedir que essas almas vermelhas adentrassem o Complexo Flynn. Então ele usava seu violino.

Quando terminei de reler A melodia feroz (que gostei tanto quanto na primeira vez que o li), fui correndo ler O dueto sombrio, pois o final havia sido maravilhoso, e eu estava doida para saber o que iria acontecer com as personagens. Ainda não gosto muito de Kate, seu jeito arrogante e “não mexa comigo, sou perigosa” me irritou muito durante os dois livros, mas não nego que aqui ela conseguiu me conquistar um pouco. Sua determinação em “limpar” Prosperidade me impressionou, e fiquei ainda mais impressionada quando ela deixou tudo para trás e voltou para Veracidade, pois sabia que não podia deixar o tal monstro destruir sua cidade natal.

August está mais sombrio. O garoto doce, apaixonante e esperançoso do primeiro livro praticamente desapareceu, e a voz de Leo em sua cabeça (desde que o ceifara) não ajuda muito. August colocou na cabeça que seu único propósito de existência é a limpeza do mundo, ou seja, ceifando as almas vermelhas; mas com cada alma vinha também a culpa, a tristeza, e desde que sucumbira, August perdera uma parte de si que parecia impossível de resgatar. Então ele participava de missão após missão, determinado a fazer o que deveria ser feito. Até que Kate volta e, com ela, os sentimentos que ele há muito tentava enterrar.

Ele chegou aos elevadores, o silêncio pesando sobre seus ombros. Sentiu o ar mudar ali dentro, a reverência e o medo. Aquelas pessoas o encaravam e viam algo não menor que um humano, mas maior. Algo forte o bastante para lutar por eles. Forte o bastante para vencer. Anda direito, Leo direito. E, pela primeira vez, August obedeceu. – página 119

A leitura de O dueto sombrio não foi tão fluída quanto A melodia feroz, e acredito que tenha sido um pouco porque senti falta do antigo August, de sua inocência e de como se recusava a sucumbir porque não queria perder pedaços de si. Aqui, como havia ceifado a alma de Leo, August passou a ser influenciado por aquela voz maligna em sua cabeça, e vendo tantas pessoas morrendo por conta de monstros que elas mesmas haviam criado, August se tornou um pouco frio. Ainda assim eu gostei muito dele, é meu personagem favorito da duologia toda! Temos também o amadurecimento da escrita da autora e da própria história, que deixa de ser dois adolescentes inimigos apaixonados fugindo e lutando juntos: aqui, Kate e August possuem suas crenças e estão determinados a lutar por elas, não importando as consequências; eles não deixam seus sentimentos pelo outro interferirem em suas ações.

É uma duologia que vai deixar muitas saudades – eu estava crente de que seria uma trilogia, e torcia muito para que fosse -, e o final não poderia ter sido melhor! Fiquei triste? Claro que fiquei, mas eu adorei a maneira como a história acabou! Foi uma leitura rápida, intrigante, surpreendente cheia de reviravoltas que me fizeram roer as unhas que eu tentava desesperadamente tentar crescer, mas a gente tenta de novo u.u
Já sinto saudades das personagens de O dueto sombrio, mas é possível sentir ainda mais saudades das personagens de A melodia feroz? Porque eu sinto MUITAS saudades de August e Kate fugindo juntos </3
  
Ali estava um ser das trevas, como os corsais; um caçador solitário, como os malchais; uma criatura que arrepiava os pelos de Sloan, como os sunais; mas não era nenhuma daquelas. Era uma arma, um ser de destruição absoluta. – páginas 343 e 344



4 comentários

  1. Oláá!
    Eu nunca tinha ouvido falar nessa duologia, mas fiquei MUITO curiosa. Posso ter lido uns spoilers na sua resenha haha mas parece ser super diferente da maioria dos livros de fantasia que costumo ler. Vou procurar saber mais! Obrigada pela dica!
    Beijos!

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  2. Que pena que o segundo livro dessa duologia não foi tão bom qnt o primeiro para vc, mas fico feliz que mesmo assim tenha sido uma leitura interessante com uma boa conclusão. No final isso é o que importa, na minha opinião, saber que o tempo que dedicamos a determinada história não foi em vão.

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  3. Oi Dryh, sua linda, tudo bem?
    Li alguns comentários que esse segundo livro não foi o que todos estavam esperando, que o primeiro livro foi muito melhor. Mas que bom que você ficou satisfeita e que está com saudades, entendo desse sentimento, tem séries que eu amo que quando acabo, não quero nem fechar o livro, risos... Sua resenha ficou ótima!!!
    beijinhos.
    cila.

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  4. Oi Dry.

    Eu li algumas resenha do primeiro livro, mas deste , a sua resenha é a primeira e confesso que gostei de várias informações que deixou. Por isso vou adicionar a duologia na minha lista de desejados. Obrigada pela dica e parabéns pela resenha.

    Bjos
    https://historiasexistemparaseremcontadas.blogspot.com/

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