O boticário

Oláá, pessoas \0/

A Carol Castro trouxe mais uma resenha incrível de mais um livro incrível (pelo menos aparenta ser), e uma dica de música junto ♥ espero que gostem :)

Título: O Boticário

Autora: Maile Meloy

Editora: Bertrand Brasil (cortesia do Grupo Editorial Record)

Páginas: 368

Edição: 1

Lançamento: 2016

Série: O Boticário #1

Sinopse: Um remédio para tratar da saudade leva dois jovens a uma aventura em plena Guerra Fria. O ano é 1952, e a família Scott muda inesperadamente de Los Angeles para Londres. Janie Scott se sente desconfortável na nova escola, até que o boticário local lhe promete um remédio para tratar a saudade de casa. Mas a verdadeira cura só acontece quando conhece o filho do boticário, Benjamin, um menino curiosamente desafiante que sonha se tornar um espião. O pai de Benjamin, no entanto, não é um boticário comum, e, quando ele é sequestrado, cabe a Benjamin e Janie cuidar de seu livro sagrado, a Farmacopeia, pois espiões russos não veem a hora de colocar as mãos nele. Que segredos o livro contém? Descobrindo elixires transformadores que nunca imaginariam existir, Janie e Benjamin embarcam numa perigosa missão para salvar o boticário e evitar uma iminente catástrofe nuclear.

Resenha

“Uma pequena dose de magia pode salvar o mundo.”

Jane Scott (Janie) uma garota de 14 anos é obrigada, juntamente com seus pais, a se mudarem para a Londres – período entre a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria -, deixando Los Angeles para trás, suas vidas e casa perfeita (com laranjeiras no quintal e as belezas de um dia na praia). Seus pais agora estavam em uma lista de pessoas observadas pelo governo, eles acreditavam na Constituição, principalmente na primeira Emenda (liberdade de expressão). E lá se foram, com nomes falsos para um apartamento frio, sem aquecedores, com papel de parede mofado e uma cozinha que parecia um closet.

O boticário da loja, Sr. Burrows, indicava a Janie como tomar a madressilva e o álamo para a saudade de casa que sentia, seu pai tentava comprar-lhes chocolate (talvez mais para si mesmo do que para Janie), e bolsas de água quente para as noites frias.

Sr. Danby, o novo professor de latim de Janie, era um herói de guerra, poderia até ser um ator da peça que os Scotts estavam trabalhando, mas logo Jane descobriria que não se podia confiar nele, não tão bem quanto em Benjamin Burrows, seu novo amigo do St. Benden School. A primeira impressão que teve dele foi uma das melhores, um garoto determinado, desafiador e animado que dizia coisas inteligentes e queria ser espião, ela queria o observar de perto. Então foi convidada para uma partida de xadrez no Hyde Park por Benjamin, que, no entanto queria apenas observar Sr. Leonid Shiskin (que ele achava trabalhar para a Embaixada soviética).

Talvez fosse um susto para Benjamin, mas quem Sr. Shiskin estava esperando era seu pai, que pegou o jornal do banco e saiu andando calmamente até jogar a mensagem no lixo do parque, eles o seguiram para descobrir o que podia ser a tal mensagem. (e por meio que não vou contar) conseguiram a Farmacopéia, um livro com infusões, poções e outras coisas mágicas, de certa forma. Tiveram acesso a uma garrafa contendo o elixir das aves, que mais tarde usariam para escapar de forma incrível dos detetives da Scotland Yard e do Sr. Danby, que agora sabiam ser inimigo deles – pode parecer que só tragédias aconteceram até aqui, mas também existiram coisas boas -, como encontrarem Pip, um garoto que os ajudou de diversas formas, escapar dos policiais (duas vezes), e lhes trazer comida.

O que vocês pensariam se eu lhes dissesse que é possível voar, sem tem qualquer aparelho (seja ele avião, paraquedas, ou todos os outros “paras” existentes no mundo)? Provavelmente me diriam que seria impossível, pois posso dizer que não é. E foi assim que Janie, Benjamin e Pip escaparam, bebendo o elixir das aves e se transformando em pintarroxo, uma calhandra, uma andorinha, saíram voando do perigo; porém como todo perigo pouco é uma bobagem, eles saíram do fogo para cair na brasa, se infiltraram em um bunker para resgatar Jin Lo (sim, também pensei que era um homem, assim como todos os outros personagens do livro acharam).

Navios e lugares congelantes também surgem, Kong Olaf que vira Anniken (em pensar que uma criança tem esse nome fico feliz pelo meu), caras malvados com cicatrizes no rosto, uma reviravolta surreal, e cachorros grandes, peludos e brancos aquecendo seu colo.

E se me disserem “mas Carol, só isso de magia?”, eu lhe respondo, “claro que não, pequeno gafanhoto”, ainda existem magias de invisibilidade, de se transformar em montinho de sal, de fazer uma cortina de fumaça laranja, de fazerem árvores crescerem, de pintar barcos mesmo em alto mar, de fazerem as pessoas se esquecerem de coisas, e finalmente de salvarem o mundo, mas não se enganem, todas podem ter uma reação não tão boa assim, tomem cuidado ao praticarem.

Obs.: se quiserem ouvir música, indico [Amiina - Hili]

Carol Castro