De olho no autor #47: Elder Koldney

Elder Koldney é autor de A apanhadora, primeiro livro da trilogia Apanhadores, resenhada no blog ontem (AQUI), e é com ele que conversaremos hoje ♥

1. Como foi seu primeiro contato com a leitura? 

E.K.: Eu comecei a ler muito novo, tanto que nem me lembro realmente qual foi o primeiro livro que li. O que eu me lembro, é que meu lugar favorito na escola era a biblioteca. Eu passava o recreio, a tarde e muitas vezes o horário da noite lá dentro. 

2. Quando você começou a escrever?

E.K.: Também foi bem cedo. Mas eram apenas pequenos contos, histórias inspiradas pelo cotidiano. No entanto, com o tempo todos esses escritos se perderam. Meu primeiro livro eu comecei a escrever aos 15, daí em diante não consegui parar.

3. Quem inspirou os personagens? Algum ator, atriz, conhecido...

E.K.: Meus personagens são inspirados em pessoas próximas, às vezes em algum ídolo, ou pessoas que nunca conheci, mas aparecem recorrentemente em meus sonhos. Mas nenhum personagem é criado tendo como base uma só pessoa. Eu gosto de diversidade, de juntar características. É o que acaba tornando-os tão reais para mim.

4. Que sentimentos estiveram presentes enquanto você escrevia “A apanhadora”? 

E.K.: Amor, principalmente. E o laço forte que temos com a família. A Apanhadora toca muito nesses pontos, e os outros livros da trilogia também tocarão. 

5. Quanto tempo levou para escrever “A apanhadora”? 

E.K.: Mais de um ano. Eu quis me desafiar ao escrever o livro, e como era minha primeira vez com a temática New Adult, por vezes eu pensava que estava fazendo tudo errado. Então parava um pouco e ia revisar, para só então voltar a escrever.

6. Quais são as dificuldades para que um autor consiga ter seu livro publicado e conhecido no mercado literário brasileiro? 

E.K.: Oportunidade. E não estou dizendo isso somente pela parte das editoras. Boa parte dos brasileiros ainda tem algum preconceito com seus conterrâneos, valorizando assim muito mais os outros estrangeiros. Com isso, as editoras ficam com o pé atrás de publicar um novato. Mas é muito satisfatório perceber que as coisas estão mudando.

7. Para você, qual a melhor coisa em escrever? 

E.K.: Poder criar um universo e mergulhar de cabeça nele. A cada livro, por mais que seja de uma mesma série/trilogia, há algo de diferente. Seja o crescimento do personagem principal ou de ambientação. É mágico poder trancar a porta do quarto, me desligar do mundo e ser outras pessoas, enfrentar novos desafios. É uma sensação libertadora.

8. Sei que essa pode ser uma pergunta difícil, mas qual seu livro preferido? Pode ser um dos seus, ou de algum colega escritor...

E.K.: Obviamente vou optar por um caminho mais fácil e não escolherei nenhum dos meus (risos). Essa pergunta é sempre muito difícil porque eu amo vários livros, escolhendo apenas um, me sinto um traidor, mas foi graças a saga Harry Potter que comecei a escrever. E como tenho que escolher um, vou de Harry Potter e as Relíquias da Morte.

9. Se fosse um personagem, qual seria? Por quê?

E.K.: Outra pergunta difícil (risos), principalmente porque nunca pensei nisso. Acho que dessa vez escolherei um dos meus, o Marcos, de Caminhos Incertos. Ele tem uma característica que eu não tenho, que é a capacidade de perdoar. Isso é importante, e eu deveria aprender muito com ele.

10. Além de escrever, você também lê bastante?

E.K.: Sim, estou sempre lendo alguma coisa. É uma forma de relaxar, esfriar a cabeça, deixar nossos problemas e dramas de lado e ser outra pessoa. É uma sensação parecida com a de estar escrevendo. É mágico.

11. Qual livro nacional você recomenda? Por quê?

E.K.: Posso quebrar as regras e recomendar mais de um (risos)? Vou fazer melhor, recomendarei autores. Se você ainda não conhece Laura Conrado, Will Donadon e Renan Carvalho, por favor, pare o que está fazendo agora mesmo e leia.

12. Poderia nos contar um pouco da trilogia?

E.K.: É uma trilogia New Adult com nuances sobrenaturais, onde eu quis fugir de coisas óbvias. Há no primeiro livro, e também haverá nos outros dois, muito drama pessoal. A história será sobre enfrentar um grande mal, mas não se esquecer de que problemas com a família, amigos e consigo mesmo, são importantes e não devem ser esquecidos. A Apanhadora foi narrado por Laia, mas o segundo, será por outro personagem. Mas não se preocupe, ela estará lá, e no futuro todos saberão como tudo se conecta.

13. Tem algum trabalho futuro chegando? Poderia nos falar um pouco dele ou é segredo?

E.K.: No momento estou trabalhando em um New Adult Gay, não posso realmente dizer muito, mas tem muito drama envolvido. Não há previsão de publicação, meu foco é publicar todos os livros da trilogia Apanhadores. O segundo livro deve chegar ano que vem.

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