O jardim secreto

Título: O jardim secreto
Autora
: Frances Hodgson Burnett
Editora: Zahar
Páginas: 351
Edição: 1
Lançamento: 2020
Sinpose: Uma história encantadora de transformação e empatia. Um clássico da literatura inglesa infantojuvenil adorado há mais de um século por leitores de todas as idades. Ao perder os pais numa epidemia de cólera na Índia, onde nasceu e foi criada, a pequena e mimada Mary Lennox é enviada para viver na lúgubre mansão de seu tio, no coração da Inglaterra rural. Deprimido pela morte da esposa, o tio está sempre viajando, enquanto seu filho Colin, primo de Mary, passa a vida na cama como inválido. Solitária, Mary tenta se divertir vasculhando a propriedade, até que descobre um segredo incrível: o deslumbrante jardim de sua falecida tia, trancado e abandonado. A descoberta do jardim faz com que Mary conheça Dickon, menino que conversa com os animais e as plantas, e se aproxime do primo, que volta a sair da casa numa cadeira de rodas improvisada. Assim, a amizade das três crianças e o encantamento causado pelo jardim começam a transformar a vida de todos na casa. Publicado em 1911, O jardim secreto já inspirou diversas adaptações para teatro, TV e cinema.

Resenha:

Sempre quis conhecer a história deste livro porque é uma das leituras clássicas e tem recebido muitas críticas, principalmente porque a nova adaptação deste filme foi lançada em abril. "O jardim secreto" se passa na Índia, no século XX, ano de 1991 e apresenta a triste história da garota de dez anos Mary Lennox, uma jovem que apesar de seus pais estarem vivos, os mesmos não eram presentes na sua vida e sempre tiveram um distanciamento. Por isso, abandonada por sua família, a garotinha passou a maior parte de sua vida em casa sem ter contato com outras crianças da cidade e foi criada por funcionários que ali trabalham, mais conhecidas como "criadas". Isso faz com que o caráter da personagem acabe sendo modificado, já que apesar de ser considerara bastante mimada ela ainda mostrava sua própria dor e, conforme continuei lendo, entendia os seus pensamentos. 

 O enredo começa a se desenvolver através de uma epidemia de cólera na Índia, que consequentemente acabou afetando os pais da criança e até mesmo os membros da criadagem e nesse momento Mary percebeu que estava mais sozinha ainda. Só depois quando alguns militares visitaram a casa dos Lennox que perceberam que existia uma criança viva ainda lá, porém, nem os próprios vizinhos tinham sabiam que essa menina também morava naquele lugar. Assim, os agentes do exército acabam entregando a personagem para um tutor, que no caso seria um parente mais próximo, que é um tio que mora em uma mansão na Inglaterra. 

 Em vista disso, após esta viagem, Mary percebeu que independente de querer, ela deve garantir sua independência, porque antes disso,  tinha maiores facilidades para conseguir tudo o que queria, e porque tinham pessoas que cuidavam e a mimavam, já que eram pagos para isso. Portanto, o que realmente chocou a jovem foi que por ser uma cultura e estilo de vida diferentes, a sensação de estar abandonada ficou mais forte, mas depois que ela descobriu um jardim misterioso perto da mansão - mais como um orfanato - toda a sua perspectiva de vida acabou sendo modificada para que assim possa garantir um verdadeiro amadurecimento. 

"Havia uma porta, e Mary a empurrou lentamente para abri-la, e eles passaram juntos por ela, e Mary parou e acenou com a mão num gesto desafiador. – É este – ela disse. – É um jardim secreto, e eu sou a única pessoa do mundo que quer que ele esteja vivo." 

 "O jardim secreto" traz várias metáforas, principalmente por abordar questões sobre as relações entre as pessoas e te como algo maléfico possa refletir na trajetória de uma pessoa, favorecendo para que fique amargurada com a vida, entre outras coisas. Os personagens secundários desta história finalmente ganharam um papel totalmente eficaz, porque conforme eles acabem se aproximando da Mary Lennox isso acaba favorecendo para que ela consiga enxergar a vida de uma forma diferente do que estava acostumada e sempre aproveitando ao máximo a dica que eles têm para oferecer.

 Como vocês sabem, a Zahar agora é um selo específico da Companhia das Letras. Então agora tudo está mais caprichado ainda, a edição é tão caprichada com capa dura, folhas amareladas e com o tamanho da fonte totalmente favorável para o leitor, sem contar que essa capa está incrível, não é mesmo? Para mim, é uma das melhores edições desse livro da Frances Hodgson. Lembrando também que ainda não assisti ao filme para ter uma opinião sobre a adaptação, até porque não sei se já foi lançado aqui no Brasil. Por fim, indico essa história para quem curte esse gênero e também para relembrar um pouco dos nossos aspectos da infância. 

"Desde que ela estivera vivendo na casa de outras pessoas e não tinha mais sua Aia, começara a se sentir solitária e a ter pensamentos estranhos que eram novos para ela. Começara a se perguntar por que parecera não pertencer a ninguém, mesmo quando o seu pai e sua mãe estavam vivos. Outras crianças pareciam pertencer a seus pais, mas ela nunca aparentara de fato ser a menina de alguém." 

Até mais, pessoal!
 Lu 💜
 

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